11.

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A primeira coisa que ouvi assim que saí da sala de desembarque foi um famoso berro de Danielle.

- As melhores recepções são suas, você sabe disso, não sabe? - Abracei minha melhor amiga, que fez questão de prolongar nosso abraço, tornando-o mais apertado.

- Eu já te disse que odeio ficar sozinha? - Ela me soltou, puxando minha mala, indo em direção à saída.

- Umas quinhentas mil vezes desde que saí daqui. - Ri. - Mas você não pode reclamar, o Morata ficou com você. Tô de olho.

- Não começa, senão vou querer saber de como que estão as coisas com o seu jogador. - Ela entrou no carro do lado motorista, coloquei minha mala no porta malas e entrei. - Aliás, como que você e ele estão? - Ela olhou cinicamente para o retrovisor, ignorando minha cara de bunda.

- Ridícula e cínica. - Ri. - Nós não nos falamos diretamente, ele me mandou algumas fotos no Instastories privado, mas nada demais. - Peguei meu celular, checando algumas redes sociais. - Não me enrola mais, eu preciso saber como que o Enrico tá!

- Vamos pra casa, você precisa descansar. Comprei alguns remédios que o vô indicou para você já cortar alguma gripe ou alergia que possa te dar. - Ela suspirou, parando no sinal. - Amanhã a gente resolve isso, juntas.

Fomos o resto do caminho para casa conversando sobre a África, Dani prometeu que na próxima ela iria.

Eu amo viajar, mas a melhor sensação é quando você chega em casa, sente o cheirinho dela e se joga na cama. Uma das melhores coisas do mundo.

- Vou tomar banho, pede alguma coisa pra gente comer, tô com fome, odeio comida de avião. - Fiz careta rindo, enquanto pegava uma toalha limpa do armário.

- Pode deixar, toma um banho rápido - falou mexendo no celular.

Tomei um banho quentinho, demorando ao lavar o cabelo, me perdoe o desperdício, mas eu precisava daquele banho. Quando saí, o cheirinho de queijo era surreal, fiquei com mais fome ainda.

- Não acredito que você fez fondue! - Saí do meu quarto enrolando a toalha na cabeça e indo em direção à cozinha.

- Só não acostuma, não faço isso sempre. - Piscou, colocando vinho em duas taças e me entregando uma.

Dormi no quarto da Dani, ficamos até altas horas conversando, mas minha noite em si foi péssima. Não consegui me focar no sono, a cena do marido de Dona Alika morto me rondava, o problema que Rico poderia ter, no quanto eu sentia falta de ter Cristiano Ronaldo por perto... consegui fechar os olhos quando os primeiros raios de sol atravessaram a cortina da janela de Danielle.

- Amiga, precisamos ir pro Instituto, a mãe do Enrico conseguiu uma folguinha no trabalho, a Vó Nina ligou e pediu pra irmos. - Ela sacudiu meus ombros. - Eu sei que você está me ouvindo, anda.

- Já estou levantando, só um minuto pra me situar. - Me sentei na cama meio grogue, fui ao meu quarto, me arrumando rapidamente e jogando tudo na minha bolsa - Vamos.

- Não vai tomar café? - A morena disse pegando sua bolsa e a chave do carro.

- Nem to com fome, apenas ansiosa.

O trânsito estava tranquilo, então rapidamente chegamos ao Instituto. Cumprimentei todos ali enquanto ia em direção à sala de Nina, quando eu ia entrar meu celular começou a tocar, mostrando Cristiano Ronaldo na tela.

- Alô?! - Falei assim que coloquei o aparelho na orelha.

- Hola, Cate! - Ele falou animado, fazendo com que eu arqueasse uma sobrancelha. - Como estás?

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