Capítulo 16

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*Max Beaumont

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Max Beaumont

Flertar com Alice foi uma ideia ruim, mas apostar que transaria com ela foi idiotice. Não sei o que deu em mim, agi no automático e quando percebi, já tinha perdido cinquenta milhões de dólares. Era quase metade do dinheiro que eu havia ganhado com a notícia do casamento. Qual a porra do meu problema?

Meu reflexo no vidro da janela franze o cenho. Por que meus pensamentos soam como a voz de Sebashtian?

O dinheiro não era a questão mais importante ali e sim o fato de que eu havia cruzado o maldito limite imaginário que eu trinha traçado desde que chegamos em Nova York. Me aproximar dela era um erro, deveríamos manter esse casamento da forma mais civilizada possível até que resolvessemos todos os entraves com a máfia e a Interpol. A briga que tivemos na terça, somado ao seu ataque de pânico, era um excelente indicativo disso.

Mas era simplesmente tentador demais, ela era simplesmente tentadora demais e eu não consigo resistir.

Deixo um suspiro escapar e massageio minha têmpora, eu iria enlouquecer até o divórcio. Ela passou a semana inteira me ignorando e chegando de madrugada em casa e eu me sentia um completo idiota esperando todas as noites por ela, ciente que ela estava me evitando de próposito.

— O senhor tá tão bonito padrinho, parece um príncipe— Cloe sorriu pra mim, de um jeito fofo mostrando as covinhas. As crianças pareciam tão felizes nos últimos dias, tendo ambos padrinhos por perto que eu me sentia mal por tudo isso não passar de uma farsa que estava com os dias contados.

— Tá mais para princesa Cinderela— Adam comentou enquanto se jogava no sofá. — Gostei do terno azul marinho, te caiu bem Max.

Era noite de domingo e o leilão beneficente para o qual eu fui intimado a comparecer aconteceria em algumas horas.

— Obrigado, eu acho.

— Por que num podemos ir também? — Liam estava sentado no braço do sofá com o semblante emburrado — Aposto que lá tem bolo.

Abri a boca para responder, mas Cloe foi mais rápida, ela sempre era.

— Por que é coisa de gente grande Liam, crianças não podem ir. — As vezes eu esquecia que aquela garotinha tinha apenas três anos.

— O sou da mamãe também é coisa de gente gande, mas nós vai.

— Isso porque é da mamãe, não podemos ir pra outros. — observei a conversa deles, esquecendo por um minuto meus próprios problemas, Cloe seria um perigo para a humanidade quando estivesse mais velha, ela era inteligente de mais para seu próprio bem.

— Clianças num podem fazer nada— Ele cruzou os braços e fez um bico, emburrado.

Eu sorri e me sentei ao seu lado, puxando meu afilhado para o meu colo, conversas como aquela sempre tornavam meu dia um pouco melhor.

Night LongOnde histórias criam vida. Descubra agora