Capítulo 15

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-Não, não pode ser -Manuela

-Infelizmente é-mãe-Já era esperado, ela não queria fazer quimioterapia. Ela já. tinha consciência de que iria... você sabe, que ela gravou essas fitas para você se despedindo. Quer assistir?

-É que..-Manuela

-Ah, me desculpa-mãe-Mas você pode escutar só o áudio

-Tudo bem-Manuela

A mãe de Anastácia coloca as fitas no vídeo cassete antigo para Manuela assistir e esta começa a chorar lembrando da amiga.


Às 6 da manhã do dia seguinte fora o enterro de Anastácia e a mãe dela havia avisado no facebook . Muitas pessoas estavam lá para lamentar a morte de Anastácia, inclusive Manuela que chorava compulsivamente. Afonso chega e vai falar com ela que estava completamente perdida naquele lugar.


-Manu-Afonso diz abraçando-a

-Ah, Afonso-Manu-Tudo está desmoronando, descobri que meus pais não são meus pais e agora minha melhor amiga morre

-Não fique assim, eu tô aqui do seu lado-Afonso

-Obrigada-diz ela ainda chorando-Agora você é a única pessoa em que posso confiar nessa vida-Manuela

Naquele dia não houve aula para os alunos do 3º ano do ensino médio por conta do falecimento dela.

Na semana seguinte, na escola antes de começar a aula, os alunos estavam na sala esperando o professor chegar. Melissa conversava com Janaína.

-Você ainda pretende dar sua festa no sábado mesmo depois da morte de Anastácia?-Janaína

-Vou, eu nem conhecia ela, eu não ligo se ela morreu ou não, o que  importa é o meu aniversário-Melissa-Se está de luto é só não ir, queridinha

Janaína vai falar com  Manuela.

-Você ainda vai para a festa dela nesse sábado?-Janaína

-Não, não tenho cabeça para  festas-Manu

-Ainda tá muito mal pela morte da Anastácia-Janaína

-Sinto muito a falta dela-Manuela

-Eu também acho que não vou para essa festa-Jana

-Não, não deixe de ir só porque eu não vou-Manuela

O sinal toca e o professor chega.

~a aula começa~

Na quarta feira, Manuela decide chamar Janaína para dormir na casa dela, pois aquela queria superar a morte de Anastácia. Elas fazem uma guerra de travesseiro pulando em cima da cama e do colchão da Anastácia, alternando.

Verônica havia colocado sua máscara facial e o pepino nos olhos para seu tratamento noturno e começa a escutar gritos vindos do quarto de Manuela e vai até lá.

Ao abrir a porta

-Que bagunça é essa?-Verônica


Janaína toma um susto tão grande ao Verônica daquele jeito que tropeça em falso na cama, se desequilibra e cai batendo a bunda no chão, atingindo seu cóccix.

-Janaína, você está bem?-Manuela

-É óbvio que não-Janaína-Ai minha bunda

-Se vocês fizerem mais uma bagunça dessas, eu não vou mais querer a Janaína aqui em casa-Verônica saindo do quarto.

Depois de tomarem banho, as duas ficam deitadas conversando sobre o nascimento do bebê de Janaína.

-Quando ele nascer, se for menina vou chamá-la de Alison-Janaína  acariciando sua barriga,

-Por causa da Alison de pll?-Manuela

-Sim e se for menino de Caio Júnior ou de Caio Son-Janaína

-Caio Son?-Manuela quase rindo

-Sim, son é filho em inglês e eu quero que meu filho tem um nome muito chique-Janaína

-Mas Jana, ele te esnobou, disse que não iria assumir a criança , você ainda quer colocar o nome dele no seu filho?-Manuela

-Eu ainda gosto dele e eu tenho quase certeza de que ele é o pai, eu fiz as contas, então o meu bebê tem mais que receber o nome do pai-Janaína

No dia seguinte, a mãe de Manuela foi deixá-las na escola.

Depois da aula, Janaína vai para o orfanato.

No caminho, Janaína começa a sangrar e só vai perceber quando chega em seu quarto e se senta na cama, sujando-a.

-Mãe, mãe-grita Janaína

A mãe de Janaína estava costurando na sala e vai atendê-la no quarto.

-O que foi, Janaína?-mãe

-O que tá acontecendo comigo?-Janaína-Por que eu tô sangrando desse jeito?

-Oh, meu Deus, você está abortando-mãe




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Anos de SolidãoOnde histórias criam vida. Descubra agora