Cap.47

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POV HARRY

Delegado Elderd me questiona novamente.

"Explique-me isto novamente. Este homem..." o Delegado aponta para a foto em minha frente. "Estava em frente ao seu apartamento na noite do ocorrido certo?"

"Sim! Exatamente." Imagens do dia em que minha vida mudara, começam a se formar em minha cabeça novamente. "Na noite do ocorrido, quando estava me esquivando das pessoas para tentar alcançar a ambulância onde estava a minha ex namorada, lá no fundo, bem na minha frente estava um homem de estatura alta com um casaco escuro cobrindo parte do rosto. Quando se via isso pela primeira vez parecia estranho, mas eu não estava exatamente preocupado com um homem estranho quando a mulher a quem desejava pedir em casamento estava morta em minha frente."

"Imagino que não." Diz Elderd. Este, e Niall se entreolham, e num momento de distração, deixam-se mostrar uma atitude suspeita.

"Por que estão me fazendo estas perguntas todas? O que o meu pai e este homem têm a ver com o suicídio de minha namorada?" Pergunto. Com cuidado, o Delegado tenta se aproximar, mas Niall resolve tomar a frente.

"Harry, não foi exatamente um suicídio." Dúvidas e mais dúvidas surgem em minha mente, e Niall pede que eu me sente antes que me explique sua última frase. "A polícia de Londres tem investigado o que houve com Madelyn por algum tempo. Na noite em que o caso aconteceu, a arma do seu pai estava perto do corpo de sua ex namorada, tudo indica que ela levou o tiro quando não estava olhando mas vou te poupar dos detalhes. Sabemos porém, que a arma não poderia estar guardada dentro do seu apartamento. Porquê era um lugar movimentado demais e se tratava de um objeto de muito valor da sua família, que com toda certeza nenhum de vocês iria querer perder. Dá só uma olhada aqui." Niall pede que me afaste, e digita algumas palavras no banco de dados da Polícia Civil de Londres. Após isto, suas mãos pesadas arrastam a tela para a minha frente, e fotografias de meu antigo apartamento aparecem juntamente com as da arma que minha família guardava há anos. No minuto em que vejo partes de um cabelo escuro, Niall volta a fechar as páginas de fotografia. E a lista de registros familiares fica à mostra novamente. "Acho que você não vai querer ver o resto disto aqui." O loiro ressalta.

A ideia de uma menina tão incrível como Madelyn ser morta em um ato de tanta brutalidade não me desce à garganta, e tão de repente, meu mundo se vira de cabeça para baixo com tantas informações que antes não poderia ter imaginado.

Novamente, Elderd volta a se dirigir à mim, e Niall permite que termine de explicar o caso. "Após concluir isso, nossas investigações se voltaram aos seus outros familiares, e por isso pedimos que viessem até aqui para recolher amostras de seu DNA. Alguns fios de cabelo de coloração acinzentada foram encontrados. Mas isso não necessariamente indicaria que seria de uma pessoa de certa idade." Niall olha para o Delegado e automaticamente é repreendido. "Um jovem como o senhor Horan, se posto a níveis de stress elevados pode tranquilamente ganhar alguns, por isso seus dados foram coletados também."

"E qual foi o resultado dos exames?" Pergunto.

"Negativo para a maior parte de sua família com exceção de seu pai." Um grande peso cai sobre meu peito, e me apresso em levantar, caminhando nervosamente por toda a sala. Minhas mãos tremem e meu coração bate furiosamente contra o peito.

"Depois de toda a confusão, mais uma vez meu pai trai minha confiança. Não sei o que poderia ter feito para merecer algo do tipo. Muito menos Madelyn."

"Recomendo que se acalme Harry, ainda não terminamos." Niall intervém.

"Como não? O que mais poderia eu, ou vocês sabermos para que fiquem satisfeitos?"

"Seu pai pode não ter sido o culpado, nós sabemos agora graças a seu amigo Payne e sua recente descoberta. Alguém pode ter tentado incriminá-lo, e nossa maior suspeita é Roland."

"Se esse é o caso, o que devemos fazer agora?" Uma pontada de esperança corre em meu peito, e volto a me aproximar dos dois homens de frente à mesa. Meu psicológico já cansado de tantas mudanças de humor, causadas pela ansiedade de falar sobre um assunto tão sensível novamente.

"Tudo o que podemos fazer é arrumar uma forma de o colocarmos dentro da cena do crime, e provar que sua estadia nos arredores ou sequer dentro do apartamento não poderia se tratar de uma mera coincidência ou uma imensidão de suposições. Com exceção do caso de lavagem de dinheiro que estamos investigando, o senhor..." se dirige para Liam. "por acaso sabe de algum outro antecedente, ou algo cometido pelo senhor Geoffrey que não era de conhecimento da polícia?"

Neste momento, Louis pede a palavra, e todos nos voltamos para o moreno, que havia se mantido calado durante quase toda a investigação.

"Eu o conheço. Ele era síndico do prédio de uma antiga amiga minha. Tinha um grande problema com álcool e pode ter feito alguma besteira ou outra durante esses momentos em que estava alcoolizado. Era também bastante agressivo com ela e acredito que possa ter sido ele a lhe causar o mal que causou."

"Isso pode nos ajudar. Meus parabéns garoto." O policial sorri em incentivo à Louis, e este, responde com constrangimento.

No minuto em que voltamos nossos olhos para a tela Elderd abre a ficha de meu pai. De relance, Louis e eu podemos ver uma informação importante, e o nome Eliott Tomlinson se destaca na tela, ao lado da foto de meu pai. Rapidamente, esta informação é coberta pelo policial ao nosso lado, e Louis e eu nos entreolhamos. Pigarreio, ignorando a situação, tão indignado quanto deveria me sentir. Louis se prepara para falar, mas rapidamente o interrompo. "Falamos sobre isso outra hora." Eu digo.

O garoto assente, sem dizer uma palavra.

"Nós... tentaremos encontrar mais pistas. Uma filmagem de segurança talvez. Se precisarmos de qualquer outra coisa informamos aos senhores. Até lá, por favor, voltem para suas casas e tentem se manter o mais seguros possível. Vocês serão colocados no programa de proteção à testemunhas até que o caso seja resolvido. Agradeço pela ajuda." Completa nervosamente o Delegado. E todos nós saímos da sala, em silêncio, enquanto todos os outros funcionários começam a encher a delegacia.

(...)

Deixe-a Ir || H.S. (LIVRO EM PRÉ-VENDA) Vejam o último anúncioOnde histórias criam vida. Descubra agora