Capitulo 3 - Eu sou uma miséria...

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Olá! Primeiro queria pedir desculpas por ter estado tanto tempo sem publicar, mas foi mesmo impossivel. Ainda não vai ter postagens regulares, mas espero em breve conseguir fazê-lo. 

Na foto acima, é a Olívia, interpretada pela Reese Witherspoon. Podem conhecer as melhor as personagens no meu tumblr (link externo).

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Boa Leitura!

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  Estava estupefacta a olhar para ele, ainda não acreditava que o homem que estava na minha frente tinha sido o meu primeiro namorado. Senti o meu rosto a queimar, devia estar vermelha como um pimento.

- Nem sei o que dizer. – Falei tomando um gole de vinho. – Agora já percebo porque riste quando falei nos teus lábios. – Conclui, colocando de novo o copo na mesa.

- Eu quando te ouvi dizer que eras sobrinha do presidente da empresa, fiquei surpreendido, nunca pensei voltar a ver-te.

- Nem eu. Para ser sincera se não me dissesses não chegaria lá. – Confessei já mais calma.

- Eu compreendo, passaram muitos anos. Eu mudei, tu mudas-te, passaram muitas coisas. – Falou calmamente.

O empregado chegou à nossa mesa com os cafés, colocou-os na nossa frente e retirou-se.

- E se passaram, foi à vontade, à uns 25 anos. – Conclui, fazendo as contas de cabeça. – Temos de combinar um jantar para falarmos mais. – Propôs, enquanto colocava o açúcar na chávena. Não sabia em que me estava a meter, mas estava curiosa para saber como tinha corrido a vida do meu primeiro namorado nestes últimos 20 anos.

- Claro, quando quiseres. – Falou, bebendo o seu café de seguida.

- Que tal amanhã, em minha casa? – Perguntei antes de beber o meu café. Mas estás louca?

Talvez me estivesse a precipitar, mas uma vontade súbita de relembrar velhos momentos, assombrou-me, como que uma certa curiosidade, pela vida daquele homem que se encontrava na minha frente.

- Não te quero incomodar. – Respondeu.

- Não incomoda nada, eu faço questão. – Contestei-o.

- Nesse caso aceito. – Concluiu, lançando-me um sorriso.

Acabamos de beber o café e dirigimo-nos à entrada para pagar a refeição. Eu tinha a intenção de ser eu a pagar, visto que tinha recusado e depois me tinha feito de convidada, mas ele ao ver-me a pegar na carteira colocou a mão em cima do meu braço, fazendo-me parar e murmurou.

- Eu pago, eu faço questão. – Ainda tentei contestar, mas ele não me deu oportunidade, e acabei por me remeter ao silêncio.

Fomos até ao carro, caminhando lado a lado, em silêncio. Não me saia da cabeça o facto de ele ter sido o meu primeiro namorado... Acho que ninguém consegue esquecer a quem deu o seu primeiro beijo na boca, a quem em tom de criancice entregou pela primeira vez o seu coração. Ele tinha sido o meu primeiro, à mais de 20 anos, fazia-me sentir velha, a perceber que a minha vida estava a passar, que estava solteira e que não tinha perspectivas disso mudar.

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- O teu primeiro namorado? – Perguntou a Ana estupefacta com a história que eu lhe tinha acabado de contar.

- Sim. Não imaginas a vergonha que eu passei, se tivesse um buraco, enfiava-me nele. – Falei, colocando as mãos a tapar a minha cara.

- Espero que isso não seja hereditário, porque não faço a mínima questão de ser atropelada pelo meu primeiro namorado, tenho a ligeira impressão que ele me passaria por cima. – Falou entre risos, provocando em mim uma risada.

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