Espero que estejam a gostar. É só para avisar que já não falta muito para acabar...
Bom, se quiserem, deixem aí nos comentários as vossas opiniões.
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“Querida mãe,
Estou a escrever-te porque algo me está a preocupar. Já não vejo a Francisca à mais de um mês. Sinto falta dela. Estranho não é? Sinto como se parte de mim tivesse ido embora. Sinto quase o mesmo que senti quando tu me deixaste.
Mãe, eu percebi que ela é importante para mim. E eu não entendo porquê. Eu acho que ela me odeia.
Agora estou a achar-me uma maluca. Ela nem existe. Tudo isto faz parte da minha doença. Isto é o que uma parte de mim diz. A outra parte diz que a Francisca é uma amiga, presente, dedicada e que eu adoro.
Mãe… Ela será a única capaz de nos juntar de novo. Acho que isso faz com que tu a adores como eu, não?
Bem mãe, tenho de ir.
Amo-te,
Juliette”
Levantei-me da secretária e sorri ao lembrar-me de uma coisa. Uma ideia.
Se eu controlava a Francisca, isso quer dizer que se eu a chamasse ela vinha?
- Francisca – Disse baixinho
Nada.
- Francisca – Aumentei a voz.
Nada.
- Francisca – Eu gritei – Por favor. Eu preciso de ti.
- Por favor… -Disse baixinho.
Senti algo a agarrar-me atrás de mim.
- Juliette – Ela exclamou quando eu me virei – Aqui estou eu.
- Por que é que estiveste tanto tempo sem aparecer – Eu perguntei.
- O tempo passa, e fica cada vez mais difícil conseguir ver-te. – Ela olhou-me devagar.
- Porquê?
- Porque tu estás a morrer aos poucos – Francisca passou a mão pelos meus cabelos.
- O que isso tem a haver contigo? – Afastei-me um pouco dela.
- Nunca percebes-te Juliette? – Ela olhou-me com alguma estranheza.
- Percebi o quê?
- Achei que já sabias – Ela fez um gesto para me sentar e eu obedeci – Juliette, tu estás a destruir-te a ti e a mim – Fiz uma cara estranha ao ouvir isto – Nós somos uma só.
- Como assim? – Não entendia nada.
- Eu sou tu – Ela sentou-se ao meu lado – Eu sou tu, como tu gostarias de ser.
-Gostaria de ser como tu? Como assim, como tu? – Olhei-a com algum nojo
- Morta. Tu gostarias de estar morta – Ela encarou o chão – Como eu.
Levei as minhas mãos à cabeça para tentar entender as coisas.
- A única forma de eu desaparecer – ela começou – é tu morreres, pois eu morrerei contigo. - Eu estou a aqui para te ajudar. – Ela encarou-me com doçura.
- Ajudar-me em quê?
- No que tu quiseres.
- E o que é que eu quero? – Levantei-me
- Tu queres ver a tua mãe.
Olhei-a em concordância. Dirigi-me para a sala e fiquei em pé em frente ao sofá. Alguns segundos depois ela estava ao pé de mim.
Olhei-a. Senti um empurrão forte que me fez cair no chão.
- Juliette – Ela deitou-se ao pé de mim – Eu irei ajudar-te.
Sorri para ela. Olhei para o lado e vi uma lâmina tão brilhante como nunca vi na minha vida.
Percebi o que tinha de fazer.
Peguei na lâmina e fiz um pequeno corte no meu pulso. Francisca sorriu.
Fechei os olhos e o sorriso da minha mãe apareceu. Eu tinha de a ver novamente.
“Amo-te Zack…” – Sussurrei baixinho.
Fechei os olhos e fiz o mais profundo corte que já tinha alguma vez feito.
Olhei para Francisca. O pulso dela também sangrava.
- Juliette… - Ela disse baixinho enquanto uma lágrima escorria – o que é que fizeste?
Olhei-a, percebendo que estava a viver os meus últimos segundos.
- Juliette, eu não posso deixar-te morrer.
- Mas tu disseste que eu só queria ver a minha mãe.
- E tu queres querida, mas não já.
- É tarde demais. – Disse ao olhar para a jorra de sangue que saía do meu pulso.
- Uma coisa que eu aprendi contigo. – Ela sorriu – Nunca é tarde demais, Juliette.
Os meus olhos começavam agora a fechar-se, e todo o meu corpo perdia as forças.
- Salva-me Francisca – Eu sorri para ela.
- Eu adoro-te Juliette – Ela chorava em meus braços.
Apercebi-me que não havia nada a fazer. Já não me restavam forças. Eu estava a morrer… Ali. E o meu pai no seu quarto a achar que eu estava óptima como sempre… Como as coisas enganam.
- Amo-te Zack… - Disse baixinho antes dos meus olhos finalmente se fecharem.
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À Procura da Felicidade
Misterio / SuspensoSim. Talvez eu ainda acredite que tudo vai correr bem. Talvez um dia o sol volte a brilhar. Talvez eu possa voltar a sorrir. Talvez, um dia, alguém me consiga amar. Ou talvez não... E se tudo o que sempre acreditaste fosse mentira? E se o teu mundo...