5 - Nunca É Tarde (Operação Sky)

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Amelie estava muito próxima, demais para suportar a linha do perigo. E ouvir aquele pedido foi mais duro para ele, mais do que ela poderia imaginar. Contudo, as coisas não se resolviam assim, não quando tinha tomado outra decisão em sua vida. O coração não era como uma bússola a apontar para o caminho certo, e várias vezes muitos aventureiros se tinham perdido na tentativa de encontrar o lugar para onde deveriam seguir.

Não existiam preliminares no quesito de reações, muito menos quando se tratava de um homem decidido como Sky. Por vezes, a paixão era uma bomba atômica que explodia e erradicava tudo o que estivesse a seu alcance, para deixar apenas destroços. Ele não estava pedindo por compreensão, pelo contrário. A sua maturidade em determinar sua própria vida ia além de suposições alheias.

Lembrava de Liam o ter criticado, jovem demais absorto no ideal do amor pleno, como nos livros de romances. Sky poderia ter explicado de várias maneiras, apenas não quis, pois quem sentia e decidia era exclusivamente ele, e mais ninguém.

— Amelie. — Chamou por ela, sentindo o rosto se afundar em seu peito e procurou resgata-la daquele martírio que não faria bem a nenhum dos três. Sim, eles eram três agora.

Chegou a sorrir apenas com essa ideia.

Ela se afastou, perdida demais no ato impensado, na descoberta da real ideia de o perder para sempre, e de como tal hipótese a abalava. Se distanciou do calor do aconchego dos seus braços, para sentar ao seu lado, e percebeu que Ocean fez o mesmo, sem nenhuma intenção de sair.

A prova de que era um grande homem sempre disposto a acompanhá-la. O quanto teria perdido?

— Sim? — Respondeu, desta vez sem coragem de o encarar. Absorta demais no cheiro do corpo que tinha abraçado, no calor daquela pele. O quanto sentiria sua falta, afinal a maior distância era estar perto o suficiente e longe o bastante.

Complicado, não?

— Você me conhece?

Ela não entendeu aquela pergunta. Mas compreendeu em sinfonias únicas, o timbre da voz rouca e tão avassaladora quanto relaxante. Tinha desconhecido do amor por tanto tempo, sem saber que se entregaria de maneira igualmente arrebatadora.

Acenou com a cabeça.

— Olhe para mim. — Então Ocean pediu, com suavidade. Desde que descobrira sobre a gravidez, certamente as coisas seriam diferentes. — Olhe para mim, Amelie.

Ela respirou fundo, mostrando toda falha na sua segurança e encarando os olhos da cor do mar e do céu, ali, a refletirem seu próprio rosto.

— Tem certeza que me conhece direito? — Repetiu a pergunta, suas feições sempre secretas, sem demonstrar aonde quereria chegar com aquelas questões, mas sabendo o quando aquele era um homem de pretensões enigmáticas, deixando sinais nas entrelinhas difíceis de descobrir.

Something About Ocean 2: Coração FeridoOnde histórias criam vida. Descubra agora