Capítulo 02

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Alice Mooren

》》40 horas antes.

O vibrante céu azul estava praticamente me cegando, as pistas de aterrissagem pareciam terminar em enormes lagos onde eu poderia morar para sempre, tudo para me livrar desse maldito calor.

Havíamos pousado a míseros vinte minutos, mas o sol escaldante de Las Vegas parecia estar incendiando minha cabeça. Não, eu definitivamente não sentia falta da minha terra natal, pelo menos não da amostra grátis do inferno que sempre a acompanhava.

— Me diga que ele está chegando— Resmungo para Theo, meu digníssimo cunhado. — Ou juro que deixo vocês aí e pego um táxi.

Ele sorriu, daquele jeito maroto de sempre, mostrando as covinhas e deixando a cabeça pender para o lado, os longos cabelos pretos balançando conforme uma rara brisa nos aconchegava.

— Não seja ranzinza Alice, estamos de férias, por que não curte a paisagem?

— E com paisagem, você se refere a enorme bola de fogo que parece que está vindo na minha direção, ou as toneladas de metal estacionadas ao nosso redor?

— Deus Alice, onde está o seu bom humor?— Clar perguntou, suas roupas curtas e pretas, contrastando com o colorido das pequenas tatuagens espalhadas pelo seu corpo.

— Bom humor? Vamos deixar claro que eu fui chantageada e basicamente sequestrada para essa sua desventura— exasperei— Eu não sou um animalzinho de estimação que precisa de seus cuidados Clary! Posso e estava levando a minha vida muito bem sem essa sua intervenção ridícula.

Ela apenas revirou os olhos.

— Eu discordo e como a minha opinião  é a única que importa, então você que lute para me fazer mudar de ideia.

Abri a boca para contestar, mas Theo me interrompeu.

— Lá vem ele!

Sem dizer mais nada ele puxou nossas malas em direção a limusine preta que se aproximava.

— Limusine? Sério? Depois me chamam de ostensiva.

— Estamos em Vegas vadia— Clary gritou enquanto entrava no carro e se esgueirava pelo teto solar— Vamos aproveitar tudo o que a cidade do pecado tem para nos oferecer!

Theo encarou a esposa, os olhos âmbar brilhando com uma emoção desconhecida para mim, em seguida me olhou.

— Faça jus ao seu apelido de diabinha.— Ele piscou, entrando no carro e pegando a primeira garrafa de champanhe que viu.

Seriam apenas quatro dias, eu podia sair do ritmo frenético que havia me enfiado nos últimos anos, Adam estava cuidando mais do que bem da empresa e dos meus sobrinhos, ele era responsável, e tinha uma babá para ajudá-lo. Encarei a tela do meu telefone uma última vez, procurando por ligações e mensagens que não estavam lá, a bateria estava cheia, para o caso de emergências e... Eu provavelmente estava me preocupando a toa. Respirei fundo antes de travar a tela e adentrar a limusine.

Night LongOnde histórias criam vida. Descubra agora