Capítulo 43

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Ela vai até a cozinha do abrigo pegar água para a mãe. No caminho vê um pai chamando o filho para ir embora. Aparentemente, o pai levou o filho para visitar a avó. Devido a isso, ela se lembrou do pai biológico, gostaria muito que Maria Leda falasse dele, mas não custava tentar . Trouxe o copo e a garrafa d'água. A mulher bebe a água.
-Mãe, você pode me falar um pouco sobre meu pai?-Manuela
Maria Leda fica tão assustada com a pergunta que acaba soltando o copo de vidro no chão fazendo quebrar-se.
-An-an-tô-tô-nio Mu-mu-nhoz es-es-tá mo-mo-morto-fala Leda gaguejando
-Ah-fala Manuela feliz por saber que a mãe estava melhorando, mesmo que a passos lentos e ao mesmo tempo triste por saber que seu pai havia morrido.
Depois de alguns minutos de conversa, Manuela volta para casa, mas parecia que não tinha ninguém em casa. Para onde Afonso deveria ter ido? Essa pergunta martelava na cabeça de Manuela. Já eram quase 7 horas da noite, Afonso já deveria ter saído do trabalho. Ela decide sair para visitar Manuela e escolhe uma roupa no guarda-roupa quando se assustou com Afonso entrando em seu quarto.
-Manu, Você já voltou?-Afonso fala
-Que susto, amor-Manuela com uma expressão de alívio no rosto
-Você tá muito assustada!-Afonso a puxa para um beijo
-Como foi a conversa com a Leda?-Afonso
-Foi boa, ela me falou sobre o meu pai, mesmo que gaguejando dava para entender, mas me disse que ele tinha morrido-Manuela
-Eu sinto muito -Afonso
-Não tem problema, eu tenho um pai vivo, mesmo que esteja preso, está vivo-Manuela tentando parecer otimista
-Manu, mudando de assunto, eu queria te fazer uma pergunta -Afonso
-Faz ué
Afonso tira uma caixinha preta do bolso onde havia um anel de noivado e abre se ajoelhando aos pés de Manuela.
-Manuela, você quer casar comigo?-pergunta Afonso
-Sim-Manuela-Claro
Ele se levanta e beija sua agora noiva.
Algum tempo depois, Manuela e Afonso pedem pizza. Os dois comiam sua deliciosa refeição sentados à mesa da cozinha.
-Amor, nós podemos marcar a data do nosso casamento para daqui a um mês, o que você acha?-Afonso
-Um mês? Por que tão rápido assim?-Manuela
-Quanto mais rápido nos casarmos melhor -Afonso
-Tá bom, eu também quero ser sua esposa logo-Manuela e Afonso beija as mãos dela.
No dia seguinte, Manuela e Janaína vão ao shopping novamente, compram algumas roupas e quando Janaína decide chamar um táxi, Manuela tem uma ideia.
-Jana, eu quero muito conhecer o escritório onde vc trabalha agora que eu vejo -Manuela
-Deve tá tudo fechado uma hora dessa-Janaína
-Eu sei, mas eu queria pelo menos saber onde você trabalha para qualquer dia desses te fazer uma visita -Manuela
-Você vai perder tempo -Janaína
-Por favor -Manuela
-Não precisa -Janaína
-Por que não quer que eu vá onde você trabalha?-Manuela
-Melhor não -Janaína
-Por quê? Qualquer trabalho é digno -Manuela
-Tá bom, mas eu não vou rachar táxi com você para ir a um lugar que é você quem está querendo ir-Janaína
-Ok, então vamos a pé então -Manuela
-É bem longe
—Não estou cansada
Elas andam muito, o local de trabalho de Janaína ficava do outro lado da cidade. Como estava acostumada a andar muito, não estava nenhum um pouco cansada. Já Manuela apresentava sinais de cansaço, mas estava tão feliz por sua amiga ter conseguido um emprego e queria a todo custo saber sua localização. Elas andam por uma rua deserta que Manuela nunca havia visto na vida e param na frente de um estabelecimento que estava aberto e havia vários homens bebendo no bar assistindo a mulheres dançando seminuas. Manuela nunca havia visto nada parecido e lê a placa: Cabaré da Leila.
-Vualá-Janaína-Meu local de trabalho
Manuela fica assustada, ela não queria entender, mas entendeu.
-Janaína, você é uma prostituta?

Anos de SolidãoOnde histórias criam vida. Descubra agora