A Herdeira Da Máfia e o Delegado

Capítulo 1

Meu celular tocava alto demais. Mais um dia começa. Mais uma segunda feira. Saio dá minha cama praticamente aos tropeços e tombos. Vou até o quarto dá minha irmã Kelly para acorda-la. Mesmo com resmungo e reclamações, ela se levanta.

Volto para o meu quarto e tomo um banho gelado para despertar o sono. Faço uma maquiagem de leve. Só o básico, lápis, rímel e um pouco de blush. Desço as escadas junto Kelly. Nós duas morávamos com nosso tio. A casa/mansão do nosso tio era imensa. Dava pra se perder aqui. Moramos com ele por que nosso pai faleceu quando Kelly ainda era um bebê.

Desde então, nosso tio Carlos tem nos criado e cuidado de nós duas. Nosso pai deixou uma herança gigantesca para nós duas. Porém, só posso tomar posse quando eu fizer vinte e cinco. O que seria em um mês mais ou menos. Nosso pai deixou esse detalhe em seu testamento. Eu sou a mais velha, e mesmo assim não ligo muito para herança. Mas, como foi a vontade do meu pai, desejo assumir a herança por sua memória. E não por ganância.

Tio Carlos sempre nos mimou muito. Embora Kelly ficou um pouco mimada demais. Agora ela está bem melhor depois que começou a estagiar. Nós duas trabalhamos em um imenso prédio comercial na zona sul do estado. Kelly começou a estagiar na sua profissão, fisioterapia. Eu sou quase formada em administração, e fico na minha área no prédio comercial.

Depois que tomamos café com um pouco de pressa, nos despedimos de nosso tio e fomos no carro dá Kelly para o trabalho. Meu tio deu esse carro para ela quando completou dezoito anos, pediu logo um New Beetle todo rosa. A pedido de Kelly, é claro. No meu caso pedi uma moto, minha linda XJ6 toda preta .

Chegamos no prédio comercial e cada uma foi para o seu andar de trabalho. Kelly ficava no décimo quinto andar e eu no vigésimo. Mal chego e já começa a chover problemas pra cima de mim. Já vi que o dia iria ser longo, muito longo.

Já era quase uma hora de tarde e eu nem tinha parado para sentar direito. Foi tanto problema, tanta discussão que dava vontade de dar um tiro ou tacar uma bomba em alguém. Meu estômago chegava a doer de fome. Tive que falar, ou melhor dizendo, avisar que iria almoçar. Mesmo com meu chefe resmungando, fiz chantagem dizendo que eu poderia desmaiar no local de trabalho.

Kelly já soltava um monte de palavrões do meu lado na fila do restaurante para almoçarmos.

-Porra Liv o que teu chefe tem em mente pra jogar um monte de problemas em cima de você?- me pergunta irritada

-Nao sei Kelly. Sinceramente ele não seria nada se eu não soubesse como negociar certos assuntos.

Conseguimos uma mesa para almoçar. Tiramos quase duas horas de almoço. O chefe dá Kelly quase não ficava no local de trabalho. E como sempre eu conseguia mexer alguns pauzinhos a favor dela, não era sempre, mas hoje foi uma exceção. Pedimos sobremesa depois do almoço. Kelly sempre ficava com pudim de chocolate. E eu com pavê de chocolate com morangos.

Ficamos conversando sobre assuntos de trabalho no geral. Até tocar no assunto mais comentado no prédio inteiro. O baile anual de aniversário do dono. Não estou nem um pouco a fim de ir este ano.

No ano anterior nós duas fomos e infelizmente não foi muito legal. De início sim, pois sempre é em um dos espaços de eventos mais luxuosos dá cidade. Tudo muito bem servido, com bebida liberada...

Até que um dos funcionários do prédio, quis agarrar a Kelly quando ela foi ao banheiro. O azar dele foi que percebi ele indo atrás dela. A princípio pensei que eles estavam saindo, mas depois de ouvir Kelly gritando, virei uma fera.

Bati muito naquele infeliz. Graças a Deus e ao dono o senhor Fitzpatrick, ele foi demitido e preso por tentativa de abuso sexual. Mas, voltando a realidade, Kelly queria ir nesse baile e eu tinha que aturar ela falando sem parar.