Any sentiu seu corpo flutuar. Reparou que se não fizesse algo rapidamente iria morrer, iria se afogar. Seu corpo começou a gelar ela ainda não conseguia se mexer mas podia aguentar mais um pouco dentro da água. A sensação e o bem estar, a solidão que água estava cedendo era ótimo. Seria um local perfeito para morrer. Desistir de tudo!
Seus pensamentos estavam fluindo, flutuando como a água. Suas lembranças voltando. O carro parando ela saindo do carro, e sendo golpeada e sua consciência apagando. Sua mente fértil criando alucinações e tentando se recuperar da inconsciência. Sua voz ecoava pela sua mente.Eu poderia ser qualquer coisa. Eu posso escolher não morrer aqui. Estou com o uniforme de sempre, meu celular está de baixo da água. Já não está na hora de eu acordar novamente desse sonho? Talvez seja real agora.
Any foi transportada pelo seu pensamento em uma época estranha, brilhosa, baixa. Caindo, levantando, engatinhando. Mas nunca desistindo de alcançar seu objeto.
- Vem para a mamãe Any! Vem, vem cá. Não desista! Vem para a mamãe, opa. Isso levanta vem para mamãe.
Any? Quem é Any? Não desistir...
- Opa te peguei! Minha pequena.
Any... Desistir... Eu não vou desistir. Qual o meu objetivo? Descobrir um bom tema para um livro! Como eu vou fazer isso morta hein? Não vou, não vou conseguir se eu estiver morta. Mas eu não consigo me mexer. Eu consigo, eu consigo me mexer.
Any começou a mover os olhos, depois a sobrancelha, as pernas, os pés aos mãos e agora o corpo todo pode se mexer. Ela começou a nadar buscando a superfície para poder enfim respirar. Não era hora de desistir, não era hora de parar tinha um caso a investigar. Buscando e buscando a superfície Any conseguiu enfim respirar. Estava ofegante estava tudo escuro.
Logo viu uma luz, era de um cruzeiro. Sua voz mal fazia um ruído. Ela começou a nadar em direção, estava forçando demais, então dores começaram a encomodar mas nada forte que Any não pudesse aguentar. Ela ouviu sua mãe sussurrar.- Quem é a garota da mamãe? Você. Não desista hein, agora de um lugar mais longe. Vem para a mamãe Any, venha em direção da mamãe!
Eu estou indo... Eu...
A luz cegou os olhos de Any a fazendo por uma das mãos sobre o rosto. Any escutou gritos e assobios, sentiu a água balançar, alguém segurar seu corpo e a puxar. Agora ela estava no convés do navio deitada com os olhos fechados. Respirando ofegante, vozes passaram pelo seu ouvido.
- Senhorita? - Disse o desconhecido salvador de Any.
- Quem é você? - Disse Any ofegante abrindo seus olhos e tentando se acostumar com a luz. - Sou o dono desse navio. Capitão Miller.
- Sou Any, você está sozinho aqui?
- Sim, eu estava saindo com o meu navio passeando pelo mar para espairecer. Na verdade para esquecer.
- Somos dois. - Tossiu Any depois da sua pequena frase.
- Você provavelmente está com frio não? Vou pegar uma coberta, é um navio casa. Eu chamo de navicasa. - Riu o Capitão Miller com a coberta em suas mãos.Miller enrolou Any na coberta e a abraçou gentilmente a pegando em seu colo, Any olhou para o rosto de Miller. Miller sorriu e Any sentiu um arrepio como seu sonho, mas não era o Amon. Era um tal de Miller.
Miller a deitou em sua cama que estranhamente tinha cheiro de cerejeiras. Any se sentiu abraçada por cerejeiras. Sendo assim fechou seus olhos e dormiu.
Miller a viu dormir, belíssima. Deitou-se ao seu lado e acabou adormecendo como Any já tinha feito.
Pela manhã, Any e Miller acordaram no mesmo estante.- Bom dia. - Disse Miller despertando.
Any ficou surpresa de ter acordado de verdade. De estar em um lugar de verdade e a pergunta que não saiu de sua mente enquanto estava dormindo. Quem era a deslumbrante mulher de vestido preto e aonde está Leuqar?
- Desculpa mas onde eu estou?
- Ah, está na Inglaterra. No litoral para ser exato.
- Litoral?
- Sim, está na área nobre do litoral inglês.
- Sorte não? Muita sorte em te encontrar Miller. Sorte até demais...
- Sim, você está desconfiada não é? O que houve com você para não acreditar em mim. O salvador de sua vida.
- Escute salvador da minha life. Ironicamente, eu já confiei em quase todos e quase morri em todos os casos. Seria diferente agora?
- Sim, eu poderia ter te deixado morrer. Por que a mataria agora?
- Recompensa... Talvez.
- Está com fome?
- É. Um pouco.
- Você agora na verdade poderia tomar um banho. Dormiu com as roupas molhadas em lugar quente, pode ter ficar resfriada.
- Você é rico não é?
- Sim, mas... É, por quê?
- Quero sua ajuda para me levar em algum lugar aqui perto. Quero roupas limpas, entende?
- Quer que eu compre roupas limpas?
- Quero que me leve lá, não que compre. Aliás, essa hora você deveria ter chamado a polícia.
- Desconfiada ainda? Sabe o que a polícia iria fazer, não? Aprender meu navio e abrir uma investigação. Não estou afim de nada nem ninguém, prefiro sentir o doce abraço da solidão.
- Estou com fome.
- Acabou com o momento. Você pode ir para o banho que vou preparar alguma coisa.Any foi para o banho quente, relaxante com sabonete líquido de cerejeira para variar.
Será que ele sabe que eu gosto de cerejeira.
Enquanto isso, Miller fez um encantador café da manhã. Como um típico inglês nato faria. Depois de um certo tempo Any saiu do banho e vestiu as roupas de Miller, para ser mais específico, luxuosas roupas de Miller. Indo ao encontro de Miller para o café.
Eles tomaram o café juntos, Any não deixou de bombardia-lo de perguntas. O café da manhã virou um interrogatório.
Any se cansou depois de um certo tempo. Certamente, Miller era belíssimo, encantador, cozinheiro, rico.
Seria um pretendente que qualquer mulher que fosse salva por Miller em pleno mar de uma noite gostaria de se casar com ele no mesmo estante.
Depois de alguns minutos de silêncio, Any ousou pedir novamente.- Quero que me leve até Londres por favor.
- Você está bem distante de Londres.
- Onde estou?
- Robin Hood’s Bay.
- Que?
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Um bom tema para um livro
ActionUma jovem menina mora em londres e sempre se perguntou, por que não fazer um livro? Sua mãe trabalha na polícia federal de londres como investigadora e por sua vez sua filha herdou suas grandes habilidades. Mas não quer seguir a carreira e sim desco...