Minha cabeça doía, me mexi mas não abri os olhos, respirei fundo, minha cabeça parecia que ia explodir. Eu estava ouvindo um som ao fundo, um som de sirenes.
Eu lembrava bem o que tinha acontecido, eu bruscamente fui atropelada por uma doida em cima de um bicicleta roxa, poderia matar aquela infeliz assim que a visse, passaria com um caminhão em cima dela para ser sincera.Abri meus olhos lentamente para poder ver se ainda estava na rua, percebi que tinha um teto sobre minha cabeça, eu obviamente não estava mais na rua. Virei o rosto para o lado e percebi que Jason esta a minha frente, juntamente da minha mãe, do Nick, da velha senhora e de uma garota, a garota da bicicleta roxa. Me levantei rapidamente ignorando a tontura e a dor em minha cabeça, parti para cima dela sem pensar duas vezes, eu queria esganar aquela menina. Jason e Nick partiram para cima de mim , me segurando para que eu não a machucasse, gritando para eu me acalmar. Eu não queria me acalmar, mas ai então,vi bem aqueles olhos, aqueles olhos negros com um brilho intenso esverdeado que me deixava louca, aqueles olhos que eu via sempre em meus sonhos mas pessoalmente nunca os encontrava, aqueles olhos de uma garota pálida com os cabelos negros, aqueles olhos profundos.
Quando voltei a mim eu tinha parado o que ia fazer, percebi que agora não mais a atacava, que apenas a observava, e ela igualmente me olhava, mas agora, não mais com a cara de espanto como se o Jason do filme da serra elétrica tivesse parado em sua frente pronto para a matar. Me sentei no sofá, o mesmo cujo qual eu anteriormente estava deitada, coloquei os cotovelos apoiados em meu joelho e minhas mão sobre o meu rosto, respirei fundo e notei que o barulho da sirene não havia cessado, apenas estava mais baixo, quando de repente vejo alguns homens serem atendidos a minha porta por a velha senhora que ainda estava fazendo não sei o que na minha casa. No hall de entrada da sala entraram dois paramédicos, um alto de 1,80 no máximo, olhos castanhos, pele parda, tinha lindos bíceps, era bem malhado, com ombros largos e um braço bem grosso em resultado aos seus evidentes treinos ardorosos na academia, sinceramente eu ainda não sei porque eu nunca fui em uma academias, estava precisando ir, a vista lá é uma das melhores. O outro era igualmente alto, só que alguns centímetros mais baixo e ele era bem bronzeado, com os olhos claros de uma azul piscina, ele não parecia frequenta tanto a academia quanto o outro, fiquei surpresa também por ele me parecer bem jovem, ele aparentava ter apenas uns 22 a 24 anos. O que era uma idade muito baixa para alguém que era paramédico.
Então eu notei que ele não era um paramédico e sim um estagiário, ajudante de, ele veio em minha direção com um medidor de pressão, acompanhado do outro paramédico auxiliar e da senhora que ainda não tinha ido embora, e eu não sabia o porque. O medico auxiliar de olhos castanhos veio em minha direção com uma lanterninha, aquela que os médicos costumam usar para fazer uma tentativa de te cegar, vejo também com um medidor de batidas, aquele negocio que tem um nome estranho como todas as outras ferramentas de um médico, mas ele era comum e bem usado, ele geralmente é usado para ouvir o batimento cardíaco e mais não sei o que pois os médicos sempre colocava aquilo nas costas e no abdômen. O estagiário de olhos azuis piscina colocou o medidor de pressão em meu braço e começou a bombear aquilo enquanto o médico auxiliar enfiava aquela luz infernal no meu olho esquerdo, depois no direito, ele me fez algumas perguntas do tipo "sua cabeça ainda dói?" o que me deu vontade de bater nele, eu fui atropelada por uma doida de meus sonhos, com uma bicicleta roxa, cai no chão e bati a cabeça com brusca força, ela conseguiu passar com a bicicleta inteira por cima do meu braço e ele ainda tem duvidas sobre a minha dor na cabeça. Que tipo de médico bonitão e sarado era ele, que mal reconhecia a dor da sua paciente.
- Sim, dói e muito - Disse com a voz calma e olhando para a menina que estava sentada na poltrona da minha sala recebendo gelo da perna por minha mãe.
- Mais alguma coisa dói além da sua cabeça?
Foi então que comecei a sentir uma sensação de queimação em meu pulso, olhei para o mesmo e tentei movimentar lentamente, mas ele parecia que estava travado, tentei movimentar suavemente mais dessa vez um pouco mais rápido e recebi como recompensa uma dor imensa que subiu junto com uma queimação por todo o meu braço, eu fiz cara feia, uma cara de muita dor e olhei para o médico, ele já sabia o que doía, mas por via das duvidas pela mongação dele decidi falar.
- Meu pulso, ele está doendo demais, estou sentindo uma queimação e quando o movimento essa queimação junto a uma dor percorre por todo o meu braço.
Ele pegou o meu pulso e tentou movimentar devagar, novamente sentir a dor e a queimação tomarem conta de meu braço e assim, sem pensar puxei meu pulso da mão dele, ele me olhou com uma cara um tanto compreensiva, como se ele agora entendesse a minha dor. Ele olhou em meus olhos e me indagou a palavra.
- Acho que seu pulso está aperto, isso logo vai fechar, daqui uma ou duas semanas, você só vai precisar cuidar direitinho do seu pulso para evitar maiores dor, e tentar não usar ele, e nem mexer muito o seu braço, isso causaria mais dor e faria o processo de cura do seu pulso demorar o dobro. Vou te receitar para o pulso uma pomada básica para amenizar a dor e agir internamente e externamente, ela vai evitar outros futuros inchaços.
Quando ele falou "outros futuros inchaços" que minha ficha caiu, eu olhei para o meu pulso e percebi então o quanto ele estava inchado, parecia uma bomba de ar ou uma bexiga d'água.
O medico auxiliar começou então escrever uma receita, enquanto o estagiário foi dar uma olhada na perna daquela menina que dirigia pessimamente mal no guidom de uma bike, o médico auxiliar abriu sua maleta de socorros e tirou de lá uma pomada de embalagem verde com branco, parecia muito com a que eu usava para relaxar meus músculos quando estava com muita dor em determinado ponto do corpo. Ele tirou a tampa branca da pomada e espremeu um pouco em meu pulso, a pomada tinha um cheiro forte igual o de vickpirena, aquela pomadinha usada para tirar o catarro do peito e desentupi o nariz com o forte cheiro que era até agradável porem que oferecia uma refrescância e uma ardência ao mesmo tempo. O médico auxiliar fechou a pomada e passou a mão com força em meu pulso espalhando toda aquela pomada, ele fazia movimentos retos e brusco, fazendo a pomada esquentar em meu pulso e exalar um cheiro refrescante e ardente ao mesmo tempo. Logo em seguida ele enfaixou o meu braço, deixando a faixa apertada e ao mesmo tempo confortável e solta para poder circular meu sangue. Olhei para a garota e vi que ela agora estava com a coxa enfaixada também, apesar de querer muito a conhecer melhor e sentir um brusco desejo de beija-lá, eu também sentia raiva e queria dar um serviço extra aqueles paramédicos, fazendo eles engessar o resto do corpo dela, pois eu ia quebrar todos os ossos daquele maravilhoso corpo que ela portava.
- Para a cabeça te receitei alguns remédios dos quais você encontra facilmente em qualquer drogaria, e para o pulso uma pomada igual a essa que acabo de passar em seu pulso, ela vai te ajudar muito com as dores e o inchaço e igual aos comprimidos que te receitei ela pode ser encontrada facilmente em qualquer drogaria que você for. - falou o médico auxiliar estendendo a mão e me entregando a receita.
- Não aconteceu nada de grave com sua cabeça, vocês não precisam se preocupar, o galo é um bom sinal, quer dizer que não houve nenhum dano sério que precisamos nos preocupar. - Continuou ele. - E você! - Ele disse virando-se para a garota na poltrona - Tome mais cuidado ao dirigir uma bicicleta, elas assim como carro e moto podem trazer bastante risco, aconselho a você frequentar uma auto-escola e tirar uma carta para se legalizar e poder dirigir uma bicicleta. - ele falou isso com um grande sorriso no rosto e logo todos riram.
- Toma cuidado com essa perna, não faça muito esforço com ela ou pode ter danos graveis, ela pode ficar com hematomas do acidente tipo a pele roxa e avermelhada mas não se preocupe isso vai sair com alguns dias, não force muito a perna machucada e nem carregue peso, aconselho a dar uma caminhada de 15 minutos durante a manhã para se acostumar com a dor e para que sare rápido sua perna, não faça esforço nessa caminhada, sua perna precisa de um pouco de repouso. - Disse o estagiário gatão de olhos azuis para a garota sentada em minha poltrona.
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I'm Lesbian
AcakNesse livro lésbico, um romance se forma entre Manuelle e Sophia, uma, lésbica assumida, a outra, apenas uma pessoa que se entregou para seu amor, idependente do sexo ou gênero. Mas então me pergunto, o que as impedem de ficarem juntas? Talvez o fat...