Cap. 40

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POV DELILAH

As coisas com Louis tem estado bem devagar. Harry também, anda distante  e preocupado. Eu pelo contrário, nunca antes tinha estado tão agitada. Meus hábitos alimentares tem estado cada vez piores e tudo o que tenho comido é meu café da manhã e algumas barrinhas de cereal pela tarde. Toda essa confusão, minha falta ao trabalho nos últimos dias e minhas dúvidas para com Roland tem tirado completamente meu apetite. Minha cabeça dói e Harry saiu de manhã e ainda não voltou. Sinto como se tudo estivesse conspirando contra mim hoje.

Tento me arrastar até ao telefone para pedir alguma coisa para comer. Harry provavelmente ficaria irritado se soubesse que deixei de me cuidar assim que ele saiu. Todos os dias, ele tem insistido para que eu comesse alguma coisa. Mas tudo o que tenho feito é pensar no que poderia vir a acontecer nos dias seguintes. Mas por alguma razão estranha, eu simplesmente não tenho sentido vontade. E minha cabeça tem doído mais à cada segundo como se um martelo estivesse sendo batido nela. Disco o número da recepção no pequeno telefone vermelho e rapidamente sou atendida. Me esforço para comer assim que meu pedido chega e sinto meu mal estar passar lentamente. Provavelmente não se trata de nada.

Aos poucos minha cabeça vai me levando a Harry. Em um curto período de tempo nos reencontramos e agora estamos tendo algo de novo, mas não consigo me convencer da decisão tomada. Não é de hoje que temos problemas e estes, não podem ser resolvidos assim de forma tão simples. Por mais que seja apenas por um tempo, não sai da minha cabeça que posso estar apenas lhe dando falsas esperanças, ou criando falsas esperanças a mim mesma. Olhando de outra forma, talvez tudo isso tenha acontecido por uma razão. Por três meses nos mantemos afastados, mas por três meses não encontrei mais ninguém. Nem mesmo cogitei a ideia. Eu e Harry tivemos um encontro e mais dois reencontros. E agora, nos vemos todos os dias novamente. Talvez esteja pensando demais, mas tenho medo de como possa ser nosso futuro. No fim somos presos um ao outro e me pergunto se isso é realmente positivo.

Quando me lembro de todas as vezes que tive Harry ao meu lado, um sentimento muito forte cresce dentro de mim. Um calor forte surge bem no fundo do meu coração, e as conhecidas "borboletas no estômago" começam a me incomodar. Sempre que estamos juntos, sinto que sou cega por esse sentimento injusto mas muito bom. Amar Harry provavelmente é meu castigo. Castigo que ando recebendo por todas as coisas estúpidas que fiz em minha adolescência, ou simplesmente é o castigo dele. De qualquer forma, me queima por dentro e por fora e tira minha respiração. Harry é e sempre será minha maior fraqueza, meu maior veneno. Mas de alguma forma, dia após dia, tenho me acostumado com o sabor e agora sinto como se estivesse ficando doce. Harry é um veneno doce pra mim.

"Delilah? Desculpe a demoro tive muito o que resolver. Não gosto de te deixar sozinha então fiz o possível pra vir bem rápido assim que me dei conta da hora." Ouço sua voz e algo desperta em mim assim que volto meus olhos para seu rosto. "Vamos, você volta comigo para a empresa hoje temos muito o que fazer antes do combinado com o Louis."

"Tudo bem."

...

POV NIALL

As últimas linhas do meu artigo se foram e sinto meus ombros relaxarem. Duas semanas de trabalho são o suficiente para esgotar todas as energias de alguém na minha idade. Certamente após tanto escrever vou ficar um bom tempo sem conseguir olhar para um computador ou um arquivo do meu estágio. Todo esse trabalho acumulado com certeza foi um bom castigo pela minha falta de esforço durante o ano mas não consigo deixar de me preocupar desde que uma amiga foi embora para muito longe. Delilah sempre me intrigou, seu comportamento diante de tudo o que tem acontecido há sua volta é impressionante. Delilah nunca se deixou abalar. Pouco a pouco, as verdades tem sido reveladas e me pergunto até quando continuará estável diante de tudo o que tem descoberto. Em breve, toda a minha investigação estará terminada e poderei revelar à ela toda a verdade. Sobre o que nos levou à nos encontrar. Tudo o que espero, é não ser pego pelos meus superiores enviando mensagens com esse tipo de conteúdo à uma amiga. Mas não posso fingir que nada tem acontecido enquanto tudo explode em volta dela assim.

(...)

Já fazem algumas semanas desde que comecei à trabalhar de assistente na Polícia Especializada de Londres. De longe, se trata do melhor emprego que poderia conseguir e pretendo trabalhar duro para conseguir me manter aqui. Caminho em direção à sala do meu superior e as palavras "Delegado - Tobias Elderd" cobrem a janela de vidro de sua sala. Sinto o nervosismo aumentar à cada passo, por se tratar de uma grande oportunidade.

Giro a maçaneta e empurro a porta em tom metalizado. Até que se revele em minha frente a imagem de um homem de bochechas rosadas e bigode grosso cobrindo boa parte do rosto, escorado sobre uma mesa de madeira escura repleta de papéis espalhados.

"Senhor? Me chamou?" Seus olhos extremamente escuros se viram para mim, e Mr. Eldred organiza todos os papéis em sua frente colocando-os em uma pasta.

"Claro. Sente-se aí." Tomo lugar em uma pequena cadeira em sua frente e espero para que o Delegado se arranje em sua cadeira. "A oportunidade que o senhor recebeu é bem grande garoto. E tem nos ajudado por várias vezes aqui em casos bem difíceis mesmo que o senhor trabalho seja apenas levar o nosso café." Mr. Eldred toma um papel em mãos, e começa à ler com cuidado como se se tratasse de algo de extrema importância.

"Me desculpe senhor."

"Porquê pede desculpas? Estou apenas te elogiando, tem feito um ótimo trabalho. Mas infelizmente não posso lhe contratar até que tenha terminado a faculdade. Sabe disso, não é mesmo?" Seus olhos escuros me encaram sobre o papel em sua frente, e quase posso perceber o contraste entre seus olhos e suas lentes de contato.

"Sim, Senhor."

"Devo porém, ter certeza de que seu desempenho irá ser mantido até que isso aconteça. Por isso, vim lhe oferecer alguma ajuda. Um teste. Já que se trata de um caso ainda muito difícil de se resolver e você é um garoto de muito potencial para investigações criminais." A curiosidade toma conta de mim. E Mr. Eldred desliza o papel que anteriormente se encontrava em sua mão, em minha direção. Passo meus olhos rapidamente sobre o documento, e vejo que se trata do caso da menina encontrada morta no ano passado.

"Esse caso não se tratava de um suicídio Senhor?"

"Não exatamente. As peças não se encaixam. As impressões digitais na arma não batem com as da vítima e não encontramos registro delas aqui nem em distrito nenhum. Por isso não se trata de alguém com antecedentes. E se trata de uma arma muito específica. Uma Garrucha de dois canos. Arma produzida no Século XIX na América do Sul. Aparentemente foi fabricada uma única dessas com uma letra S em seu Cabo. Provavelmente passada entre gerações."

"S? Ela não morava com um Styles?"

"Exatamente. E eu não acho que aquele garoto guardaria uma arma tão antiga e valiosa em um apartamento num bairro movimentado como aquele e não encontramos nenhum cofre. Tudo o que resta agora é encontrar provas que liguem o garoto ao crime ou quem quer que seja a fruta podre em sua família. E é por isso que precisamos de sua ajuda. Você vai  nos ajudar à investigar o caso. Não tem registro aqui, por isso ninguém vai saber. E vai te dar alguma experiência."

"Sim senhor, será uma honra." Afirmo. E se uma amiga minha está envolvida com um possível criminoso eu devo saber. Para que assim possa escapar de qualquer que seja o risco.

(...)


Deixe-a Ir || H.S. (LIVRO EM PRÉ-VENDA) Vejam o último anúncioOnde histórias criam vida. Descubra agora