Boa Leitura!
***
Nina havia se entregado aos seus medos.
Havia voltado à casa de Jorge.
A imponência do local a causava arrepios. Ela Ainda escutava seus próprios gritos ecoando por essas paredes em sua cabeça à não muito tempo.
Ela não percebeu, mas uma lágrima caiu.
Era um sinal claro:
Ela estava com medo. Muito medo.
Porém havia tomado uma decisão, da qual para voltar atrás teria apenas uma forma para fazê-lo: morrendo.
E Nina não estava interessada nessa alternativa. Nunca havia sido considerada fraca. E não seria agora que essa palavra associaria-se à ela. Ergueu a cabeça, sorriu fraco e encarou o jovem na sua frente.
_ Teve coragem de voltar, meu bichinho? - Jorge alcançou a pequena e delicada garota, passando levemente o indicador pelo seu queixo.
A menina se sentiu ofendida e a imponência anterior se intensificou.
_ Querido, eu tive coragem de me envolver com você, né? Então eu não posso ser o que se considera uma pessoa com pouca coragem. Já se olhou no espelho hoje?
Suas palavras pingavam sarcasmo. Ironia dominava sua face. Jorge ficou surpreso e a menina notando isso, soltou uma risada.
_ Com licença... estou me retirando agora.
Nina saia e tomava uma direção diferente à do seu antigo quarto.
_ Onde você pensa que vai? - o Mais velho questiona e a garota se vira elegantemente sob seu Christian Louboutin que exalava dinheiro e poder.
_ Meu amor, eu sou S-E-U bichinho. A casa é dos seus pais. Aqueles quartinhos são referentes ao trabalho de S-E-U-S pais. Portanto sou apenas sua responsabilidade. Como você não tem um lugar específico para me deixar, o rumo então é seu quarto! - deu as costas e partiu.
Jorge cerrava o punho e respirava com dificuldade. Seus batimentos cardíacos estavam visivelmente alterados, já que ele adquiria rapidamente uma coloração avermelhada.
"Ela vai pegar... Ahhhh ela vai...!"
***
Rapha Ainda estava deitado com o rosto enterrado no travesseiro. Ao seu redor, quatro pessoas tentavam o agradar: seus pais e os pais de Nina.
Eles não sabiam o que fazer para o tirar daquele lugar, onde ele se encontrava à algumas horas.
O rapaz não reagia. Ele não chorava. Ele não emitia sons, ele não mexia. E evitava respirar. Apenas quando sentia que estava prestes à desmaiar, respirava novamente. Lentamente, pausadamente. Não queria existir, mas o mundo não é exatamente um lugar onde o universo vive em função de nossos desejos.
E de repente ele se levantou.
Se sentou na cama.
Deu um sorriso Maquiavélico, olhando para as pessoas à seu redor:
_ Hora do show!
***
Um bisturi era tudo o que Nina via. Nas mãos daquele que um dia prometeu que cuidaria de si e a amaria.
_ Que droga, garota! Por que você é tão... você?! Merda...! Eu não gosto disso!
Ela se virou à tempo de ver os olhos cor de jabuticaba de Jorge, se tornar o azul límpido e transparente de Rapha, porém de uma maneira que ela nunca viu: sombrios, sem calor, vazios...
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Meu Anjo 🌸 Completa
RomanceVocê acredita em anjos? Não aquele tipo que tem no céu e possui asas. Não! Estou falando naquele anjo que está do seu lado todos os momentos. Sorri contigo, divide tua dor e deixa você chorar em seu ombro. Sim. Esse mesmo. O amigo! Eu tenho um am...