Capítulo VII

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Boa Leitura!

***

6 month later...

E ele estava de volta.

Encostado no veículo esportivo, esperando a amiga, no penúltimo dia de aula. Estava tão orgulhoso dela! Finalmente ela estaria se formando!

Matando o tempo, com uma jaqueta de couro, calça colada, RayBan dependurado na gola 'V' da T-shirt.

Girava o anel no dedo anelar (Duuuh) e sorria para o pensamento de rever Nina depois de tanto tempo.

Conseguiu se abrir para seus pais, e eles o impediram de encontrá-la em um dos momentos em que tudo ficou mais difícil. Até que ele soubesse o que verdadeiramente queria, eles iriam o manter assim, em casa. Sem machucar ninguém, e nem a si próprio. Mal sabiam que ele estava se machucando estando preso em casa...

O mesmo fez trabalhos sem que os pais soubessem e os resultados não poderiam ter sido melhores. Descobriu que na dor, sua mente se fixava mais no trabalho.

Porém, ele percebeu que sua vida faltava algo, e esse algo, ou alguém era muito importante para si. Não fazia sentido cuidar apenas de si mesmo. Não quando se passou quase sua vida inteira cuidado de um outro alguém. Hábitos de uma vida, nunca morrem.

Raphaell sabia que poderia achar qualquer coisa: desde uma Nina muito puta, à uma Nina extremamente puta. Porque se foi algo que aprendeu sobre a mais nova era que ela ficava irritada quando não deixassem a vida seguir seu curso natural.

E ele achava que ela pensava que eles eram algo que estava para acontecer.

E não lhe tirava a razão.

Ele também achava.

Agora, que via tudo com clareza, sentia que havia feito a coisa errada. E se sentiu burro, errado...

Mas parece que naquele momento alguém havia superado o ato dele no quesito burrice...

5 months ago...

Raphaell POV

Estava no meu local de trabalho. Olhava fixamente para o computador sem saber exatamente o que tinha de fazer. O fundo de tela me desconcentrava: a foto do dia que eu jurei que a protegeria de tudo e todos.

Ela tinha 14 anos... e eu estava com os meus 16...

Às vezes, confesso que me esquecia de lado para a amparar. Para a segurar, com a firmeza que ela necessitava.

E esse dia foi um deles...

O dia que eu fiquei com uma garota, a minha primeira, e na noite seguinte ela havia decidido que me diria o quão inútil eu era. Ela fez isso. Gritou tudo o que queria na minha cara. E eu juro que tínhamos tido uma excelente noite. E quando ela me abandonou no motel, alguns minutos depois, uma mensagem fez meu celular vibrar.

Confesso que não queria atender. Ninguém merece, certo? E tecnicamente, eu estava meio mal.

Deixei quieto. Porém minutos depois, meu celular começou a tocar a música da minha melhor amiga. E eu não pude ignorar isso! Corri até o mesmo e o atendi.

Um soluço abafado foi tudo o que eu ouvi logo quando pus o telefone na orelha. Meu coração parecia que seria rasgado de dor por ela mesmo sem conhecer o motivo de seu pranto. Sentia quando ela estava mal, e era aquela hora que eu vi que ela precisava de mim.

Apenas perguntei onde ela estava. E ela me deu o endereço de um campo vasto e de grama bem verde. E ela estava deitada no mesmo. Caminhei até ela e a mesma me usou o ombro e o colo. E eu a acolhi.

Meu Anjo 🌸 CompletaOnde histórias criam vida. Descubra agora