Capítulo 26

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Ele fica olhando seu rosto e decide falar com Manuela sobre aquilo.

-Posso te fazer uma pergunta, Manu?-Afonso

-Claro-Manu

-Você está apaixonada por mim?-Afonso

Manuela vira seu rosto e abaixa a cabeça, escondendo seu rosto entre as mãos envergonhada.

-Não precisa ficar assim, era só uma brincadeira-Afonso preocupado

Manuela não diz nada por alguns instantes, mas depois decide falar.

-Mas e se eu estiver?-fala Manuela com muita vergonha-O que você vai fazer?

-Nada-Afonso e faz uma pausa-A gente não pode ficar junto

-Por quê?- Manuela

Afonso não responde e fica pensativo.

-Você não gosta de mim, é isso? Não me acha bonita? É por que eu sou mais nova que você? Ou será por que eu sou cega?-fala Manuela alto e chorando

-Não é nada disso-fala Afonso por fim-Eu vou ser muito sincero com você, eu te acho maravilhosa e amo

-Então por que a gente não pode ficar junto?-Manuela

-Por causa da tutela, nós ficarmos juntos, para a Justiça, seria quase um incesto e seria considerado um abuso pelo ECA, principalmente pelo fato de eu ser advogado-Afonso

-Então só o que importa para você é a porcaria da sua reputação como advogado-diz Manuela chorando

-Você não entende-Afonso

-Não-Manuela sai chorando para o quarto e tranca a porta.

Depois de algum tempo, ela dorme.

Na rua, Janaína  volta do show do Wesley Safadão. Para chegar ao orfanato ela teve que passar por uma rua deserta e escura. Um homem em um carro para perto dela.

-Boa noite, moça, quanto você tá cobrando?-homem

-Quê?-Janaína

-Quanto você cobra para sexo?-homem

-Eu não sou prostituta, idiota-Janaína

-Desculpe, pensei que fosse-homem e vai embora

Janaína volta para casa.

No dia seguinte, pela manhã, Manuela acorda mais tarde que o de costume, estava atrasada, mas ainda estava muito magoada com o que Afonso havia lhe dito ontem.

Manuela desce as escadas e vê todos tomando café.

-Bom dia, Manu-Afonso

Ela o ignora totalmente e abre a porta da frente e vai para escola.

-o que aconteceu?-Pérola

-Ontem nós discutimos-Afonso

-De novo?-Pérola

Na escola, Manuela chega à classe em cima da hora. Poucos minutos depois o professor Ryos chega.

~A aula começa~

-Bom dia, alunos-Ryos-O tema da aula de hoje será urbanização no Brasil. O Brasil é um país urbanizado. Em 1940, apenas 31% dos brasileiros viviam em cidades, enquanto que 69% viviam no meio rural. Em 1980, a situação havia se invertido: 67,5% viviam em cidades e somente 32,5% na área rural. Em 2010, 84% dos brasileiros viviam em áreas urbanas. O País se urbanizou durante a década de 1970. Durante os anos 1940-2000, a população rural brasileira passou de 28,3 para 31,8 milhões de pessoas (um aumento de 12,4%), enquanto que a população urbana passou de 12,8 milhões para 137,6 milhões: um aumento de 1.006%. Hoje, mesmo a Região Nordeste, que é a menos urbanizada do Brasil, apresenta um alto índice de população urbana: 73,1%. É importante salientar que os processos de industrialização e de urbanização brasileiros estão intimamente ligados, pois as unidades fabris eram instaladas em locais onde houvesse infra-estrutura, oferta de mão-de-obra e mercado consumidor. No momento que os investimentos no setor agrícola, especialmente no setor cafeeiro, deixavam de ser rentáveis, além das dificuldades de importação ocasionadas pela Primeira Guerra Mundial e pela Segunda, passou-se a empregar mais investimentos no setor industrial. Durante essa época, ocorreu o chamado êxodo rural: As indústrias, sobretudo a têxtil e a alimentícia, difundiam-se, principalmente nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Esse desenvolvimento industrial acelerado necessitava de grande quantidade de mão-de-obra para trabalhar na unidades fabris, na construção civil, no comércio ou nos serviços, o que atraiu milhares de migrantes do campo para as cidades. O processo de urbanização brasileiro apoiou-se essencialmente no êxodo rural. A migração rural-urbana tem múltiplas causas, sendo as principais a perda de trabalho no setor agropecuário - em conseqüência da modernização técnica do trabalho rural, com a substituição do homem pela máquina e a estrutura fundiária concentradora, resultando numa carência de terras para a maioria dos trabalhadores rurais. Assim, destituídos dos meios de sobrevivência na zona rural, os migrantes dirigem-se às cidades em busca de empregos, salários e, acima de tudo, melhores condições de vida e...

O sinal toca e a aula toca.

-Até amanhã, crianças-diz o professor indo embora.

Na hora do recreio, Jana, Manu e Mary conversavam.

Depois da aula, Manuela chega em casa, Afonso não estava, pois havia saído para trabalhar. Manuela vai fazer seus deveres.

Quando Afonso volta, Manuela estava na sala e eles trocam olhares, mas Manuela vira o rosto, sobe as escadas e vai para o quarto.

-Eu preciso falar com ela-pensa Afonso e sobe as escadas atrás dela.

Quando ele entra, Manuela estava sentada na cama e ele senta-se ao lado dela e seus rostos ficam bem próximos.

-Manuela-diz Afonso quase lhe dando um beijo, mas Manuela se levanta resistindo.

-Quer falar comigo?-Manuela se recompondo

-Sim-Afonso

-Vamos conversar lá no jardim-Manuela

No jardim

-Afonso, me desculpe por ontem, fui muito egoísta-Manuela

-Tudo bem-Afonso afastando seu cabelo do rosto e acaricia sua bochechaA

Afonso e Manuela se beijam.

De repente, alguém chega.

-Que bonito, hein!-diz Yanne batendo palmas fazendo com que eles se afastem


Anos de SolidãoOnde histórias criam vida. Descubra agora