04.

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No outro dia, pela manhã, tive que passar todo o relatório do que havia acontecido durante minha noite na casa do jogador para Danielle. E ainda tive que ouvir um "Não acredito que vocês não deram pelo menos um selinho, Caterine! Você me broxou agora".

- Hm, nós poderíamos ir conhecer aquela loja no centro que o corretor me mandou por e-mail. Ela é muito bem localizada - Dani disse passando corretivo abaixo dos olhos.

- Sim, acho que iremos gostar dela.

Ouvi meu celular tocar no quarto, fui atrás dele e quando peguei, nem acreditei que era meu irmão me ligando. Finalmente.

- Que milagre é esse, senhor Iago? - perguntei assim que atendi.

- Eu sei que você está morrendo de saudades de mim, mas isso vai acabar em breve - meu irmão falou e pude ouvir ele dando descarga no fundo. Intimidade é tudo.

- Como assim? Está indo pra casa dos papais? - Voltei a me sentar na cama do quarto de Dani.

- Não, neném! Tenho que fazer algumas fotos e um desfile aí em Madrid daqui uns dias, logo pensei que poderia ficar aí, na sua casa! - Ele riu.

- Você acha que é fácil assim se hospedar na minha casa?

- Já falei com a Dani, ela votou sim! Qual é, sou o seu irmão favorito.

- Claro, eu não tenho muitas escolhas, porque até então você é o único. Mas meu voto é não, empatado. - Ri.

- Mas eu voto sim, então eu ganho. - Sua infantilidade me fez gargalhar.

- Você não é dono da casa, não tem direito a voto, meu amor.

- Queridinha, pra quem você liga no FaceTime toda vez que precisa consertar algo rápido no carro ou aí na sua casa? - Ele fez uma pausa dramática. - Tá vendo? - Riu. - Então eu tenho pelo menos um por cento de direitos e isso é uma ótima porcentagem.

- Atá. - Ri e fiz careta, mesmo sabendo que ele não poderia ver.

- Então te vejo daqui a três dias, prepara minha cama que eu tô chegando. Te amo más que el infinito!

- Vou esperar, mas não garanto a cama arrumada. - Ri. - Te amo más que el infinito también.

Finalizei a ligação ainda sorrindo. Eu realmente amava quando Iago vinha para cá.

Nossa vida mudou muito depois que decidimos ir atrás de nossos sonhos e idealizações. Ficávamos meses sem se ver e dias sem nos falar, mas era reconfortante saber que toda vez que um de nós entrávamos em contato com o outro era a mesma coisa. Nada havia mudado.

- Já vou comprar várias porcarias para comermos. - Danielle apareceu.

- Boa! - Apontei para ela. - Ele só consegue sair da dieta quando está com a gente.

- Eu não sei por qual motivo. - Rimos.

- Deve ser porque você obriga a gente a experimentar todos os doces existentes do supermercado. - Arqueei minha sobrancelha para ela, que fez sua típica cara de cínica.

- Na hora você não pensa nem duas vezes para experimentar, babaca! - Mostrou o dedo do meio.

- Lógico, se já está lá não é de todo mal comer. - Rimos. - Vou só trocar de roupa para irmos logo resolver isso. Eu tô ansiosa!

Durante toda a tarde nós duas focamos apenas nas papeladas que precisaríamos para comprarmos a loja. Eu e Danielle nos apaixonamos por duas, uma atendia todas as nossas necessidades em questão de tamanho e localização, a outra era boa apenas pelo preço. Mas como esperávamos que o lucro fosse maior com a loja física, optamos pela primeira.

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