Fazendo as Malas

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Acordei com um batuque, não me esforcei para levantar e olhar para vê o que era. Virei minha cabeça e olhei para o relógio que apontava "10:32 AM - Sáb". Sim, já era sábado, dia em que os rapazes do carreto iriam desmontar os móveis e montar na outra casa, tentei levantar mas me deu uma dor imensa na cabeça então permaneci deitada.
Esfreguei meus olhos e estiquei o braço abrindo a gaveta da mini comoda que se encontrava encostada na lateral de cima da minha cama. Coloquei a mão lá sem olhar, toquei no que pensei ser o que eu queria, uma caixinha com comprimidos. Tirei a caixinha para fora, abri e puxei uma cartela de comprimidos pela metade, apertei a bolha de ar que mantiam os comprimidos conservados, até o comprimido rasgar uma fina camada de algum papel de alumínio na parte de trás. Peguei o comprimido e enfiei na boca, engoli sem água, apenas com a saliva.
Fiquei naquela cama por mais alguns minutos, ou pelo menos, eu pensei que fosse por apenas alguns minutos, logo percebi que dei um cochilo de mais duas horas e meia, já era 1:03 PM - Sáb, me surpreendi, a dor de cabeça não havia passado por completo, mas não doia tanto, apenas dava umas leves pontadas de vez enquanto, o que me pegou mesmo, foi a dificuldade para andar com o corpo mole e com a cabeça girando, estava tonta. Mesmo assim, me levantei e fui tomar um banho.
Enquanto passava no corredor indo em direção ao banheiro vi diversos caras, uns bonitos, todos aparentavam ter de vinte dois a trinta e cinco anos, com rostos bem maduros e ao mesmo tempo olhos de criança e adolescentes, dando um aparentar de serem jovens e bem garotões, mas com um corpo bem adulto.
Eles estavam com macacões iguais, uns estava com o macacão aberto baixo até a cintura e mostrando a regata ou camiseta que usava por baixo do macacão, uns estava sem camisa, outros estavam vestindo o macacão corretamente e uns estavam com o macacão completamente correto mas sem a camisa. O fato é que todos tinham o corpo malhado, uns não tão fortes e bombados mas tinha o corpo bem definido, magrelo, mas com o corpo definido. Ou seja, de um jeito ou de outro, eles se tornavam lindos.
Eu estava me sentindo em uma série de Hollywood onde vários homens gostosos entram de fundo para contracenar como figurantes, um deles piscou para mim, outros me passaram os seus números de telefone, claro que eu aceitei. Mas o que mais me chamou atenção foi um garoto, ele parecia ser o mais novo de todos, eu me apoei na porta do banheiro e fiquei o observando. Ele percebeu e fez uma cara de desgosto.
- O que você está olhando? Não vou te passar o número do meu celular ou piscar para ti como os outros se é isso que está esperando!
- Ahn... Não, eu não... Deixa para lá - não era isso que eu esperava, talvez sim, fosse, mas a real eu o olhava pois ele não parecia animado com a ideia de está trabalhando, como se não quisesse está lá, ele estava de mau humor e eu não sabia porque, isso me irritava, e o que me irritava mais era o fato de está irritada com alguém que nem conheço.
Entrei no banheiro e tirei minha roupa lentamente, a começar pela camisa. Quando me vi em roupas íntimas, caminhei ate o box do chuveiro e entrei em baixo da água que caia, levantei o rosto e deixei a água cair no mesmo. Lavei a cabeça, meu cabelo e passei sabonete líquido no meu corpo. Foi um banho rápido, durou apenas uns vinte a trinta minutos.
Sai do banho e me troquei, não vi nenhum rapaz no corredor, desci e fui para cozinha comer alguma coisa. Minha barriga estava roncando de fome

I'm LesbianOnde histórias criam vida. Descubra agora