Ele fica olhando seu rosto e decide falar com Manuela sobre aquilo.
-Posso te fazer uma pergunta, Manu?-Afonso
-Claro-Manu
-Você está apaixonada por mim?-Afonso
Manuela vira seu rosto e abaixa a cabeça, escondendo seu rosto entre as mãos envergonhada.
-Não precisa ficar assim, era só uma brincadeira-Afonso preocupado
Manuela não diz nada por alguns instantes, mas depois decide falar.
-Mas e se eu estiver?-fala Manuela com muita vergonha-O que você vai fazer?
-Nada-Afonso e faz uma pausa-A gente não pode ficar junto
-Por quê?- Manuela
Afonso não responde e fica pensativo.
-Você não gosta de mim, é isso? Não me acha bonita? É por que eu sou mais nova que você? Ou será por que eu sou cega?-fala Manuela alto e chorando
-Não é nada disso-fala Afonso por fim-Eu vou ser muito sincero com você, eu te acho maravilhosa e amo
-Então por que a gente não pode ficar junto?-Manuela
-Por causa da tutela, nós ficarmos juntos, para a Justiça, seria quase um incesto e seria considerado um abuso pelo ECA, principalmente pelo fato de eu ser advogado-Afonso
-Então só o que importa para você é a porcaria da sua reputação como advogado-diz Manuela chorando
-Você não entende-Afonso
-Não-Manuela sai chorando para o quarto e tranca a porta.
Depois de algum tempo, ela dorme.
Na rua, Janaína volta do show do Wesley Safadão. Para chegar ao orfanato ela teve que passar por uma rua deserta e escura. Um homem em um carro para perto dela.
-Boa noite, moça, quanto você tá cobrando?-homem
-Quê?-Janaína
-Quanto você cobra para sexo?-homem
-Eu não sou prostituta, idiota-Janaína
-Desculpe, pensei que fosse-homem e vai embora
Janaína volta para casa.
No dia seguinte, pela manhã, Manuela acorda mais tarde que o de costume, estava atrasada, mas ainda estava muito magoada com o que Afonso havia lhe dito ontem.
Manuela desce as escadas e vê todos tomando café.
-Bom dia, Manu-Afonso
Ela o ignora totalmente e abre a porta da frente e vai para escola.
-o que aconteceu?-Pérola
-Ontem nós discutimos-Afonso
-De novo?-Pérola
Na escola, Manuela chega à classe em cima da hora. Poucos minutos depois o professor Ryos chega.
~A aula começa~
-Bom dia, alunos-Ryos-O tema da aula de hoje será urbanização no Brasil. O Brasil é um país urbanizado. Em 1940, apenas 31% dos brasileiros viviam em cidades, enquanto que 69% viviam no meio rural. Em 1980, a situação havia se invertido: 67,5% viviam em cidades e somente 32,5% na área rural. Em 2010, 84% dos brasileiros viviam em áreas urbanas. O País se urbanizou durante a década de 1970. Durante os anos 1940-2000, a população rural brasileira passou de 28,3 para 31,8 milhões de pessoas (um aumento de 12,4%), enquanto que a população urbana passou de 12,8 milhões para 137,6 milhões: um aumento de 1.006%. Hoje, mesmo a Região Nordeste, que é a menos urbanizada do Brasil, apresenta um alto índice de população urbana: 73,1%. É importante salientar que os processos de industrialização e de urbanização brasileiros estão intimamente ligados, pois as unidades fabris eram instaladas em locais onde houvesse infra-estrutura, oferta de mão-de-obra e mercado consumidor. No momento que os investimentos no setor agrícola, especialmente no setor cafeeiro, deixavam de ser rentáveis, além das dificuldades de importação ocasionadas pela Primeira Guerra Mundial e pela Segunda, passou-se a empregar mais investimentos no setor industrial. Durante essa época, ocorreu o chamado êxodo rural: As indústrias, sobretudo a têxtil e a alimentícia, difundiam-se, principalmente nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Esse desenvolvimento industrial acelerado necessitava de grande quantidade de mão-de-obra para trabalhar na unidades fabris, na construção civil, no comércio ou nos serviços, o que atraiu milhares de migrantes do campo para as cidades. O processo de urbanização brasileiro apoiou-se essencialmente no êxodo rural. A migração rural-urbana tem múltiplas causas, sendo as principais a perda de trabalho no setor agropecuário - em conseqüência da modernização técnica do trabalho rural, com a substituição do homem pela máquina e a estrutura fundiária concentradora, resultando numa carência de terras para a maioria dos trabalhadores rurais. Assim, destituídos dos meios de sobrevivência na zona rural, os migrantes dirigem-se às cidades em busca de empregos, salários e, acima de tudo, melhores condições de vida e...
O sinal toca e a aula toca.
-Até amanhã, crianças-diz o professor indo embora.
Na hora do recreio, Jana, Manu e Mary conversavam.
Depois da aula, Manuela chega em casa, Afonso não estava, pois havia saído para trabalhar. Manuela vai fazer seus deveres.
Quando Afonso volta, Manuela estava na sala e eles trocam olhares, mas Manuela vira o rosto, sobe as escadas e vai para o quarto.
-Eu preciso falar com ela-pensa Afonso e sobe as escadas atrás dela.
Quando ele entra, Manuela estava sentada na cama e ele senta-se ao lado dela e seus rostos ficam bem próximos.
-Manuela-diz Afonso quase lhe dando um beijo, mas Manuela se levanta resistindo.
-Quer falar comigo?-Manuela se recompondo
-Sim-Afonso
-Vamos conversar lá no jardim-Manuela
No jardim
-Afonso, me desculpe por ontem, fui muito egoísta-Manuela
-Tudo bem-Afonso afastando seu cabelo do rosto e acaricia sua bochechaA
Afonso e Manuela se beijam.
De repente, alguém chega.
-Que bonito, hein!-diz Yanne batendo palmas fazendo com que eles se afastem
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Anos de Solidão
RomanceManuela é uma menina que tem tudo, mas ela sofre discriminação pelo fato de ser cega. Para o bem dela, sua família achou melhor levá-la a frequentar um grupo de apoio. Durante essa narrativa, ela vai descobrir coisas sobre sua vida e sentimentos que...