Capítulo 1

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               Obrigado por ter lido esse livro até aqui, eu sei que eu escrevi esse livro até aqui foi em terceira pessoa, mas, a partir de agora, sou eu quem vou narrar esse livro, que conta basicamente a história da minha vida, meu nome é Afonso, nessa época eu tinha 25 anos e estava terminando meu curso de Direito.

                Eu estava em casa conversando na sala com Pérola, minha prima.

-Amanhã você vai ao orfanato comigo entregar aquelas roupas-Pérolas

-Desculpe-me, Pérola, mas vai ficar para outro dia-disse

-Você como sempre arranjando uma desculpa-Pérola

-Dessa vez não é desculpa, eu tenho um trabalho da faculdade para fazer, estou no final do curso, além do mais sou um bom aluno-Afonso

-Engraçado, seu convencido, há anos atrás você não era assim, lembro que queeria ser até jogador de futebol e não tirava boas notas, mas do dia para a noite você mudou, decidiu ser advogado para fazer o gosto do seu pai. Mas o que aconteceu para você mudar de ideia de forma tão rápida?-Pérola

-Você já me fez essa pergunta na época-Afonso

-Mas você não me respondeu da forma como deveria-Pérola

-Foi porque eu me conscientizei da importância do conhecimento para que eu pudesse ingressar numa universidade-Afonso

-Hum, por que não estou convencida?-Pérola

-Porque você é muito desconfiada, Pérola, desconfia de tudo, tchau-Afonso saindo

             No dia seguinte na escola, Manuela e Janaína, outra amiga de Manuela esperavam Anastácia sair da cantina. Alguns garotos começaram a implicar com ela.

-Olha aí, duas amigas: a cegueta e a manca

-Idiotas!-grita Janaína

-Deixa eles, são uns retardados mentais-Manuela e Anastácia chega.

-Olha aí, chegou a cancerígena para se juntar ao grupo-disseram eles

-Meus pulmões funcionam  mais que o cérebro de vocês-Anastácia

             Depois da faculdade, eu conversava com um amigo, Caio

-Conseguiu terminar o TCC?-Caio

-Ainda não, falta uma parte, vou se termino hoje para ir ao orfanato com a Pérola amanhã-disse

-Pérola e suas caridades-Caio-Mas, amigo, ela está disponível?

-Cara, você trai sua mulher, a vida é sua, mas não pense na Pérola, ela é minha prima e eu a estimo muito-eu disse

-Tudo bem, tudo bem, mas é que minha mulher não me dá atenção, ela só tem tempo para os filhos-Caio-Um conselho amigo:nunca se case, você não sabe como é ruim

-Eu não acho que seus conselhos sejam bons -disse

                     Em uma pequena cidade próxima a capital(Fortaleza), num ambiente inóspito , uma mulher mal arrumada e descabelada estava sentada no chão até que um homem entra.

-Toma a comida e come tudo porque eu não compro comida pra jogar fora não-homem

A mulher intimidada aceita e come.

                        No dia seguinte, acordei e o dia estava bastante ensolarado, tomei café com minha avó, Ana.

-E aí, filho, vai sair?-disse minha avó

-Sim, combinei com Pérola de irmos ao orfanato para fazermos algumas doações para crianças, vó-falei

-Senhor, senhorita Pérola o espera na sala de estar-diz Gerúsia, a governanta

-Bom dia, vovó-Pérola-Bom dia, primo

-Bom dia-disse

-Bom dia, Pérola-disse minha avó-Que felicidade toda é essa?

-Finalmente o Afonso vai vir conhecer o orfanato-Pérola

-Por livre e espontânea pressão-eu falei

-Você vai ver, você vai gostar, as criancinha, as freiras e as mocinhas que ajudam lá são super legais, fora que é sempre bom ajudar-Pérola

-Tá, você tá vendo, essa sua neta passa o dia todo me pertubando, não deixa nem eu tomar café-disse brincando

-E você adora-Pérola

Eu não adorava e nem adoro hoje.

Me levantei e fomos quando chegamos.

-Afonso, toca a campainha enquanto eu pego aqui as coisas do porta-malas-Pérola

-Tem certeza que pode carregá-las?-Afonso

-Eu faço musculação-Pérola

                          Então, eu subi as escadarias do orfanato e toquei a campainha. Uma adolescente de mais ou menos 17 anos, com um rosto angelical e olhar curioso, diferente, veio me atender.

-Bom dia, moço-disse ela com uma voz muito meiga.

-Bom dia-disse sendo interrompido pela Pérola 

-Ei, alguém me ajuda-fala Pérola em tom alto carregada de presentes para as crianças, exagerada como era.

                           Eu e aquela "mocinha" fomos ajudá-la e levamos as coisas para dentro.

-Jesus, o que é isso?-outra moça que vinha de dentro do orfanato mancando-Pérola

-Olá, Janaína-Pérola-Quero que você conheça essas moças bonitas, essa é a Manuela-Pérola

-Prazer, moça-disse eu pegando na sua mão dela e seu toque era diferente, parecia que ela me sentia mais que o normal, era uma sensação estranha, mas boa, muito boa

Anos de SolidãoOnde histórias criam vida. Descubra agora