12.

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- Espera aí, Cate! Preciso colocar meu tênis, vou por no viva-voz. - Ouvi alguns barulhos e ele voltou a falar. - Pode continuar.

- Você tem certeza que isso vai dar certo, Morata? - Perguntei pela segunda vez só naquela ligação que deveria ter no máximo três minutos de duração.

- Vai por mim, Catezinha... tudo certo! - Riu. - Vocês já estão em Cardiff, tá tudo certo!

- Eu estou ignorando o Cristiano há uns bons dias, ou seja, ele deve estar puto, mas aí do nada apareço em um jogo dele, em uma final de liga do campeões...

- Com que você está falando, Moraaata? - Uma segunda voz apareceu rindo bem no fundinho da ligação.

- Com a Caterine, sai daqui. É sério! - Deu pra ouvir barulho de algo sendo arremessado. - Para de ser intrometido, Marcelo.

- Caterine Vasquéz? - Um tapa. - Por quê você está conversando com a prometida do Cristiano? - Outro tapa, não aguentei e ri. - Opa, me desculpa. - Mais um barulho no telefone. - Prazer, Marcelo!

- Prazer é meu. - Ri. - Sou a Caterine, mas pode me chamar de Cate.

- Já que estamos íntimos, você pode me chamar de cupido. - Marcelo gargalhou e provavelmente tomou um tapa de Morata.

- Deixa eu terminar de resolver as coisas com ela, Marcelo. - Álvaro falou, revoltado.

- Você que vai ficar à frente desse plano? - O negro gargalhou gostosamente.

- Me poupe, já está tudo esquematizado e você não sabe de nada.

- Eu sei de tudo, ouvi tudo do outro lado da porta, sorte a sua que não foi o Cris passando. Você não sabe fazer nada! - Riu novamente. - Cate, ele não sabe fazer nada. - Eu gargalhei. - Deixa com o pai aqui, eu sei comandar todos desse clube.

- Eu só quero que dê tudo certo e que ele pelo menos goste. - Danielle saiu do banheiro com a toalha enrolada na cabeça e eu coloquei a chamada no viva-voz.

- Te garanto que ele vai amar, eu já tenho um plano diferente aqui e bem melhor. - Fez questão de dar ênfase nas palavras.

O restante da chamada foi dividida em risadas e o plano que, segundo Marcelo, era perfeito.

- Nós vamos comer aqui no restaurante mesmo ou vamos sair? - Minha amiga perguntou quando terminou de secar os cabelos.

- Hm, vamos ficar aqui, vou dar mais umas conferidas nos papéis do Rico. Amanhã acordamos mais cedo pra dar uma volta e almoçamos em algum lugar. - Me levantei, pegando uma toalha.

- Você já pensou em fazer o leilão? - Dani se jogou na cama com o notebook aberto. - Seria uma ótima opção... acho que dessa forma a mãe dele também aceita.

- Podemos olhar isso... é uma boa. Vamos olhar quem anima participar e ver um dia e local certinho.

Antes de eu entrar no banho, ouvi Danielle atender o telefone e pelo que pareceu era o Morata, como sempre.

O resto da noite eu e Dani não fizemos nada de diferente, ficamos por conta de Rico e conversamos com nossos pais por FaceTime.

•••

- Nem acredito que você veio. - Dona Dolores me abraçou apertado. - Se Deus quiser hoje vai dar tudo certo.

- Claro que sim, nervosa... mas vim! - Rimos.

Abracei todo mundo ali, encontrei algumas das meninas, Nalani, Arya, Laura e entre outras, tiramos várias fotos e dividimos nossa ansiedade.

Quando o jogo começou, fiquei sentadinha ao lado da Dona Dolores que quase esmagava minha mão antes mesmo de Cristiano participar do lance. O gol dele veio aos vinte minutos do primeiro tempo, ele fez sua comemoração de lei e como o combinado, Marcelo e o resto do time empurraram estrategicamente o camisa sete na direção do camarote em que estávamos, Dolores gritou, me puxando escada abaixo, que dava acesso ao campo, mas tinha aquelas muretas de proteção. A mãe do jogador começou a apontar os dedos para mim, e era nessa parte que eu não sabia o que fazer.

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