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Asylum Harkham.

Três meses se foram passando e rapidamente Sr.J passou a ser o meu paciente preferido.

-Entrei no consultório-

-Harley Quinn!
-Quem? -sentei-me à sua frente.
-É o seu novo nome...todos os reis precisam de uma rainha.- disse encarando-me.
-Isso é muito querido- sorri- como dormiu?
-Sabe doutora dormir não é o que se pode fazer numa prisão -olhou-me nos olhos- vamos inverter os papéis!
-O que quer dizer?
-Você sabe tudo de mim, e eu não sei nada sobre si. Injusto não acha?
-Muito bem pode começar.
-O que é que cria ser quando era criança?
-Acrobata...cheguei a andar num circo...-ri-me.
-De acrobata a psiquiatra ? Como aconteceu?
-Tive de crescer...ainda tentei ir para um circo mas...bem os meus pais fizeram me ver que estava a ser tola, e acabei por me apaixonar pela mente humana em todas as suas perspectivas...
-Pais...
-Pais?
-Foram os seus pais que lhe disseram que estava a ser ridícula e que devia deixar os seus sonhos.
-Mas era um sonho ridículo.
-E porquê? Não ia ser feliz?
-Ia mas...
-O meu pai nunca me deixou ser sequer uma criança...quanto mais feliz.
-Sim?- era a primeira vez que sr.J se pronunciava sobre esse assunto.
-Ele não me deixava chorar ou rir ou brincar. Na verdade eu era só uma pequena marionete.
-E a sua mãe?
-Morreu ao trazer me a este mundo...e a sua família doutora? Como era?
-Era normal...um pai, uma mãe, uma irmã e um cão.
-Eu tive um gato, encontrei-o no jardim e tornou-se o meu único amigo...por alguns dias. O meu pai matou-o.
-Porquê!?- exclamei com tristeza.
-Acho que se ele não podia ser feliz eu também não.
-Isso é tão triste...
-Aposto que não foi sempre feliz...quais são os seus fantasmas? Terrores? Pecados? Diga me doutora! -a sua voz fazia se ouvir e ecoar na sala.
-Matei a minha melhor amiga.
Do nada a cara de Joker ficou fixada em mim meio chocada.
-Doutora...conte me mais...
-Estávamos bêbadas e eu decidi conduzir...espetamo-nos contra uma parede...
-Lembra-se de como ela estava?
-Coberta de sangue...-do meu olho escorreu uma lágrima.
Joker aproximou a sua cara as minhas mãos que se encontravam sobre a mesa e beijou-as.
-Acreditamos ficar tristes pela a morte de uma pessoa, mas na verdade é a morte que nos impressiona!
-O que é que quer dizer?
-Num mundo de demónios só os mais fortes sobrevivem.
-É bom chorar...-disse passando a minha mão pelas lágrimas.
-É mau ser fraco.-disse friamente.
-Peço desculpas.- sorri- então e tem pensado no batman?
-O morcego?- riu-se- sabe doutora ele pagará pelo que me fez um dia...
-Porque é que se preocupa tanto em se vingar dele?
-Porque ele deu cabo da minha vida e eu vou dar cabo da dele...olho por olho, dente por dente...-inclinou-se para trás na cadeira- ele acha-se um herói...apenas isso.
-Sabe não interessa quem o magoou, ou o deitou a baixo! Quem interessa é quem o faz sorrir outra vez...
-A doutora adora, não adora?
-O quê?
-Essas frases de postal.
-Se nos prendemos as coisas negativas podemos ficar...
-Loucos?
-A nossa seção por hoje terminou.
-Vou contar os segundos até hoje a noite...
-Não. Não se lembra que lhe disse que a partir de ontem que nos passamos a ver apenas uma vez por dia?
-Então adeus doutora Quinzel...
Sai da sala e deparei me com o diretor à frente da mesma a minha espera.
-Doutora Harleen.
-Sim?
-Preciso que venha tomar um café comigo.

🖤🖤🖤
"She thought she was curing him, but she was actually falling in love."

Adoro este impasse!!! Espero que gostem🖤

Is this Love? The birth of Harley.Onde histórias criam vida. Descubra agora