Something About Ocean 2: Coração Ferido

13 - O Melhor De Mim

─ [...] 9... 10! ─ Ocean abriu a porta da suíte do quarto principal do Iate, e sentiu seu membro pulsar  dentro das calças. Pela primeira vez se perguntava se conseguiria se conter, mas seus pensamentos foram cortados ao procurar a sua mulher na grande cama redonda de dossel, e que estranhamente estava vazia. ─ Amelie?

Franziu o sobrolho ao varrer o lugar que estava bem arrumado com várias flores vermelhas em jarros de cristal, junto de uma mesa com garrafas de champanhe e cachos de uvas verdes. Os candelabros estavam com luz ambiente, e a música Yours de Ella Henderson tocava como plano de fundo.

─ Amelie? ─ Fechou a porta atrás de si, e virou o rosto ao ouvir o risinho divertido. Ela estava nua parada na porta do banheiro, mas não demonstrava nenhum sinal de vergonha. Pelo contrário, Jones estava vestida apenas de si mesma, tirando os sapatos altos e vermelhos da Louboutin. Seus seios estavam maiores, e sua silhueta parecia tão perfeita com a barriga que se esticava para frente.

─ Pensei que nunca mais fosse terminar de contar. ─ Andou até ao meio do quarto, com as pernas bem torneadas em evidência.

─ E era suposto você estar na cama. ─ Coçou a cabeça ao de leve, massajando os fios dourados que eram tão macios e brilhantes.

─ Mas não estou. ─ Ela se encostou na mesa e tirou uma uva com o dedo, levando-a a boca e ao morder sentiu o suco saboroso que molhou seus lábios. Os olhos azuis estavam inquietos dentro das órbitas, como se não conseguissem processar toda a atitude que viam.

─ E... Posso saber a razão? ─ Deu um passo em frente, mas parou ao ver ela levantar o dedo e fazer um gesto negativo bem lento e insinuado.

─ É simples. ─ Amelie se virou de costas, exibindo sua bunda e puxou uma taça para a encher devagar com champanhe. ─ Você me quer de quatro, na cama, não é isso?

─ É. ─ Ocean prendeu a respiração quando a viu chegar perto, e parar mesmo a sua frente. Conseguia sentir o cheiro feminino que emanava a sexo, e fez cara feia quando ela levou a taça aos lábios carnudos, mas Amelie não engoliu o líquido, pelo contrário, se aproximou para o beijar com lentidão e lhe passar o champanhe borbulhante.

O rosto dele enrubesceu até as orelhas, e sentiu os dedos escuros se entrelaçarem entre os seus, quando recebeu a taça.

─ Sabe o que vai fazer para ter isso? ─ Perguntou e lambeu os lábios de maneira sugestiva.

─ Não sei se estás em posição de fazer exigências, Amelie. Quem me deve aqui é você. ─ A voz rouca estava profunda como nunca, assim como os olhos azuis esverdeados que imitavam o céu e o mar que corria do lado de fora da grande vidraça do quarto.

─ Tem certeza? ─ Ela apoiou as mãos nos ombros largos, e desceu pelo peito coberto de cicatrizes, passando as unhas sem pressa até chegar ao meio das calças onde o membro grande palpitava, e Sky gemeu só pelo toque superficial.

─ Tudo bem... O que você quer? ─ Cedeu de olhos estreitos, e sentiu o arrepio frio que lhe cobriu a espinha de tanta impaciência. Apertou o maxilar assim que ela se inclinou para perto da sua orelha, aproximando os lábios junto ao lóbulo para poder falar.

─ Lembra quando contaste ao meu ouvido como aguentaste esses três meses sem sexo? ─ Perguntou encostando os mamilos pontiagudos no peito dele, e quase podia-se ouvir os corações a baterem em uníssono. ─ Quero ver.

Ocean recuou de sobrancelha levantada e um sorriso mais do que admirado. Viu Amelie segurar o ar malandro e se dirigir até a borda da cama, onde se sentou e cruzou as pernas com sensualidade.