Capítulo 33

8 3 3
                                    

-Sî, yo voy hablar con él-Manuela-Pero, qué tiene ella, tía?
-Ella está com pulmonía, temo que este sea el último año que estaré con mi madre-Rosalinda-Tengo que desligar, me llame cuando necesário
-Cierto, hasta después-Manuela desliga o celular e pensa-Preciso ir para Madri
No dia seguinte, Manuela desce as escadas nervosa para conversar com Afonso.
-Afonso, nós precisamos conversar-Manuela
-Pode falar-diz ele calmamente
-Quero terminar-Manuela
-Quê?-diz ele calmamente
-Quero terminar, foi isso mesmo que você ouviu
-Então tá, se você prefere assim - Afonso
Manuela sente uma imensa raiva por dentro ao ouvir as últimas dele.
-Eu termino com você e você diz que tudo bem-Manuela estupefata.
-Por que está surpresa? Você é quase adulta deve saber o que faz-Afonso
-Então, tudo bem mesmo para você?-Manuela
-Tudo-Afonso
-Posso te pedir um último favor?-Manuela
-Manda-Afonso
-Quero ficar com a minha avó em Madri-Manuela
-Você sabe que não dá mais para eu renunciar a tutela-Afonso
-Eu sei, o que eu quero é que você assine um termo que me permita viajar para Espanha sozinha-Manuela
-Assino, se é isso que você quer-Afonso
-Aí, você continua cuidando dos meus bens e da minha herança-Manuela
-Continuo, mas saiba que só faço isso pela Justiça e porque é meu dever, se fosse por você, eu já tinha me desfeito da sua tutela, você me dá muito trabalho-Afonso fala seriamente
Manuela fica enfurecida e sobe as escadas apressada, indo para o quarto e pegando uma mala e colocando o máximo de roupas que cabia e outros pertences, deixando ainda muita coisa no quarto. Desce as escadas e vai até a porta da frente.
-Aonde você vai?-Afonso
-Te interessa?-Manuela saindo e fechando a porta com força. Assim ela fecha e saí caminhando sem rumo com lágrimas escorrendo dos olhos e liga para um táxi.
-Para onde, moça?-taxista
-Para o orfanato Dom Bosco-diz ela com os olhos vermelhos.
-Você está chorando? Por quê?-o taxista
-Não é nada-Manuela
Eles param no orfanato e Manuela paga.
Manuela entra e vê várias crianças brincando e vai direto para casa da Janaína.
-Manu, amiga, você nem disse que vinha-Janaína
Manuela a abraça apertado.
-Manu, tá tudo bom?
-Não-Manuela com lágrimas escorrendo nos olhos
-O que aconteceu?-Janaína
-Eu terminei com o Afonso, mas ele tá tipo foda-se eu, entende?-Manuela-Ele não me ama mais se é que ele já sentiu algo por mim
-E o barraco de ciúmes que ele deu na escola há alguns dias atrás-Janaína-É claro que ele te ama, só está se fazendo de orgulhoso
-É talvez você tenha razão-Manuela
-Eu sempre tenho razão-Janaína-Se eu fosse você, dava um gelo nele e na terceira vez que ele te procurasse aí você voltava
-Não, Janaína, acho que não tem mais volta-Manuela
-Ah, Manuela, não seja dramática
-Mas eu falo sério, a gente não iria dar certo, existe muita coisa em jogo-Manu-E, Jana, você deixa eu ficar morando aqui com você por mais ou menos duas semanas que é o tempo em que o Afonso resolve a documentação da minha viagem-Manu
-Pera aí, você terminou com ele e quer a ajuda do cara?-Janaína
-Sim, acima de tudo, ele é meu tutor e ainda mais, ele não pode me negar isso, visto que minha avó precisa de mim. Só um mau caráter negaria isso-Manuela
-Isso depende da sua definição de mau caráter
-Para mim, mau caráter foi o adolescente que bebeu, foi dirigir e me deixou cega, um assassino e o cara que tira um filho dos braços da mãe-Manu
-Concordo com você-Jana
-Mas e aí, você vai deixar eu ficar aqui?-Manuela
-Vamos ter que falar com a minha mãe primeiro-Jana
A mãe de Janaína estava na sala da casa que se localizava no jardim do orfanato. O ofício da mulher era a costura, trabalhava com a confecção e o conserto de roupas. Ela se chamava Kutyanne.
-Mãe
-Olá, meninas-mãe-Tudo bem, Manu?
-Sim-Manuela
-Mãe, a Manu, pode ficar aqui durante alguns dias?-Janaína
-Por quê?-Kutyanne- o dr. Afonso sabe disso?
-Claro que sabe-Manuela-É que o Afonso vai reformar a casa lá e como o Caio é o melhor amigo dele, ele pensou em ficar na casa dele durante o andamento da reforma, mas ele achou melhor que eu não ficasse lá, a senhora deve imaginar e aí eu pensei na Jana...
-Caio é aquele cara que...-Kutyanne
-Sim-Janaína
-Pode ficar aqui, Manu, mas antes eu gostaria de conversar com o dr. Afonso para acertar quantos dias você vai ficar aqui-Kutyanne
-É que... bem, o Afonso trabalha demais, ele tem que resolver as coisas da reforma, as minhas coisas, então ele é muito ocupado, você pode falar com ele só no sábado-Manuela
-Tudo bem, sábado eu falo com ele-Kutyanne
No escritório, estava na hora do almoço e Afonso e Caio conversavam.
-E aí, cara, tudo bem?-Caio entrando na sala
-Não-Afonso
-O que houve?
-Eu e a Manu terminamos-Afonso
-Sério? Vocês pareciam se dar tão bem-Caio
- Pois é e foi ela quem terminou, acho que ela está interessada naquele coleguinha dela, um tal de Victor-Afonso
-Afonso está com ciúmes-Caio
-Vai me dizer que você não ficaria?-Afonso
-Eu nem sei, eu traio, eu também não tenho direito de sentir ciúmes-Caio-E vocês estão morando juntos nesse climão?
-Não, a Manuela saiu de casa, eu não sei nem onde ela está agora-Afonso-Faz meia hora que eu mando mensagens para ela e ela não me responde
-Você deixou ela ir embora-Caio-Você deveria ter impedido
-Eu sei, mas eu não quero impedi-la de fazer nada, dar liberdade a ela, é o mínimo que posso fazer depois do mal que a causei-Afonso
-Ainda tem isso,  acho que você não tendo mais nenhuma relação amorosa com ela, não tem necessidade de contar-Caio
-Tenho, algum dia, eu vou ter que contar para ela-Afonso

Anos de SolidãoOnde histórias criam vida. Descubra agora