Capítulo 11

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*Max Beaumont

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Max Beaumont

Quando Kelly recebeu uma ligação pedindo que retornássemos para a casa da Alice, nós havíamos acabado de almoçar, engajados em uma discussão de qual esporte era melhor. Owen tentando defender com afinco o basquete (com o qual ninguém se importava), enquanto eu discutia sobre futebol com Kelly e a modalidade estranha e agressiva dos americanos.

Gasparoff era uma boa pessoa, apesar do péssimo gosto para esportes.

Assim que adentrei o ''Loft'' dei de cara com o Adam sentado no sofá com um balde de pipoca, enquanto assistia pornografia.

- Uau - Escutei a voz do meu primo- Que apartamento lindo.

- Uau quem diz sou eu- Adam colocou o filme em pausa e caminhou até nós - Não sei que trevo de quatro folhas se prendeu no meu sapato, mas pode continuar mandando mais Deus, dois está pouco- Ele suspirou enquanto encarava Owen - De onde você saiu?- Perguntou se abanando.

Owen deu um passo à frente, ficando cara a cara com Adam, um sorriso safado estampado em seu rosto.

- Dos seus sonhos.

Adam se abanou.

- Acho que morri.

- Não morreu, mas eu posso te levar ao paraíso.

- Com você vou até o inferno, coisa linda.

- Esse é o Adam, vice-presidente da Ren's e amigo de longa data da Alice- Apresentei formalmente os dois- E esse é o Owen, meu primo e advogado.

- Eu espero que nós possamos nos conhecer... Mais profundamente depois- Adam deu uma piscadinha para o meu primo que apenas riu.

- E eu so espero que você não esteja vendo pornografia na sala, está louco Adam? As crianças podem aparecer.

- Você parece até a Alice falando, as crianças saíram e isso não é pornografia.

- Tem um cara chupando uma mina numa piscina - Owen ponderou- Acho que é sim.

- É uma série da Netflix, erótica, não pornográfica.

- Tem diferença? - Owen me perguntou surpreso.

Antes que Adam pudesse responder, a porta foi repentinamente aberta e duas figuras femininas adentraram a sala. Minha, nem tão adorável assim, esposa, estava praticamente idêntica desde a última vez que a vi, quando ela fugiu de mim no café da manhã. Há não ser por alguns alguns fios de cabelo fora do lugar e a roupa ligeiramente abarrotada, os ombros um pouco caídos, mas a expressão de seu rosto continuava inabalável.

Alice estava acompanhada, a mulher morena era bons centímetros mais baixa, mas isso não a fazia ter uma aparência menos assustadora, apesar de não ter mais do que vinte e pouco anos. Ela me encarou, olhando fixamente no fundo dos meus olhos, como se fosse capaz de ler a minha alma e descobrir meus segredos mais profundos. Lutei com toda minha força para não desviar o olhar e percebi que seus olhos eram totalmente pretos, não castanhos escuros, preto absoluto, quase beirando ao azul e não pareciam normais. Eu não duvidaria que ela fosse um demônio ou uma vampira disfarçada. O olhar de tédio estava irremediavelmente fixado em seu rosto frio e calculista, o que contribuiu para a minha superstição, enquanto ela me analisava de cima a baixo, como se eu fosse um animal enjaulado prestes a ser devorado pelo lobo mau.

Night LongOnde histórias criam vida. Descubra agora