BACK TO THE PAST

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Lawrence POV



Melany: pai... Olha! A cabeça da Maddie cabe na sua mão! Caramba! – sentados no sofá, nós dois olhávamos para a bebê abobados, apenas estudando as coisas bobinhas que fazia.

Mamãe e bebê chegaram em casa a menos de uma hora. Camila parecia disposta demais para quem tivera um bebê três dias atrás, mas nada a impedia de checar os números da Empresa nem que fossem cinco minutos. No escritório cuidava da tarefa e eu, sabendo o quanto era importante para ela, me prontifiquei a tomar conta das meninas em meio a esse tempo.

Lawrence: a sua já foi assim Mel – abriu um sorriso enorme.

Melany: é... Mas você não me viu dessa tamaninho né pai? – esse era o tipo de momento em que as palavras me faltavam. Engoli a respiração vendo Maddie remexer em seus olhinhos verdes em meu colo.

Lawrence: não filha – afirmei encarando-a. Era incrível a capacidade de Melany ser séria em situações tão constrangedoras. Parecia entender perfeitamente a gravidade da situação. Olhando-a perto de Maddie não consegui escolher qual das duas era mais encantadora. Entre elas, Melany era mais parecida com Camila do que a bebê, que mesmo não apresentando tantos traços assim ainda lembrava demasiado minhas fotos de criança – mas o papai daria tudo para poder voltar no tempo e te ver desse tamanho.

Mel se arrastou até mim e me deu um longo beijo na bochecha. Maddie choramingou em meu colo, balançando os braços.

Mel: Maddie! Não chora vai... Vamos brincar? – começou a bater palmas, tentando entreter a irmã que não dava muita bola, pelo contrário, começou a gritar. Logo fiquei de pé para acalmá-la, mas não demorou muito para Camila aparecer na sala.

Camila: quer comer Madison? – fez sinal com as mãos como se chamasse Maddie. Rapidamente passei a neném para ela, que se sentou no sofá e começou a alimentá-la – pegue a toalhinha pra mim Lawrence? – atendi prontamente seu pedido, como o súdito tão submisso que era de minha rainha.

Mel: posso mamar também mãe? – espiou a boquinha de Maddie envolvendo o seio de Camila com certa curiosidade.

Lawrence: eita menina... Está louca? Desse tamanhão quer mamar no peito? – Camila ria um pouco. Espirei também - se ela tivesse dentes doeria.

Camila: com certeza... – assentiu – e não Mel, você não pode mamar. Sua época já passou, fiquei um ano te dando mama no peito. Chega!

Mel: droga! – deu uma de triste - já que não posso mamar, vou comer alguma coisa na cozinha – saiu da sala correndo.

Maddie quieta, não fazia nada que não fosse sugar e apertar a mão contra a pele de sua mãe para sair mais leite. Como ela sabia exatamente como fazer sendo tão pequena? Camila parecia só ter olhos para ela, encarando-a com tanto amor que chagava a me comover. Não reclamava como minha irmã fazia com Ethan ao nascer, pelo contrário, até acariciava a mãozinha da bebê para acalmá-la. Observando a cena, fui pego de surpresa quando decidiu iniciar o dialogo que vinha me atormentando.

Camila: será que nossa filha já estaria aqui se não fosse aquela carta? – gelei com suas palavras. A carta! Esse papo pendente ainda iria dar o que falar. Era melhor meter as caras de uma vez!

Lawrence: talvez tenha sido a hora certa – dei de ombros e deslizei a ponta do dedo delicadamente pelo cabelo escuro de Maddie. O silêncio dominou, apenas o ruído da boquinha da bebê trabalhando era o que ecoava na sala.

Camila: foi muito nobre sua atitude. Nunca pensei que isso iria acontecer – soava tímida como nunca antes, algo que me surpreendeu novamente. Sorri envergonhado – onde conseguiu o dinheiro?

In The Name Of Love - Versão CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora