Dia 12, Relatórios

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Eu li os relatórios da minha mãe. Estão faltando partes, as histórias não se encaixam. Algo de errado não está certo. Por que meu pai apareceu do nada? E porquê o caso seria encerrado se minha mãe morresse? A vizinha sumiu, o bilhete, o celular da minha mãe pegou fogo, ela e meu pai morreram no fogo. Alguma coisa não se encaixa. E a carta exclusiva para mim...

- Quer um café?
- Quero, obrigada.
- Só para descontrair posso te perguntar uma coisa.
- Ah sim claro...

Any se levantou e os dois foram até a sala com o copo de café do Starbucks na mão. Os dois sentaram no sofá e o detetive começou a falar. Ainda estava com a "roupa", que Any o encontrou pela manhã.

- Escute Detetive qual é o seu nome?
- Sua mãe nunca falou? Meu nome é Darci.
- Sério... Parece nome de garota.

Any começou a rir descontroladamente, ela ria tanto parecia uma louca.

- Meu nome é Ricard Darci Deiloyse.
- Desculpe, eu não consegui segurar. - Any respirou fundo e parou de rir com a mão em seu peito e a outra segurando o café.
- Tudo bem, para descontrair posso contar uma piada?
- Claro...
- Se um unicornio é mordido por um vampiro, o unicornio vira vampiro ou o vampiro vira unicornio?
- O unicórnio vira unicorvampi.
- E o vampiro?
- Continua sendo um vampiro...
- Mas é um unicornio.
- Fala logo o que vira estou curiosa.
- Sei lá, ha
- Você é pior que minha mãe, nossa

Any saiu do sofá e foi em direção ao quarto de hóspedes mas parou e olhou para o Ricard

- Você não vai por uma roupa? Não sei se você percebeu mas está só de cueca...

Ricard levantou do sofá e correu para o quarto e fechou a porta deixando seu copo de café na mesa de centro na sala. Any continuou em direção ao quarto até que viu um relevo estranho na parede foi passando a mão no relevo até encostar no chão onde tinha uma maçaneta pequena da cor da parede. Ela então a usou abrindo uma porta secreta entrou e fechou a porta e olhou em volta.
Era um quarto rústico. Com estantes enormes cheia de livros, baús, uma única janela no centro da parede. Até que ela viu um corpo de uma mulher morta e se assustou caindo fazendo barulho,  correu saiu do quarto secreto fechou a porta e foi ao quarto de hóspedes e jogou a caixa no chão para fingir que o barulho era esse. Ela começou a catar as coisas quando escutou a voz de Ricard.

- Está tudo bem?
- Desculpe eu ia levar a caixa para sala.  Mas é um pouco pesada e escorregou da minha mãe quando peguei ne mal jeito.

Ricard agora já vestido com uma calça e uma blusa azul. O mesmo tom de azul que sua mãe usava . Chamou  Any para almoçar então Any se recusou arrumou tudo dentro da caixa. A pegou de um jeito certo porém mostrando dificuldades apesar de já ter pego em coisas muito maiores do que a caixa. E muito mais grossas e pesadas. Era uma caixa de madeira pura com tudo, especialmente tudo sobre Arla nela.

Eu acho que eu deveria ir... Na verdade tenho certeza, preciso dar um fora daqui.

- Bem eu já vou ok? Preciso ver essas coisas, em casa.
- Tudo bem eu te acompanho até a porta.
- Claro, obrigada Ricard.

Ela se manteve fria e concentrada sem demonstrar nada. Só precisava sair dali rapidamente.

- Até logo Ricard. - Disse Any já na porta saindo da caso do Detetive Ricard.
- Até. - Disse o Detetive fechando a porta.

Vou chamar um táxi, mas vou continuar andando sem parar até ter uma distância necessária para chamar o táxi.

- Alô, aqui é a Any... Quero um táxi por favor.

No bolso de sua jaqueta estava o seu celular. E seu cartão de débito. Any andou bastante até chegar em um ponto de ônibus e pegou o seu celular e ligou para o táxi.

- Alô, aqui é a Any... Quero um táxi por favor.
- Agora mesmo....
- Ué desligou.... Tão rápido nem falei o endereço.

Em 5 mins o táxi a  encontrou. Any entrou no táxi com sua caixa e o celular dentro dela. Pediu para ser rápido para o caro do táxi.

- Bom dia quero ir a Luy's Apartamentos.
- A senhorita não vai a lugar nenhum.

A merda eu mereço.

O taxista pegou uma arma e apontou para Any que estava no banco de trás do luxuoso carro que ela pensou ser o táxi. Apesar de estar escrito táxi nele.

- Olha você não quer fazer isso quer?
- Cale a boca garota. Você vai deixar o caso e parar de investigar.

Any ficou com sem fala mas pensou rapidamente.

- AAAAAH, cuidado!

O taxista olhou para frente rápido então Any o dessarmou atirando em uma das perna dele e dando uma coronhada em sua cabeça fazendo o desmaiar.

- Você não é nada profissional, já enfrentei piores.

Ela abriu a porta do carro e o empurrando para fora. Fechou a porta do carro e ligou o Google maps do celular. Viu o endereço e chamou a emergência.

- É da emergência tem um homem baleado. Eu mandei o endereço para a central por favor venham rápido. - Desligou o celular sem dizer mais nada.

Ligou o carro e foi para casa. Chegando lá ligou para o Scott e pediu que viesse a sua casa. Tirou fotos do carro inteiro. E mandou para um amigo de confiança secreto para descobrir algumas coisas, não podia confiar em quase ninguém agora a não ser ela mesma e no Scott. Tirou a caixa de dentro do carro subiu de elevador do estacionamento até o terceiro andar onde fica o quarto 167. Entrou em casa, deixou a caixa dentro de seu quarto e foi ver aonde estavam os seus avós. Procurou no apartamento inteirou mas achou um bilhete no sofá da sala. "Saiamos para fazer compras".
Any trancou tudo, portas, janelas. E deixou bem claro que só deixassem subir um garoto chamado Scott. Mandou uma foto de escote para o porteiro, desligou o telefone. E começou a arrumar as coisas para mudar de apartamento. Hora de dar um fora daqui.

Um bom tema para um livroOnde histórias criam vida. Descubra agora