V

182 29 93
                                    

N/A: Serumanos, eu mudei o nome da escola da Rosie de Eurus para Rathbone por conta de algumas ideias novas minhas... Boa leitura!

2017 Rosie's POV

-Venha tomar café da manhã, Rosamund Mary -falou meu pai.

-Nossa, me chamou pelo nome... Que ameaçador -pensei irônica.

Quando desci os dois estavam tomando café. Meu pai estava lendo o jornal e meu tio me observando, certamente fazendo suas deduções.

-Bom dia -falou Sherlock.

-Oi.

-Como está aquela sua amiga Irene? -Perguntou meu pai.

-Se eu ainda estudasse lá com ela, eu saberia.

-Mas está tudo bem. Agora você voltará para Rathbone e vai rever seus antigos amigos.

-Sim! Irei rever minha suuuuper amiga Sally Donovan e ouvi que o Carl voltou para lá! Nossa, quantas lembranças boas. Além daquele memorável dia em 2012...

-Já chega! Tentei ser amigável, mas você claramente não está ajudando -reclamou John. -Não ligo se você tem raiva do seu tio por algo que você nem compreende, você vai ser educada e vai viver comigo até seus 18 anos e ponto final!

-Estou atrasada para a escola. Vai me deixar lá, titio?

-Vamos -falou ele pegando as chaves.

Nós dois fomos no carro em total silêncio. Eu fiquei olhando para a janela pensativa enquanto ele me observava pelo espelho, até que ele resolveu falar:

-Rosie, eu sei que está acontecendo alguma coisa. Não é só a raiva que você tem por mim, você não tentaria se matar só por isso, eu te conheço. Há mais coisas nessa história e pode apostar que eu vou descobrir -ele falou num tom ameaçador agarrando meu pulso.

-Tenho que ir, adeus.

Cheguei na escola e todos estavam me olhando curiosos. Reconheci alguns rostos, mas o que me chamou a atenção foi o de Carl. Ele estava sozinho, o que é estranho, porque ele vivia cercado de amigos. Ele parecia triste. E outro rosto desagradável que percebi foi o da vaca, perdão, Sally.

-Uau, não será que a aberração voltou? Ouvi que você tentou se matar... O que foi, a sapatão da Irene Adler te deu o fora? -Perguntou ela cercada pelos seres de sua espécie.

-Não, na verdade eu pulei na frente do carro porque lembrei da sua existência. Muito triste... -Retruquei rindo e a deixei lá chateada. Imbecil, ninguém consegue discutir comigo sem levar patada.

Entrei na sala de aula e graças a Deus o professor me poupou daquelas apresentações chatas de filme. Eu estava na mesma classe de Carl, que ficou me olhando surpreso. Sentei em sua frente e começamos a trocar bilhetinhos.

"Podemos conversar?"

"Sim, Rosie."

"Você teve notícias dele?"

"Aparentemente ele ainda está lá. Ainda bem."

"É."

"Eu nunca tive a chance de te agradecer por aquilo. Se não fosse por você, não estaria aqui hoje."

"Tá tudo bem."

"Quer almoçar comigo hoje? Aí podemos conversar melhor."

"Ok."

O sinal do recreio tocou e fomos andando até o nosso lugar especial, a árvore torta.

-Então... Como você está? De verdade -Ele perguntou.

-Não muito bem, honestamente. Não viu meu acidente com o carro?

-É eu soube... Por que você fez aquilo?

-Eu descobri algumas coisas...

-Tipo o quê?

-Dói falar, Carl. E por que você está andando sozinho agora?

-Essa historinha de ser o garoto famosinho da escola parece estúpida demais para mim, pra ser sincero. Virei o nerd da escola agora -disse ele rindo.

-Isso é bom. Muito bom! Sempre soube que você era inteligente.

-Eu sei que sim. Mas me fala, Rose, por favor, o que está acontecendo. Você sabe que eu não contarei para ninguém!

Eu falei para ele. Falei sim e me arrependi quando vi que ele começou a chorar.

-É sério?

-É, mas tá tudo bem. Estou morando com a minha família de novo e vou consertar as coisas. Só é difícil perdoar o meu tio, mas eu sei que isso dói nele também. É que é difícil olhar para ele sem pensar que se não fosse por ele, minha mãe ainda estaria aqui.

-Eu vou estar aqui por você, ok? Aconteça o que acontecer, eu estarei ao seu lado - falou ele.

Lie To MeOnde histórias criam vida. Descubra agora