Forever dad...

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- Juliette? - Eu chamei ao entrar na casa dela - Que aconteceu?

Sem resposta.

Continuei a caminhar pela casa até entrar na sala e dar de caras com o meu maior pesadelo.

- Juliette!!! - Corri para ela e levantei- a ao colo. De seguida, liguei para a emergência a explicar a situação.

Em menos de 5 minutos uns homens estranhos tiraram a minha Juliette dos meus braços e colocaram-na dentro de uma ambulância. Eu chorava. Eu chorava como nunca tinha chorado antes. Tudo estava a ser tirado de mim. Todo o meu mundo estava tão pequeno e o meu coração tão apertado. Eu podia tê-la impedido... Eu podia... E eu amava-a.

Depois de chegarmos os médicos levaram-na lá para dentro e não me deixaram entrar. Esperei durante 2 horas. Decidi ir até casa dela.

Quando cheguei, ainda os meus olhos estavam cheios de lágrimas.

- Posso entrar? - perguntei ao pai dela.

Ele não respondeu, mas acabei por entrar mesmo assim.

- Ela precisa de ti. - Eu sentei-me ao seu lado - Ela está neste momento a lutar para sobreviver e tu não estás a fazer nada.

Sem resposta.

- A tua Barbie tentou meter fim à sua própria vida. A tua princesa já não é a mesma menina que conheceste. Ela está completamente destruída, o mundo dela está a desabar e a única coisa que ela queria era um abraço do seu pai - Eu falava calmamente - Por favor, ela é uma rapariga maravilhosa, luta por ela antes que seja tarde... Não a deixes ir.

Ele levantou-se num impulso, pegou em algumas roupas e dirigimo-nos para o hospital. Prontos para lutar pela nossa princesa.

...

Tudo estava escuro e branco ao mesmo tempo. Todas as vozes pareciam estar a quilómetros de distância, embora eu as conseguisse ouvir. Sentia todo o meu corpo tremer. Não sabia o que havia de fazer, lutar ou desistir?

Deixei-me ficar. Ver o que acontece.

De repente e sem saber como, Francisca estava dentro da minha cabeça.

- Desculpa - Ela disse - Eu nunca nos poderia deixar morrer, deixar-te morrer.

Ao ouvir isto, todo o meu ar fugiu dos meus pulmões e abri os olhos num impulso.

Zack correu para mim.

- Graças a Deus que estás bem - Ele abraçou-me.

- Zack... - Disse baixinho - Eu adoro-te.

- Eu adoro-te Juliette - Zack acariciou-me a cara.

- O teu pai está lá fora, queres falar com ele? - Ele perguntou

- Claro que sim - Sorri.

Alguns segundos depois o meu pai apareceu.

- Desculpa Barbie - Ele abraçou-me.

- O que importa é que estás aqui.

- Para sempre. - Ele sorriu.

- Para sempre pai - Eu não sabia porquê, mas naquele momento, a última coisa que eu queria era morrer.

...

- Zack? - Eu chamei enquanto ele arrumava algumas roupas no meu quarto de hospital.

- Sim - Ele olhou para mim

- Como é que me encontras-te? Quer dizer, porque foste a minha casa naquele dia?

- Porque eu recebi uma mensagem tua. Nao te lembras?

- Zack, eu juro que não mandei mensagem nenhuma.

- Olha - Ele mostrou-me o telemóvel.

"Salva-a!"

Sorri - Francisca... - disse baixinho.

Zack percebeu que algo se passava e saiu do quarto.

"Obrigada Francisca" - Disse para um quarto vazio.

À Procura da FelicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora