IX

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N.A.: Espero que gostem desse capítulo! Tem muita ação, drama e mistério. Boa leitura!

Rosie's POV Junho, 2012

-Não é uma quedinha, meu amor. Você foi feita para mim. Quer você goste ou não, terei você –falou ele me encarando.

-Eu namoro o Carl, então sugiro você parar de ser um imbecil e seguir com a sua vida.

O professor entrou na sala e tentei esquecer Jim, mas ele não parava de me encarar. Eu estava começando a ficar muito medo e acho que o professor percebeu isso, porque ele resolveu reclamar com James.

-Sr. Moriarty, você quer prestar atenção na aula ou assustar a Srta. Watson é mais interessante?

-Não estou assustando a Rosie, mas olhar para ela é bem mais interessante que sua aula chata.

-Será que é mais interessante que ouvir sermão da diretora? Acho que o senhor está prestes a descobrir.

Moriarty já estava quase na saída, mas se aproximou de mim e falou no meu ouvido:

-Cuidado com seu namoradinho, querida. Ele gosta de barulho? Hoje é o dia...

Ele saiu com um olhar cínico e todos na sala começaram a me encarar. Fingi que não estava vendo-nos enquanto tentava entender o que ele tinha dito.

-Barulho? Como assim? O que ele quis dizer com isso? O que ele vai fazer com Carl? –Pensava.

O sinal tocou e reuni meu namorado e Irene atrás da escola. Contei a eles meu plano de descobrir mais sobre essa história toda. Eu tinha de descobrir!

-Rosie, isso é loucura! –Exclamou ele.

-Eu sei, Carl. Mas eu também sei que Moriarty foi expulso de sua última escola por besteira que fez.

-O Carl tá certo, a gente não pode fazer isso. Imagina se pegarem a gente! Eu realmente gostaria de saber uma provável explicação para fuçar a ficha de um aluno –falou Irene.

-Irene, ele foi expulso da escola por uma razão e imagino que nenhuma escola das redondezas quis aceitá-lo, já que ele é de Liverpool e veio parar aqui em Londres. Confia em mim, por favor.

-Tá bom –falaram em coro.

O plano funcionaria perfeitamente: Carl iria para seu treino extra de natação e deixaria a porta da sala e da escola aberta para eu e Irene entrarmos. Como não havia câmeras no colégio, seria fácil entrar e fazer o planejado.

Eu e Irene repassamos o plano antes do meu tio nos buscar. Quando deu 20h em ponto, ela falou que os pais estavam pedindo para ela voltar para casa. Meu tio falou que a deixaria em casa, mas eu disse que era perto então podia deixá-la em casa. Fomos em direção à casa da Irene, mas pegamos um táxi que nos deixou na escola.

A porta estava aberta do modo como combinamos. Eu e Irene entramos na sala da diretora e depois de uns minutos procurando achamos a ficha de Moriarty. Li e fiquei sem falar nada por um tempo, pensando em como ele era perigoso.

-Rosie, você tá bem? O que tem aí? –Perguntou ela.

-Ele... foi expulso por suspeita de explodir uma bomba na escola. Um aluno ficou paraplégico, Irene. Não comprovaram nada, mas acho bem provável ele ter feito.

-Ai meu Deus...

-"Ai meu Deus" digo eu! Rene, ele falou para ter cuidado com meu namorado e disse que hoje era o dia. Acho que ele vai fazer de novo.

Corremos até a piscina sentindo a adrenalina tomar conta de nossos corpos. O treinador Fintstock estava lá e começou a gritar com a gente.

-O que vocês estão fazendo aqui? O treino é privado e a escola está fechada para os outros alunos. Saiam daqui agora!

-Treinador, o senhor não entende. Uma bomba vai explodir aqui a qualquer momento, temos que sair agora!

-Uma bomba? –Perguntou rindo de nós. –Por favor, contem outra.

-Carl nós descobrimos o que Jim fez e ele vai fazer de novo. Uma bomba vai explodir hoje, você tem que acreditar!

-Treinador Fintstock, elas estão falando a verdade. Temos que ir agora!

-Até você, Powers? Quer saber, vou chamar os pais de vocês, com licença.

Ele correu até seu escritório e trancou a porta. Batemos freneticamente para ele sair, mas ele não nos escutava! O treinador abaixou a cortina da sua sala, mas mesmo assim continuamos batendo. Depois de alguns segundos eu parei, sabia que não ia adiantar e que estávamos correndo contra o tempo.

-Esqueçam dele. Temos que ir –falei tentando manter a calma.

-Está louca, Rosie? Ele vai morrer! –Disse Carl.

-Se continuarmos aqui, todos nós iremos.

Ouvi os dois xingarem, mas sabiam que eu estava certa. Corremos o mais rápido possível até a rua e segundos depois vimos a escola explodir.

Acho que os dois estavam chorando, mas realmente não conseguia ouvi-los. A cena do colégio explodindo repetia-se incansavelmente na minha cabeça enquanto eu sentia mais nada além de culpa. Um homem havia morrido e eu poderia ter impedido. Eu poderia tê-lo convencido de sair, mas isso não aconteceu e ele estava morto.

O corpo de bombeiros, meu pai e tio e a Scotland Yard nos viram. Meu pai começou a me examinar e pergunta coisas para mim, mas eu estava em choque e não entendia o que ele falava. Fitei a escola e vi os bombeiros retirando o corpo do treinador. Foi a única coisa que vi antes de apagar.

No dia seguinte, Greg nos levou à sala de interrogatório. Explicamos o que aconteceu e então ele nos liberou. Em cinco anos, aquela tinha sido a última vez que tinha visto Carl Powers. Também foi o momento que senti que minha infância havia acabado.

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