Amante

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Achei que iriamos embarcar para viajem logo depois que decidimos sair da festa, mas me vi sendo puxada pela mão pelo meu marido e deixando minha família e os colegas para trás para entrar num elevador.

Quando entramos, Mosés me beijou ardentemente.

Fiquei com calor por conta dos beijos, mas o elevador estava subindo, nos levando para algum lugar, nos beijamos intensamente, mas percebia que ele tentava não me tocar muito, ainda que ambos estivéssemos ansiosos demais.

—Vamos passar a primeira noite aqui, embarcamos amanhã —comunicou ele.

Depois disso o elevador parou e viemos para essa suíte linda e espaçosa, mas o celular dele tocou e Mosés se afastou de mim pedindo um segundo, não me senti ofendida nem chateada, eu sei que ele tem que atender a ligações urgentes, eu sei que tenho que me acostumar com isso, afinal de contas, sou sua esposa.

Agora, analiso minha aliança de casamento, sorrio sentada na cama, me sentindo a mulher mais feliz e realizada do mundo. Apesar de tudo, meu casamento foi perfeito, ao menos a festa. Agora nem Safira nem ninguém poderá nos impedir de sermos felizes.

Estendo a mão e analiso o meu anel de noivado na mão direita, ele está mais lindo que nunca no meu dedo, sorrio, quero me abraçar, quero abraça-lo...

—Desculpe a demora!

Ergo o olhar e ele está em pé ao meu lado já sem o terno, tirou as abotoaduras da camisa engomada e a gravata borboleta, Mosés me olha em silêncio tão... concentrado, faço menção de levantar, mas ele faz que não com a cabeça e puxa a cadeira que fica num canto do quarto, coloca diante de mim e se senta, logo em seguida me fita.

—Você bateu na Safira?

Meu estômago dá uma volta imensa nesse instante e meu coração vem a boca, mas fico parada fitando-o muito incerta, o olhar é intenso e mais forte que nunca.

—Sim—admito sincera.—Eu bati sim no rosto dela.

—Você está bem?—questiona, para minha surpresa.

Demoro um pouco para responder.

—Sim, por quê?

—Era ela, me telefonou chorando e te cobriu de acusações.

Mordo o lábio inferior com receio.

—E isso não foi errado?

—Não foi certo, mas o que houve? Vocês discutiram?

—Sim e não, a Safira foi ao banheiro me insultar.

—Vocês brigaram!

—Ela me chamou de gorda diversas vezes e eu não estou mais disposta a tolerar isso —confesso e Mosés parece meio magoado. —Ela basicamente me insulta todas as vezes que nos vemos e arruma um jeito de me ofender, eu avisei para ela que não irei tolerar esse tipo de comportamento mais.

Mosés fica calado, me olha tão sério que fico com medo, mas me mantenho firme.

Depois de alguns instantes ele toca a minha face com a pontinha do indicador, não posso me fazer de vítima e nem irei, porque apesar de tudo, não me sinto assim, mas, contudo, vou deixar bem claro para ele que não irei mais me sujeitar a certos tipos de comportamentos por parte dela.

Não mais.

—Ela disse que você...

—Eu quebrei o celular dela, joguei ela no chão e dei umas bofetadas na cara dela, foi isso o que eu fiz—confesso sincera. —E eu avisei que se ela me chamar de gorda ou baleia, eu iria quebrar os dentes que ela tem na boca, chamei ela de mimada e disse que ela era daquele jeito por falta de uma boa surra.

Garota G.G III (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora