I'm sick...

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Desculpem a demora, tenho andado muito ocupada... Para vos compensar, hoje vou publicar 2 capítulos. Espero que estejam a gostar.

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Passei com a escova pelo meu cabelo, enquanto me olhava no espelho, pousei a escova em cima da mesa e ajeitei o cabelo com os dedos. Era dia de outra consulta com o  Dr. Zack, a quinta consulta, eu acho.

                Sai de casa, hoje a minha mãe não vinha comigo, estava a trabalhar, como sempre claro.

Cheguei ao consultório.

                - Bom dia Juliette – Zack sorriu-me.

                - Bom dia.

Zack guiou-me até ao consultório.

                - Senta-te – Ele fez um gesto para o sofá.

                -Estás bem? – Ele perguntou

                Acenei que sim com a cabeça.

                - Óptimo – Ele levantou-se e agarrou em uns papéis – Tenho novidades.

                - Que novidades?

                - Eu sei que pode parecer assustador – Ele ajoelhou-se à minha frente – Houve um novo diagnóstico - Olhei-o – Foste diagnosticada com bipolaridade, depressão e indícios de esquizofrenia.

                - Tenho medo. – Uma pequena lágrima caiu.

                - Eu sei – Zack abraçou-me – Tudo vai ficar bem, confias em mim?

                - És a única pessoa que eu confio – Eu disse-lhe enquanto ele me limpava as lágrimas.

Continuamos a conversar, ele perguntou-me sobre como eu tenho andado… Sobre os meus pensamentos, que eram horríveis. Ninguém fazia ideia o que passava na minha cabeça.

                - Ficamos por aqui Juliette – Ele sorriu

                - Sim – eu concordei e saí.

Cheguei a casa.

- Olá – A minha irmã disse deitada no sofá.

- Vou para o quarto – Eu respondi com arrogância.

Cheguei ao quarto e tranquei a porta, deitei-me na cama. Suspirei. O frio e o silêncio do meu quarto eram horríveis. Acho que ninguém era capaz de passar mais de 2 minutos no meu quarto sem saírem a correr.

A todas as horas era tão fácil imaginar a minha morte. Era tão mais simples e rápido.

Parece que todos me decidem abandonar ao mesmo tempo.

Limpei levemente as lágrimas e segui para a sala.

Estava voltada para a televisão, em frente à lareira, observando as coisas à minha volta. Meu pai chegou.

- Olá meninas – Ele dirigiu-se para nós – A vossa mãe já chegou?

- Não – eu e a minha irmã respondemos em coro.

Meu pai assentiu e seguiu para a cozinha.

Continuava na mesma posição, sem fazer qualquer movimento.

O telefone tocou e o meu pai foi com alguma pressa atende-lo.

Eu e a minha irmã ouvíamos uns gritos que não se percebiam.

- O que se está a passar? – Minha irmã perguntou

- Eu não faço ideia – Eu respondi confusa.

O meu pai pegou no seu casaco e saiu de casa sem dizer uma única palavra.

À Procura da FelicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora