Capitulo 8

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Por Paulo

Jamais podia imaginar que aquela garota mal educada, mimada e desafiadora como Olívia poderia bater em um homem do jeito que ela fez. Não sei o que esse cara disse antes para ter deixado ela tão furiosa, mas creio que foi bem feito.

Quando segurei Olívia, ao ter contato pela primeira vez com sua pele, meu corpo reagiu. Minhas costas se arrepiaram, e meu amigo aqui embaixo acordou. Depois que ela foi embora, fiquei atordoado com isso. "Paulo para com essa porra. O que não falta é mulher pra você comer" penso.

Fico mais impressionado com ela, ao vê-la dentro do bola 8. Jogando dardos... Só faltava ela jogar sinuca também. Ai sim seria a mulher perfeita... "Mulher perfeita? Que porra de pensamento é esse Paulo?" Não faço ideia subconsciente, me responda você.

Olívia era orgulhosa e um pouco arrogante, mas não podia deixar de admitir que ela sabe se cuidar. Porém, todo orgulho dela acabou quando ela perdeu seu tio. Jamais podia imaginar que aquela garota mimada e desafiadora como Olívia, poderia estar tão frágil.

Ver a maneira como ela ficou, acabou comigo e com a minha noite. E fiquei mais acabado quando seu estado de choque foi tão grande que nem percebeu estar sendo conduzida até a delegacia do Fontana. Não sei o que aconteceu comigo para abraça-la, apenas fiz. Depois que Fontana e eu fomos até o enterro, meu olhar sobre ela estão confusos.

Ainda acho ela mimada. Mas, ela é um mistério para mim. E isso está me assustando. Queria passar o final de semana com a minha família. Deixei recado para o Fontana. Chego até a casa dos meus pais e eles nem acreditaram que eu estava ali diante deles.

Pela primeira vez em muitos anos, vi meu pai chorar de emoção. Minha mãe parecia que ia desmaiar, e Sofia minha única irmã não desgrudou de mim desde que cheguei. Posso esquecer por algumas horas quem eu sou e o que faço, e ser apenas um filho e irmão.

-Paulo quando você vai se casar?- pergunta Sofia durante o almoço fazendo todos rirem.

-Sofia- reclama minha mãe- seu irmão é muito ocupado.

-Mais ele podia trazer uma namorada aqui dá próxima vez que vier mãe.

Eu não conseguia dizer nada, não conseguia parar de rir.

-Sofia- diz minha mae- para de perturbar seu irmão. Ele nem consegue parar de rir.

-Mais mãe, meu irmão tem que arrumar uma garota pra ele.

-Jura?- digo tentando ser sério- E como você acha que ela tem que ser para mim?

-Huum... Tem que ser bonita, ter um cabelo comprimido, um sorriso que lindo, e principalmente que eu goste dela.

-Mais quem deveria gostar dela seria eu né?

-Ah isso também. Mas, as garotas que você me apresentou, eu não gostei de nenhuma delas.- disse cruzando os braços e fazendo bico

Não aguentamos e começamos a rir. Até ela mesma riu. Tive umas 2 namoradas que duraram pouco tempo. E Sofia não gostou de nenhuma delas.

Mal tenho tempo para mim, o que dirá arrumar uma mulher. Depois do almoço fiquei com Sofia brincando de boneca em seu quarto. Sim, eu brinco de boneca com a minha irmã de 9 anos. Brincamos tanto que ela pegou no sono. A coloquei na sua cama e dei um beijo na sua testa. Fiquei observando ela dormir, minha boneca levada estava quase uma mocinha. Agora compreendo as atitudes de Olívia e principalmente seu desespero em encontrar sua irmã.

Me despeço de meus pais, mesmo contra a minha vontade e vou para casa. Queria descansar a minha mente.

Acordo um pouco mais das nove dá noite com meu celular tocando. Era Fontana.

-Aconteceu alguma coisa?- pergunto.

-Venha para a delegacia. Já liguei para Olívia que está a caminho. É sobre a irmã dela.

-Ja estou chegando.

Mais um problema pra minha cabeça.

A Herdeira Da Máfia e o DelegadoOnde histórias criam vida. Descubra agora