Any sentou-se no sofá e olhou para Amon o fitando de cima a baixo.
- Eu precisava conversar com você Any. - Disse Amon.
- Eu queria que entendesse que eu não quero um futuro com você Amon.Por fora eu estou bem sem você,
e por dentro eu espero por você.- Já começou com isso ainda não falei nada... Me deixe falar ok?
- Ok.- Any virou o rosto para a parede.
- Como sempre, meus pais vivem brigando e se desentenderam de novo. Por isso não estão aqui.
- É só isso...
- Não, pare de jogar. Pare com os jogos.
- Jogos? É, eu não estou. Não estou jogando.
- A Leuquar está aqui então por quê?
- Você a viu?
- Sim, eu a vi com você. Quando meus pais estavam saindo de carro, corri atrás deles até recepção então vi você e Leuquar saindo do carro.
- Então eu subi de novo. Estava com a estratégia pronta para por em prática.
- Estratégia?
- Sim...
- Qual estratégia?Any virou seu rosto para Amon e o fitou. Com uma mão na frente e a outra para traz segurando uma adaga Amon foi dando passos curtos até chegar no ouvido de Any e susurrar.
- Estratégia de te matar Any. - Sussurrou Amon com um ar frio e malicioso.
Amon golpeou Any com a adaga, agora cravada em seu peito e a beijou. Any tentou respeitar após o beijo e acordou na recepção do caríssima do seu apartamento.
Leuquar a viu acordando e correu em direção a ela.- Ei ei, calma.
- Ah. Por que estou aqui?
- Nós duas saíamos do carro então você desmaiou. Te trouxe até aqui. Agora fica ai ok?
- Sim.Any estava tonta mas conseguiu observar a recepção, o banco rústico de madeira alguém abraçando Leuquar. Seus ouvidos começaram a zumbir um forte grave como um microfone caindo no chão ou se aproximando demais do karaoke de domingo. Ela fechou um pouco os olhos e ao abrir viu sua mãe passando a mão em seus cabelos.
- Mãe?
- Shhhhh... Vai ficar tudo bem.
- Mãe...Então Any voltou a fechar seus olhos. E voltou a abrir novamente escutando a voz de Amon e seu corpo sendo aquecido. Um balanço devagar, carinhosamente cuidadoso. Any levantou sua cabeça vendo o rosto de Amon sorrindo para ela. Aquele sorriso. O sorriso de sempre. Como não se apaixonar?
- Amon cadê a Leuqar? - O som foi suave e falhado.
- Está na recepção.Any foi deixada na cama de Amon, onde tinha cheiro de perfume de cerejeira. Sendo especificamente flores de cerejeira. Any não resistiu, deitou-se em um travesseiro virou seu rosto e respirou devegar o doce cheiro que tanto é apaixonada.
- Gostou? - Disse Amon tímido.
- Sim, como sabia que eu veria?
- Não sabia. Eu ia te ligar, para sairmos.
- Amon eu gostaria de ir para o meu apartamento.
- Ah você não gostou daqui?
- Não é questão de gostar ou não, é que... Eu não posso ficar aqui sabe?Amon deitou-se perto de Any e devagar e sempre foi passando a mão em seus cabelos. Any se virou a ele botando a mão em seu rosto.
- É um sonho não é?
- Sim... Shhh, vai ficar tudo bem.Amon começou a abraçar Any carinhosamente. A beijando, a tocando até Any ficar vermelha e seu corpo esquentar. Seu coração acelerar fortemente.
- É tudo um sonho Amon.
- É.Any fechou seus olhos mais uma vez. Esperando que tudo na vida dela fosse um sonho. A morte do Sr.Dallas, da sua mãe, do Sr.Parkstone. Passou rapidamente pela sua cabeça que talvez nada fosse um sonho, a melhor coisa seria sucumbir a morte também. Um suicídio talvez? Any não tinha sentimentos muitos menos pessoas que iriam se lembrar que ela esteve ali. Fez alguma coisa, quem era Any? A era a filha daquela famosa investigadora. Era a melhor solução? Any fechando seus olhos com mais força sentiu lágrimas escorrendo pelos seus olhos. Sentiu seu corpo relaxado e pacífico, sua respiração ofegante e seu coração pulsando aceleradamente. Ela então acordou novamente.
Abrindo seus olhos ela viu um teto familiar, olhando para o lado esquerdo a foto de sua mãe, olhando para o esquerdo a sua foto. Voltando a olhar para o teto viu pequenos pontos brilhantes. Alguém apagou as luzes e o teto virou uma galáxia com planetas, estrelas, super novas, constelações. Era mais um sonho ou realidade? Any já não estava entendo mais nada. Cade a ação, adrenalina? Any então fechou seus olhos novamente.Por favor, quero logo que isso acabe. Estou alucinando? O que está acontecendo?
Any sentiu sua cabeça pesando. Foi para frente sentiu como algo a travando de cair. Abriu seus olhos e se viu amarrada. Lembranças passaram por sua cabeça.
Eu estava saindo do carro quando senti uma pancada na cabeça cai no chão. Estava tudo turvo e só senti um pano úmido em meu rosto, um cheiro forte e dor. Ah minha cabeça dói.
Any respirava com dificuldades. Sentiu seus pés e mãos amarrados uma forte dor no corpo inteiro. Sua cabeça de um lado doía mais. Finalmente era real a dor o lugar, a respiração. Mas onde Any está? E quem fez isso?
Any viu uma porta abrir e de lá sair uma mulher com um vestido preto familiar. Então Any escutou as palavras ditas pelo belo vestido turvo.- Apaguem a garota! Joguem ao mar.
Any sentiu o cheiro do ar marítimo. Sal, ferrugem, cheiro de peixe. Logo percebeu que estava em um porto ou qualquer outra coisa relacionado a peixe e navios. Ela balançou um pouco a cabeça, sua visão ia melhorando até ver dois homens a desamarrado e a arrastando para fora de lá. Um forte clarão veio em seus rosto então ela fechou os olhos. E sentiu bolinhas em seu corpo, faziam cócegas. Seu corpo estava leve e balançando suavemente com a água e mais uma vez, surgiu novamente uma visão. Any estava no clube de natação no colégio saindo da piscina e formalmente, sua passagem sendo interrompida pela a depravada e atrevida do colégio. Em todo lugar tem sempre alguém pronto para te fazer se sentir inferior, desmoralizar sua moral, te dizer palavras ruins. E te empurrar e você cair. Mas com Any fora diferente.
- Não larga esse bloco de notas nem na aula de natação. É uma típica nerd sem amigos.
- Não preciso de amigos falsos como o seus.
- Ha, ha, e eu não preciso desse ridículo bloco de notas.
- Claro que não precisa, não tem nada em sua mente para você escrever. Sua mente é vazia. Eu não preciso provar nada a ninguém, muito menos preciso de amigos falsos como os seus e olofotes.
- Cala boca nerd!A depravada chamada Katie empurrou Any aos 10 anos na piscina junto com seu bloco de notas. E aquela mesma sensação é sentida agora. Daquela vez o menino mais cobiçado do colégio tinha entrado na piscina e pegado Any em seus braços e fazendo respiração boca a boca. Katie ficou com inveja e suas fiéis cadelas... Fiéis seguidoras compartilharam da mesma sensação. Any naquela vez abriu seus olhos e se sentiu feliz em ver Amon, despois disso Amon nunca beijou outra garota a não ser Any. Os dois sorriram um para o outro, e agora quem irá sorrir para Any?
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Um bom tema para um livro
ActionUma jovem menina mora em londres e sempre se perguntou, por que não fazer um livro? Sua mãe trabalha na polícia federal de londres como investigadora e por sua vez sua filha herdou suas grandes habilidades. Mas não quer seguir a carreira e sim desco...