Capítulo 07

382 39 690
                                    

*Max Beaumont

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

*
Max Beaumont

Era desconcertante encarar Alice Mooren. Fazer isso por quatro horas enquanto voávamos para Nova York teria sido ruim por si só, acrescente dois brutamontes observando - e analisando- você abertamente e parecia que haviam colocado um maldito espinho na minha bunda.

Sorte a minha que minha mãe me criou para ser um lorde inglês, ou eu já teria perdido a cabeça e surtado algumas milhas atrás.

Alice se mantinha inabalável em sua pose de superioridade, olhando para qualquer lugar que não fosse a minha figura à sua frente.

Será que ela ficará com torcicolo quando finalmente olhar para frente? Levando em conta que ela está rígida e imóvel há pelo menos uma hora, acredito que sim. A certeza disso me traz uma estranha satisfação, ao mesmo tempo que um leve desgosto, ela prefere sentir dor ao me encarar? Chega ser ridículo sua teimosia, vulgo ódio irracional por mim.

Claro, ela achava que eu a havia traído, e a raiva é minimamente justificável, mas ela havia me traído de fato o que tornava a coisa toda uma hipocrisia sem fim, e levando em consideração que ela quase casou com o filho da puta e eu nem me lembro da última vez que vi Daphne, é óbvio que eu tenho infinitos motivos a mais para ter raiva dela.

O que me trazia ao ponto que eu estava remoendo desde que a encontrei essa manhã. Por todos os santos, por que eu não conseguia desviar os olhos? Ela me atraia como uma maldita mariposa para uma luz azul, eu sabia que estava me condenando cada vez que não desviava o olhar, mas não conseguia evitar. Ela brilhava, sua essência tomava conta do ambiente, o que tornava impossível dirigir minha atenção a qualquer coisa que não fosse a mulher à minha frente.

Eu estava fadado ao sofrimento eterno.

Por que eu não havia conseguido esquecê-la com doze anos sem vê-la. Esse reencontro havia aumentado a impossibilidade do fato em milhões de vezes.

As pernas longas e esguias quase alcançaram as minhas, não estava ciente sobre meu óbvio fetiche por pernas, até que me deparei com as dela. Essa mulher deve ter feito algum pacto com o diabo, porque não há explicação plausível para ter um rosto arrebatadoramente perfeito, um corpo de dar inveja e ainda... Puta merda, ela deve estar fazendo de propósito, já é a terceira vez que ela cruza as pernas nos últimos oito minutos, sim eu contei, que decadência.

— Já vamos pousar senhor Beaumont — a aeromoça veio avisar.

— Graças a deus —Alice murmurou.

— Lice — O careca a chamou e me segurei para não revirar os olhos — Adam disse que estaria nos esperando no aeroporto.

O semblante dela rapidamente mudou de tédio para preocupação.

— Me diga que ele não resolveu trazer as crianças.

— É claro que não — Serafim sorriu — Ele não é idiota.

Night LongOnde histórias criam vida. Descubra agora