Olá!
Peço desculpas pela minha demora a publicar, mas com a faculdade e com os outros capítulos que deixei para trás não consegui publicar mais cedo!
Não se esqueçam de votar e comentar, gosto sempre de saber a vossa opinião!!
Beijinhos & Boas leituras
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Depois do circo, o Joel ajudou-me a carregar os miúdos. Alegaram que estavam cansados e com sono, mas para mim foi preguiça de andar até casa. A Catarina foi ao colo do Joel, enquanto eu carregava o Martim. Felizmente não era muito longe de casa e rapidamente chegamos ao nosso destino.
- Obrigada. – Agradeci ao Joel, depois de deitar os meus pequenos.
- Não tens que agradecer, são crianças adoráveis. – Respondeu. A Ana também já se tinha deitado e estávamos os dois na sala. – O aparecimento da Helena no circo foi constrangedor. – Comentou.
- Se foi. – Respondi. – O pior é que ela estava ali a criticar-nos e a trair o marido uns bancos à frente. – Falei. Conhecia o caso de perto, o cunhado dela era amigo do Lourenço e fora este que me contara o que se passava. Eu guardava estas informações para usar quando fosse necessário e já tinha lançado a bomba.
- Se tens essas informações porque é que não mudas o jogo? – Perguntou. Boa pergunta.
- Não sou como elas. Tenho as informações comigo e no dia em que me fartar, tal como hoje, lanço bombas. – Expliquei. – Acho que ela vai começar a falar menos de nós.
- Também acho. O olhar dela quando falaste no cunhado mostrou tudo. – Respondeu. – Mas o que é que estava a fazer o homem com ela no circo? – Perguntou curioso.
- Talvez porque o marido trabalha longe e o seu caro irmão vai ver a "família" com frequência. – Contei. Como é que sabia tudo isto? Os homens gostam de se gabar e depois dá merda.
- Como irmãos desses quem precisa de inimigos... - Comentou.
- Ninguém. O que me enerva é que depois julgam-me por coisa que nem fiz. – Desabafei.
- Não tens de te preocupar com ninguém. – Falou. – Tu és uma mulher fantástica, uma mãe espetacular e uma ótima profissional, não deixes que ninguém te deite abaixo. – Comentou. Sorri instantaneamente, ele sabia como cativar uma mulher e não apenas com a aparência, mas também pelas palavras.
- Obrigada.
- Não tens que agradecer, só disse verdades.
- Nem tudo é um mar de rosas. – Respondi.
- Eu sei. – Concordou. – A minha vida não se compara á tua, mas também está bem longe da perfeição. – Falou. Notei uma mágoa na voz. Havia muita coisa na vida dele que continuava a ser um mistério.
- Cada um tem os seus fantasmas. – Falei, tentando forçar um sorriso. – Todos nós temos os nossos pesadelos.
- Eu ando a tentar passar para o lado dos sonhos. – Contou.
- E consegues?
- Já estive mais longe. Houve um ou dois que já se concretizaram, às vezes é só correr atrás do passado. – Falou, sorrindo. Se eu corresse atrás do meu passado teria um longo caminho a percorrer. Passaria por dois casamentos, e mais algumas relações frustradas, mas no inicio da minha aventura amorosa estava o homem que naquele momento se encontrava na minha frente. Voltar ao passado. Será que era esse o meu destino? Voltar a viajar até ao inicio e tentar dar a volta à história.
***000***
- Falei com o meu pai, e depois de muito insistir conseguimos a aprovação que precisávamos para avançar com a reportagem de época das mulheres. – Contou a Rute sentando-se na cadeira em frente à minha secretária.
- Foi difícil?
- Pensei que fosse mais, mas como te disse tinha cartas bem potentes na manga. – Respondeu, sorrindo. Ela conhecia bem o pai, e principalmente sabia melhor que qualquer um o que o fazia baixar a cabeça e aceitar tudo o que ela lhe propor-se.
- Jogo sujo? – Ela nunca contara nada, ou seja, todos os seus trunfos eram secretos.
- Talvez. – Respondeu, piscando o olho e eu apenas me ri. – A Helena está muito calada, muito estranho não achas? – Perguntou, e eu voltei a rir.
- Não és só tu que tens cartas na manga, eu também tenho trunfos, e por sinal estão a revelar-se bastante poderosos. – Falei rindo-me.
- Estou a ver que sim. – Murmurou rindo-se também.
***000***
- Vamos almoçar? – Perguntou o Joel aparecendo na minha frente.
- Não tenho tempo, vou comer uma salada, enquanto reviso uns textos. – Falei, sem tirar o olhar do computador.
- Comer é importante, não metas o trabalho à frente da alimentação. – Avisou. – Não é por causa das outras, pois não? – Perguntou.
- Não, como já vistes, elas já não me afetam. – Respondi. – Mas tenho bastante trabalho.
- Não é por meia hora que te vais atrasar. – Falou, tentando convencer-me. – Anda lá Olívia! – Suplicou.
- Meia hora? – Interroguei retoricamente. – Num restaurante nunca menos de quase 1 hora.
- Posso ir buscar comida e comemos aqui. – Sugeriu. – Mas não vais passar o almoço com os olhos no computador.
- Tu és chato! – Exclamei.
- Eu vou buscar a comida. – Falou, ignorando-me.
Por um lado, fazer uma pausa ia-me fazer bem, estava a dar em louca e ainda tinha uma tarde de trabalho pela frente, mas por outro lado, teria de me apressar para terminar tudo o que tinha para fazer. Ele só está preocupado contigo. Eu não percebia a preocupação, tal como na minha cabeça a conversa do dia anterior estava incompleta. O que procurava ele no passado? Qual seria o sonho dele que tanto o levava ao que já tinha vivido? Eu se tivesse a oportunidade de voltar atrás no tempo, faria muita coisa diferente. Mas não seria a mulher que sou hoje. É verdade o que me moldou foi a minha vida.
- Aqui está a comida! – Exclamou sorridente. Tinha sido incrivelmente rápido.
- Como é que te despachaste tão rápido?
- Fui ao restaurante aqui em frente. – Respondeu sorridente, pondo as embalagens em cima da minha secretária.
- Costuma estar apinhado de gente, como é que conseguiste ser tão rápido? – Perguntei curiosa.
- Não sei, atendem-me sempre depressa. – Falou encolhendo os ombros.
- Não percebo, eu demoro sempre, pelo menos um século a ser atendida. – Resmunguei.
- Estavam 5 senhoras à minha frente, e disseram que eu podia passar, e apesar de ter insistido em esperar pela minha vez, acabei por ser atendido. – Contou. Beleza. Tinham-no deixado passar para poder apreciar o seu corpo, de certeza.
- Eram novas?
- Sim. – Pronto estava explicado. – Porquê?
- Não tens espelhos em casa? – Perguntei.
- Tenho, porquê?
- Deixaram-te passar porque és bonito. – Respondi.
- Achas-me bonito? – Perguntou, olhando-me com um olhar sedutor que me fez engolir em seco.
- Sim. – Respondi, tentando parecer natural.
- Claro que és bonito amor. – Falou uma mulher que apareceu atrás dele. Merda, a cabra da ex-namorada voltou.
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First Love
RomanceMuito dificilmente esquecemos aquele primeiro amor, os namoricos do tempo da escola. Queremos esquecer o que aconteceu, que pensamos que nunca mais nos vão aparecer há frente. Era esse o caso de Olívia, editora numa revista de moda, que nunca espera...