Depois de deixar nossos pais no aeroporto, eu, Dani e Iago fomos para a ONG. Eu precisava conversar sobre o Rico e os outros dois queriam apenas ver as crianças.
- Hola, vó Nina. - Falei entrando na sala.
- Hola, mi ángel! - Se levantou, me abraçando. - Como estas? Sente-se aí.
- Estou bem, ainda anestesiada de ontem. - Ri, me sentando na cadeira que havia na frente de sua mesa.
- Foi tudo lindo, vocês duas estavam radiantes. - sorriu - Ah, não posso deixar de comentar com você, - ela riu, retirando os óculos de sol - o jugador, Cristiano Ronaldo, estava lá também. Vocês estão juntos?
- Nós estávamos apenas saindo, abuela. - Respirei fundo. - Mas vamos, me fale sobre o Rico.
- Se quiser conversar, estou aqui. - Ela sorriu novamente e se ajeitou na cadeira. - Bom, o caso do Enrico é complicado, há alguns meses uma das nossas voluntárias foi ajudar o Enrico a tomar banho, então ela notou uma massa bem dura na parte estomacal, a barriga estava realmente rígida. Então ela logo veio me falar, eu fui ver e estava muito estranho. Imediatamente eu liguei para a mãe dele, pedindo para ela vir ao instituto - ela pausou, tomando um pouco de água - e a primeira coisa que ela falou ao chegar aqui é que já imaginava o motivo da ligação, mas que já estava correndo atrás de tudo.
- E o que ele tem? Quais sintomas?
- Mi ángel, nós estamos no escuro ainda, hoje eu paguei todos os exames que ele precisa fazer. O pediatra em que a Dona Su o levou apenas receitou remédios para dores e a diarreia, ele falou para ela o levar em um hospital particular.
- Quando a senhora iria me falar? - Questionei, cruzando os braços.
- O mais rápido possível, minha filha. Eu só queria esperar o momento de correria em que você estava se acabar. - Ela apoiou os cotovelos na mesa, me encarando. - Cate, eu acho que a coisa é feia, a cada dia que passa ele parece ficar mais fraco.
- O que eu posso fazer? Posso conversar com meus avós sobre as queixas dele. - respirei fundo - Qual é o dia em que ele vai fazer o exame?
- No início da próxima semana. - Voltou a sua postura normal - Como entrou um bom dinheiro, que suas amigas ajudaram, você e a Danielle, seus pais doaram também, vou conseguir ajudá-lo, se precisar em algum tratamento eu consigo ajudar. A demanda daqui aumentou, estão chegando novas crianças.
- Faz o que for preciso, nós damos um jeito. Eu posso contribuir pro tratamento, medicações... vou falar com meus avós sobre, talvez em Barcelona fique mais fácil o diagnóstico. - Falei já digitando uma mensagem para meu avô, avisando que eu precisava falar com ele mais tarde.
- Caterine, mi ángel, eu não tenho meios disponíveis para levá-lo até Barcelona... no momento eu estou correndo atrás de patrocinadores, o que mais ajudava pulou fora. - Suspirou - A mãe dele não consegue bancar as medicações, ela não queria pedir ajuda.
- Vamos dar um jeito nisso, abuela. - Passei as mãos pelos meus cabelos. - O importante é descobrir logo o que ele tem, não vai ser nada grave se Deus quiser. Só me promete que você não vai esconder nada de mim.
- Prometo, ángel, nos vamos entrar juntas nisso. Até pensei em você conversar com pouco com a Dona Su, ela é sozinha, cria os três filhos sozinha.
- Eu converso com ela sim, pode deixar. Vamos marcar uma reunião assim que tivermos os resultados. - Me levantei, pegando minha bolsa. - Vou ver ele, vem também, o Iago tá aqui.
- Aquele gibi ambulante, - ela se levantou, rindo - ontem, durante toda a inauguração ele me atentou. - Ela abriu a porta, dando espaço para eu passar primeiro. - Ah, o Rico não veio hoje, estava febril e um pouquinho inchado, Dona Su achou melhor ele não vir. Ficou com o irmão mais velho.

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Find Your Love
Fiksi PenggemarCaterine Vasquéz nunca esperou o príncipe encantado. Pelo contrário, ela sentia que possuía um ímã interno que a puxava para relacionamentos casuais, e ela não reclamava. Sempre achou que esses relacionamentos eram práticos, sem muita cobrança ou po...