Mãe De Coração

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Desculpa qualquer errinho, fiquei morrendo de preguiça de revisar. Boa leitura!!

Angie

Assim que acordamos, German teve que sair para uma reunião, felizmente era com empresários ingleses e não com Victória. Nem a encontraria por volta desse mês.
Tomei um banho e coloquei uma roupa simples e confortável, já que hoje é domingo e não tenho compromisso nenhum. O único grande dia para relaxar.
Eu vou estar sozinha em casa. German volta à tarde, Olga e Ramalho estão de folga e Vilu deve estar com Leon, ultimamente ela não se desgruda dele.
Sai do quarto e fui direto à cozinha, comecei preparar um chá e enquanto a água fervia, devorei um pote Nutella.
-Bom dia, tia!!! -Me assustei e virei rapidamente para Violetta que estava atrás de mim. Vilu começou a gargalhar ao me ver, possivelmente com o rosto sujo -Come igual a uma criança!.
-Bom dia, bobona! Sabia que é feio assustar as pessoas? -eu a olhei de cima a baixo, analisando para saber se a mesma ia sair -Vai sair hoje?.
-Não, Leon teve que ir fazer uma entrevista no México -ela revirou os olhos -Podemos aproveitar juntas, tipo os dias "tia e sobrinha".
-Pode ser! -sorri, fazia um tempo que não passávamos juntas, eu estava me dedicando muito ao casamento e ela ao noivado.
Terminei de fazer meu chá e acabei fazendo outro para Violetta.
-Tia precisamos ir às lojas de vestidos, preciso escolher o meu e preciso do seu conselho, escolher o seu vestido, o penteado, os sapatos e....
-Calma Vilu, fica tranquila -falei tomando um gole de chá -Eu vou te ajudar com tudo. Vamos semana que vem, o que acha?
-Combinado! -ela sorriu e continuou me encarando -Sabe, eu não sei o que seria de mim sem você.
-Hum... talvez você estaria em outro país, com a Jade como madrasta e possivelmente num internato -ri lembrando de como as coisas eram e, felizmente, mudaram radicalmente.
-Verdade, te devo a minha vida por isso!

XX

Estamos na rede do jardim, eu sentada e Vilu deitada com a cabeça no meu colo. Eu fazia carinho em seus fios e ela encarava o céu.
-Eu queria ir hoje, estou ansiosa -comentou minha sobrinha -Meu lado crítico de moda está ativo.
-Mas tá tão bom aqui -resmunguei balançando levemente a rede com os pés no chão.
-Meu Deus, que preguiçosa! -Violetta riu -Vamos tia!!
Ela se levantou primeiro e estendeu as mãos pra mim acompanhá-la. Fiz um grande esforço pra me levantar, afinal a ideia era o passar o dia inteirinho na preguiça. O que eu não faço por Violetta Castillo?
-Só vou subir e colocar outro sapato -falei já perto da porta que da na sala -Me espera na sala.
-Ok -gritou Vilu pra eu ouvi-la das escadas.
Subi rapidamente até o quarto e coloquei uma sapatilha confortável já que andaremos à beça. Peguei minha bolsa que estava no closet e algo branco no meio do preto chamou minha atenção.
Dentro do bolso de um terno de German, que usou quinta-feira, que eu escolhi, havia um papel.
O peguei imediatamente e se tratava de uma folha arrancada de sua agenda.
Minha vontade era queimar esse papel e esquecer tudo, a paz e harmonia na casa estava tão prazeroso, algo tinha que estragar.
Tudo que li foi "Victoria Avril, terça-feira, dia 22".
Nesta terça-feira? Sério?! Ele achou que eu nunca fosse descobrir?
Não podia atrapalhar um dia com Violetta por causa dessa mulher.
Coloquei o papel em minha bolsa e saí do quarto.
-O que houve? -perguntou Violetta com sobrancelhas arqueadas.
-Como assim?
-Você estava uma preguiçosa sorridente e agora tá toda séria e tensa -ela me olhava no fundo dos olhos, tentando identificar minha mudança de humor.
-Não é nada -sorri tentando parecer o mais convincente possível -Vamos, meu amor!
Ela deu de ombros e fomos até a garagem sem trocar uma palavra.
Entramos no carro e Violetta continuava me encarando de maneira estranha.
-Não vai mesmo me contar? -perguntou num tom aborrecido.
-Achei isso no bolso de um paletó do seu pai -joguei a folha rasgada no colo dela e coloquei meu cinto.
Ela pegou o papel, analisando-o.
-Ele não disse que a encontraria só no próximo mês?... não acredito!
-Pois é -concordei com a cabeça, liguei o carro.
-Deve ter tido um bom motivo, não? Como não te preocupar? Ah, sei lá. -ela colocou o papel de volta na minha bolsa.
-Pode ser, mas não justifica -falei com raiva nas palavras -Ele mentiu!
-Tia, quando o vir, converse com ele.
-Vou mesmo -tirei os olhos da estrada somente para ligar o rádio -Mas o foco aqui é você, gatinha. Hoje é o nosso dia.
-Assim que fala! -Violetta riu e pegou óculos escuros com formato de coração e o colocou -O que acha?
-Tá parecendo aquelas artistas arrogantes.
-Nossa, Angie! -fingiu mágoa.
-Eu sei que você não é dessas, querida -ri e parei o carro no farol vermelho -Só está parecendo.
-Okay, vou fingir que não estou magoada.
O farol ficou verde e em seguida já entramos no estacionamento do shopping, era bem pertinho de casa.
-Aleluia! -Violetta comemorou. Ela odeia ficar em carros e aviões.
-Sua estranha -ri.
Fomos até o elevador, felizmente só nós duas estávamos nele. Geralmente a Vilu é parada por fãs, ela é muito atenciosa com eles, mas acaba atrapalhando nossos passeios.
-Estou um desastre! -exclamou minha sobrinha se olhando no espelho do elevador.
-Não está! Só alguns fiozinhos rebeldes -passei a mão pelos cabelos dela para ajeitar.
-Obrigada -ela sorriu e ficou me olhando com um sorrisinho -Aaa, estou ansiosa!
-Também estou! Meu bebê vai casaaaar!
A porta do elevador se abriu e cruzei nossos braços antes de sairmos.
-Olha -Vilu pegou um folheto da bolsa -Ontem pesquisei algumas lojas com maiores índices de vestidos perfeitos e recomendadas pela Lud, claro.
Analisei a lista.
-Vemos que o amor por cálculo veio do pai, apesar da carreira na música -sorri me lembrando de German, porém a aquela folha arrancada veio junto na lembrança.
-Você está fazendo essa cara de novo! Esquece o papai um pouquinho, depois vocês brigam e fazem as pazes de novo -ela disse e revirou os olhos com nosso ciclo.
-Certo, vamos na primeira loja logo -olhei a lista e a primeira loja estava a três metros de nós -Ali, vamos!
Eu estava morrendo de preguiça e aparentemente estou mais ansiosa que a noiva, praticamente arrastei minha sobrinha até a loja.
Nenhum dos vestidos de noiva alcançava a perfeição para ser escolhido por Violetta. E olha que olhamos TODOS os vestidos da numeração dela. Ou era muito apertado, muito largo, muito enfeitado, muito simples ou simplesmente feio e brega.
A lista da Vilu era totalmente arquitetada, já que as lojas estavam localizadas na sequência. A segunda loja era a quarta loja à esquerda após a primeira loja que fomos.
Na segunda, Vilu se apaixonou pelo décimo segundo que provou. Tomara-que-caia, justo até a cintura e rodado até o chão, com um detalhe, na frente vai até o joelho e atrás até o chão. Com pequenas pérolas espalhadas pela peça.
-Foi feito pra você! Está parecendo uma princesa, ou melhor, rainha!
-Ai para! Estou com vergonha, mas obrigada.
Peguei meu celular e bati varias fotos, vamos comparar os vestidos melhor em casa.

XX

-Não acredito! -gargalhei alto, peguei minha taça de vinho e tomei um gole.
-É sério, ele ficou com cara de idiota depois -Violetta ria mais do que eu contando a história, sobre Leon.
Depois da décima quinta loja, optamos por comer em casa. Compramos lanches do Burger King, trouxemos pra casa e roubamos uma garrafa de vinho da coleção de German.
-Foco! Vamos voltar à análise -falei apontando para as fotos impressas pelo Polaroid.
-Ai Angeles, você é uma verdadeira mãezona -ela me abraçou, eu retribui -Muito obrigada por toda sua ajuda, você é um anjo que minha mãe mandou pra cumprir o papel dela. Amo você.
-Também amo muito você -apertei mais minha sobrinha.
-Tenho que dizer, você ficou gostosa nesse vestido -ela deu um risinho e pegou uma foto impressa minha com o vestido escolhido.
-Quem mandou você tirar foto? Palhaça! -me fingi de brava e ela fez cara de cachorrinho.
-Desculpinha, mas olha pra você! -ela aproximou a foto de minha visão.
O vestido era salmão, as alças eram finas e era justo, realçando minhas curvas. Escolhemos meu salto na mesma cor, de camurça, salto agulha para ser exata.
Como o vestido de Vilu é o mais importante, somente tiramos as fotos para escolher com mais calma, só escolhemos o salto, que combina com qualquer um dos vestidos que ela escolher. Salto plataforma com uma tira para afivelar no tornozelo, essa tira havia pedrinhas de diamante.
A porta de entrada da sala se abriu e German entrou, com sacolas em mãos.
-Olá, princesas! -ele sorriu, sorri de volta, mesmo estando fervendo de raiva por dentro.
-Oi papai! Er... tenho que pegar uma coisa no meu quarto -deu a desculpa e Vilu subiu rapidamente. Nos deixando à sós.

Oii, desculpinha o sumiço, minha vida tava super corrida... agora é só paz (amém irmãos!), pelo menos até fevereiro :)
Espero que gostem do capítulo, comecei a escrevê-lo em abril e consegui terminar só agora (pra terem uma noção de como a coisa estava), hehe. Até o próximo (que será antes do ano novo, ok?)
⚠️Por favor comentem aí, é muito importante a opinião de vcs e muito obrigada a todos que votaram no anterior durante minha ausência, bjooos ❤️

A Grande Mudança De GermangieOnde histórias criam vida. Descubra agora