Capítulo 2

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-Essa é...-Pérola me cutucando com o braço-Janaína

-Prazer, Janaína-eu disse

Ela me dá um aperto de mão.

-Meninas, este é o Afonso-Pérola

Manuela sorri para mim mais uma vez.

-É muito gentil da parte de vocês trazerem essas coisas para as crianças aqui do orfanato-Manuela

Eu dei um sorriso meio sem graça.

-Você quer conhecer o orfanato?-me pergunta Manuela

-Claro que ele quer-Pérola  me puxando

           Quando chegamos perto da cozinha havia uma menina de mais ou menos cinco anos bebendo água. Pérola foi falar com ela.

-Olá, meu amor-Pérola

-Titia Pérola-a menina abraçando-a

-Quero que você conheça uma pessoa, esse é o tio Afonso-Pérola

-Oie-a menina

-Como é o seu nome, bonequinha?-perguntei me abaixando para ficar da sua altura.

-Maria e você é muito bonito

-Obrigado-digo

-Cadê o meu abraço?-Manuela

Maria corre para abraçar Manuela e depois abraça Janaína, ela era realmente muito fofa. Conversei por mais algum tempo com elas até que...

-Gente, que horas são? Eu não posso me atrasar pro almoço senão minha mãe vai me matar-Manuela

-12:00-Pérola olhando no celular

-Quer que  a gente vá te deixar?-eu perguntei

-Não, obrigada, eu não quero incomodar-Manuela

-Você não vai incomodar, Manu, de qualquer forma, nós insistimos-Pérola

-Então tudo bem-Manuela

-Quer vir também?-perguntei à Janaína

-Eu moro aqui-Janaína

-Ok, então vamos-disse

-Tchau, Jana,beijo-Manuela disse

             Dentro do carro, a caminho da casa dela, não sei como, começamos a falar sobre política e ela me deu reflexões sobre a situação atual do Brasil e como as de qualquer pessoa não eram nada boas. Chegamos, ela se despede de mim e da Pérola e entra em casa.

              Quando Manuela abriu a porta, Verônica já estava esperando por ela.

-Manuela, eu disse 12:00, 12:00 horas, custa você ser pontual-Você sabe que horas são?

-São doze horas e cinco minutos-diz o relógio falante de Manuela

-Cinco minutos estes que você vai perder de fazer seus deveres do colégio-Verônica-Mas tudo bem dessa vez passa, vá para a sala de jantar, depois eu vou.

                    Enquanto isso eu fui almoçar com Pérola em um restaurante.

-O que você achou do povo lá do orfanato?-Pérola

-São legais, mas Manuela foi quem me chamou mais atenção, ela é diferente, tem algo nela que me intriga -eu disse

-O quê?-Pérola

-Não sei bem, quando eu apertei a mão dela, senti o toque dela  ser diferente-eu disse

-Deve ser porque ela é deficiente visual-Pérola

-Como posso ajudar um orfanato?-eu perguntei

-É fácil, doando produtos de higiene pessoal, roupas, brinquedos, produtos não perecíveis-Pérola

-Sempre que você for pode me chamar que eu vou com você-eu disse

-Ai, você gostou-celebra Pérola

Na casa de Caio.

-Vou à casa do Afonso para estudar, você fica bem cuidando do Caio Filho?-Caio

-Fico, pode ir, amor-Mariana, a esposa dele

                   Mas, na verdade, ele não foi para minha casa, ele foi para balada. Uma moça que estava sentada no bar e ele vai atrás dela.

-Você vem sempre aqui?-Caio

-Não, é a minha primeira vez-a moça

-Como é o seu nome?-Caio

-Janaína e o seu?

-Caio. Quer dançar?

-Eu não sei dançar-Janaína

-Não seja modesta, tenho certeza que uma moça tão bonita como você sabe dançar bem sim-Caio

Ela aceita e vai com ele até a pista de dança.

-O que foi que houve com a sua perna?-pergunta Caio delicadamente

-É de nascença, algum problema?-Janaína

-Não, nenhum-Caio

                Na casa de Manuela, no quarto dela.

-Mãe, eu queria tanto ter saído com a Janaína-Manuela

-Mas nunca que eu ia deixar, a Janaína é uma irresponsável, você sabe que eu não aprovo sua amizade com ela-Verônica

-Aff, que saco-Manuela

-Filha, amanhã eu vou fazer compras com minhas amigas , quer vir com a gente, filha?-Verônica

-Não-Manuela

-Você é quem sabe-Verônica

                    Na balada

-Quer uma bebida?-Caio

-Quero-Janaína

Ela vai pedir, traz e eles começam a dançar.

Anos de SolidãoOnde histórias criam vida. Descubra agora