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Cap. 33

(Let Her Go está prestes a se transformar em livro e não sei se já havia comentado mas a história já está chegando ao fim. Não pretendo por agora fazer uma segunda parte mesmo com a grande repercussão. Coisa que me assustou um pouco mas ao mesmo tempo me ajudou bastante a passar por situações que antes partiriam meu coração em dois.

 Faz cerca de 1 mês que minha avó faleceu e ela era uma parte muito importante de mim. É uma pena que ela não esteja aqui pra acompanhar o crescimento do livro mas foi de grande importância no desenvolvimento dessa história. Então, todos os capítulos desta, eu dedico a ela. Que ela esteja agora descansando em paz.)

[...]

Música do capítulo: What It Takes - Ed Prosek

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Faz exatamente três meses desde que deixei Londres à procura de um tempo sozinha. Um tempo pra me conhecer. Para sentir novamente aquilo que senti quando pisei pela primeira vez em Londres. 

Para construir uma nova história.

Durante esse período muito tem acontecido. Arranjei uma nova faculdade próxima de minha casa, onde pude retomar meu curso e entrei em contato com todo tipo de gente. Arranjei um novo emprego numa cafeteria há duas quadras do meu apartamento, bem próxima de uma praça onde vou durante os fins de semana e voltei a pintar quadros como fazia bem antes de começar a trabalhar com Harry.

Harry.

Faz um tempo desde que nos falamos pela última vez. No começo, pouco depois de eu me mudar nos falávamos todos os dias. Por mensagens de texto ele me dizia sobre como estava sendo seu dia e o quanto sentia a minha falta. Harry havia se tornado um garoto bem mais dócil desde que nos conhecemos. Não digo que seja por minha causa. Não sou assim de tão grande importância para que Harry mudasse por mim. Mas talvez ao citar Madelyn em nossa missão de fazê-lo voltar a acreditar, no mundo e as pessoas em volta, seus motivos para mudar tenham sido maiores. Não posso negar que apesar de me sentir um pouco enciumada, Madelyn era mesmo de grande importância. E talvez tivesse mesmo sido uma ótima garota. E quanto a Harry e nossa recente falta de contato, não há muito o que se dizer. Um tempo depois seu tempo passou a ser bem curto. Harry já não tinha por que gastar esse, que já era tão precioso comigo.

Suspiro.

Realmente sinto sua falta.

Quase todos os dias minha rotina é a mesma. Acordo com minhas músicas favoritas a tocar pelo meu celular e a brisa gelada a ecoar pelo meu pequeno quarto após eu ter me esquecido outra vez de fechar a janela. - Talvez, por esperança de que um dia poderia ver os cachos castanhos de Harry de trás do vidro, enquanto este tenta a todo custo entrar por aquela pequena janela. - Ao pensar na possibilidade uma fraca risada escapa de meus lábios cobertos por batom vermelho. Após isso me arrumo e vou para a faculdade, onde passo parte do meu tempo com Finn e Astrid até que ambos vão para suas respectivas casas e eu caminho até a cafeteria onde trabalho por algum tempo e volto pra casa após me despedir de Monty, o filho do dono do estabelecimento, e assisto alguns filmes ou faço meus trabalhos com uma xícara de café na mão e vou para a cama, para que tudo possa se repetir no outro dia.

Não nego que muitas as vezes sinto falta de minha antiga vida em Londres, acordando e encontrando Louis e Paige conversando enquanto tomam café da manhã, passando todos os meus intervalos com Niall a falar sobre a nova garota de seu curso com quem fez o ensino fundamental, indo trabalhar e encontrando Harry a me perguntar sobre os desenhos que havia me pedido e Zayn a me receber com uma xícara de café ou a perguntar como foi o fim de semana. Sinto falta de tudo e de todos mas não sei se esta é a hora pra voltar. Sinto que Harry já não me quer mais por lá, e não sei se gostaria de andar por aí a vê-lo com sua vida pronta, quem sabe até, com uma nova garota.