Dia 22, Jogue as cartas

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Memórias de Any
O que acontece depois disso...

A primeira vista eu não pude perceber
É só mais uma página para um livro
É só mais um bom tema para um livro
É só mais uma história de um livro
É só querer imaginar comigo
É só ler cada capítulo desse livro
Vamos investigar mais a fundo tudo isso
Você vem comigo?

Era o tempo que toda mãe e filha precisava ter. Uma correndo atrás da outra, brincando de pique pega, pulando na cama, guerra de travesseiros, e muitas outras brincadeiras. A boca seca de tanto rir, ofegante de tanto cantar alto, dor na barriga e nas pernas de tanto dançar.

A um ano atrás eu estava lá com a minha mãe brincando, após tantas brigas uma boa reconciliação veio a calhar. E não foi só boa, foi fantástica. Risos, bocas secas, corpo cansado de tanto correr, dançar,pular... Mas o telefone tinha que tocas as 22:00 da noite daquela sexta-feira animada.

Mais um caso de investigação para minha mãe. Eu lembro das malditas palavras que fizeram a minha mãe mais uma vez ir, me deixar sozinha em casa em plena sexta-feira.

Aquelas palavras...

- Olá boa noite investigadora, temos mais um caso para você. Uma tentativa de estrupo de uma criança e uma quase morte. Bem, a mulher só quebrou um vaso ou abjur na cabeça do marido.
- Vou passar para a investigadora boa noite.

Eu passei aquele telefone para ela. Como sempre, como sempre faz me deu um beijo, me colocou para dormir e foi para mais uma investigação. Se eu soubesse que tudo naquela noite iria dar errado, nunca teria deixado a ir.

Tudo começou a um ano atrás.

Como eu estou agora? Acho que estou delirando em minhas memórias.

Quando comecei a investigar... As coisas saíram fora de controle.

Mas aquele dia estava sem nuvem, ouvi o telefone tocar de manhã. Me descobri levantei e quando fui até a sala atender o telefone minha mãe já tinha atendido, rapidamente botou seu braço na cabeceira do sofá e olhou para mim que estava em pé, a observando. Ela sorriu para mim, depois desviou o olhar... Levantou e foi até uma mesa, quando colocou o telefone sem fio no gancho ficou olhando para o chão sem reação. Eu sabia, vi na expressão do rosto dela que ela deveria ir, seu coração queria ir mas seu corpo queria ficar realmente ali.
Eu olhei para a janela e vi o céu azul límpido, cruzei meus braços e falei apontando para a janela.
A fiz sair daquele transe, adiantou um pouco. Aquele mesmo tom de azul da sua roupa, inconfundível. Eu desci de elevador naquele dia para ir ao colégio encontrando Amon, eu estava feliz de ir para escola com ele. Fomos e voltamos rindo, o dia passou tão rápido. Fechei meus olhos e já era de manhã ouvi o barulho na cozinha, levantei da cama e a vi de novo, na cozinha fazendo a salada.
Eu, eu já nem sei o que aconteceu depois disso.

Tente se lembrar por favor Any...

No dia do sequestro eu estava em casa sozinha, a porta se abriu sozinha também. E estava saindo do quarto tinha acabado de acordar e vi a porta da sala aberta depois um suspiro atrás de mim quando me virei tudo ficou escuro.
Acordei em um lugar estranho com o meu pai falando com alguém no telefone, perdi depois de um tempo que era minha mãe. Algumas horas depois eu acordei no hospital depois daquelas explosões.
Logo depois estava na casa do Detetive vendo aquela mulher morta, meu café caiu no chão daquela vez... Ou deixei na mesa da sala, não me lembro muito bem.
Depois a casa do scott, a casa da minha vó um carro... Armazém com cheiro de peixe, ao mar, navio com Miller, bar, agora aqui.
Eu sei tudo e nada sei ao mesmo tempo da investigação. Preciso voltar a investigar. Aliás a primeira pista de investigação aquela caixa de música talvez eu descubra algo ali. Preciso de armas para qualquer coisa, e um dia para o treinamento.
Talvez na Dardos, aquele cara do bar o Win. Dylan, Dylan Win. Win, Windows, ele é software de computador ai socorro, por favor me diga se eu posso parar de ter um humor negro Deus.
A Dardos é um lugar de treinamento e descanso, com um propósito um pouco diferente. Eu não queria seguir os passos da minha família mas eu vou ter que pedir ajuda para Dardos, ajuda e treinamento. Eles treinaram minha vó, depois meu avô, minha mãe. Meu avô casou com uma ladra altamente treinada, minha mãe casou com meu pai um psicopata. E agora o que resta para mim, casar com a investigação descobrir o que está por trás disso tudo e minha única chance é a Dardos.
Não vou deixar mais ninguém me sequestrar por favor eu só quero entender como tudo pode dar certo.

Tudo começou a um ano atrás...

Um bom tema para um livroOnde histórias criam vida. Descubra agora