2. Jasmine

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Canadá - Toronto - Março - 2013
Point Of View Justin Bieber

A Toronto Maple Leafs esgotou toda a calma que restava dentro de mim. Jeremy, meu pai e dono do time, encarregou-me como seu assessor, descarregando toda responsabilidade e dedicação que a empresa requer, sempre com a desculpa de que isso é uma preparação para quando eu assumir a TML. Entretanto, graças a inteligência que permite meus pensamentos corretos agirem, eu consigo manter-me com sanidade na hora de tomar alguma atitude antes que me descontrole.

Respirei fundo enquanto fechava o último botão do meu paletó e passei pela porta da Casa de Apoio Infantil, o lugar onde reside a minha maior joia.

- Boa tarde, Beth. - escorei-me na bancada da recepção

- Boa tarde, Senhor Bieber. Ela já está esperando pelo senhor na sala isolada como pediu. - sorri debochado analisando o duplo sentido das suas palavras.

- O quarto de Jasmine tem tudo que ela precisa, assim como tem a mim para dar todo amor e proteção, isso é o necessário. Passar bem, Bethany. - não esperei que ela respondesse e já fui a procura da minha garotinha. Avistei a porta rosa claro e apressei meus passos, não me preocupando em bater antes de entrar fui recebido com um grito agudo.

- PAPAI FECHE OS OLHOS, ESTOU ME TROCANDO! - Virei-me na direção da porta gargalhando de olhos fechados.

- Eu já dei banho em você mocinha, deixe de besteira.

- Não sou mais uma bebêzinha. - Respondeu já vestida enquanto me puxava para sentar na sua cama.

- Com 6 anos você já se acha adulta? Hey, não me responde. - A interrompi quando percebi sua boca encher de palavras. - Independente da idade, você sempre será única e exclusivamente minha bebê.

- Vou estar viva até lá?

- Eu jamais deixaria algo acontecer com você, Deus quer você aqui comigo. - Evitei olhar em a seus olhos e desci os mesmos até o cilindro de oxigênio que estava no chão do seu lado. Por Jasmine ter câncer pulmonar ele é necessário. - Bem, hoje é o dia do desenho, vamos fazer nossa troca?

- O de hoje é de uma princesa que conheci. - peguei o papel embrulhado em sua mão e dei um beijo na mesma.

- Como assim conheceu?

- Sim, conheci. Ela é a minha nova ajudante, mas sei que ela veio de um conto de fadas. - cochichou a última parte como se aquilo fosse um segredo.

Ela deixou uma grande informação escapar sem querer. Eu apostava que meu rosto expressava o que eu sentia por dentro: pura confusão.

- O que? Não fui avisado sobre isso.- Senti meu corpo esquentar por conta da raiva que crescia só de imaginar outra pessoa cuidando da minha Jas.

- Não, papai. Não faça nada, por favor - suas pequenas mãos agarraram meu braço quando eu ia me levantando. - Ela tem um cabelo tão lindo, não posso ficar sem mexe-lo, vovó diz que não posso morar com você e...

- Você pode sim, estou tratando disso judicialmente, logo logo estaremos em casa juntos.

- Você vem me visitar todos os dias, papai.

Chained SoulOnde histórias criam vida. Descubra agora