6. Bridget?

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Canadá - Toronto - Março - 2017
Point Of View Justin bieber

Eu já esperava acordar com dor de cabeça, mas não com uma tão forte. Abri meus olhos devagar mas não adiantou nada, a claridade me fez fecha-los. Afinal, quem deixou as cortinas abertas? E esse não é o meu quarto. Oh! Ainda estou na casa de Chaz, notei pela organização.

Tudo parecia estar muito estranho, mas foi a bebida que deixou o meu raciocínio mais lento. Olhei para o lado na tentativa de enxergar o horário, 14:22 p.m, a festa foi boa e durou até de manhã, não deixou a desejar.

Reparei no copo com água e o remédio o acompanhando em cima da mesinha ao lado da cama. Ou Chaz resolveu bancar A Dona de Casa ou sua empregada é um verdadeiro anjo. Enfim, depois de tomar os dois direto para o banheiro.

E já parado no meio da escada fiquei abismado com a organização, eu daria no mínimo uma semana pra o lixo de ontem ser recolhido. Fui surpreendido novamente.

Deixei meus pensamentos bobos de lado e ouvi a voz da minha barriga implorar por comida.

Quando cheguei à cozinha, a primeira coisa que uma garota estava lá também, mas não a reconheci, a mesma estava de costas. Desci o olhar pelo seu corpo e percebi um uniforme de empregada, um pouco justo demais. Confesso: uma das bundas mais bonitas que eu já vi.
Cortei meus pensamentos novamente e fui procurar algo na geladeira.

- Oh, não percebi que tinha acordado Senhor Chaz, eu pedi ajuda para as outras empregadas, não conseguiria arrumar tudo sozinha. - Ela falava ainda de costas e eu a observava com um iorgute na mão. Minha memória tentou buscar onde eu já tinha escutado aquela voz doce antes, mas não cheguei à lugar algum.- Também deixei o remédio para dor de cabeça no quarto do seu amigo como pediu. O senhor tomou o seu?

Então ela virou-se.

O silêncio tomou conta do ambiente.

Nossos rostos denunciavam um grande conflito interno.

- Eu te conheço de algum lugar! - falamos exatamente ao mesmo tempo.

Point Of View Bridget Campbell

Depois da morte de Jasmine não consegui mais continuar na Casa de Apoio Infantil, tudo lembrava ela. Continuei como sempre estive, me virando com bicos aqui e ali, Evan estava certo, a ida para a casa dos meus pais me motivou a não ficar parada. Decidi não desistir e ser forte, como Jasmine pediu em uma das nossas últimas conversas.

Chegando na casa de Chaz, onde estou trabalhando atualmente, pensei que estivesse no lugar errado, pois estava irreconhecível com tanta bagunça, chamei as outras meninas que trabalham comigo e juntei todas as minhas forças pra limpar aquela bagunça gigantesca.

A roupa que Chaz me deu não ajudava nenhum pouco, seria impossível abaixar-me para pegar todo aquele lixo sem que minha bunda aparecesse, mas ordens estão aí para serem seguidas, né?

Com tudo arrumado e limpo novamente fui à cozinha espera-lo como sempre fazia. Confesso que enquanto arrumava desejei ser uma das pessoas que causaram toda aquela bagunça, pois não lembro de ter ido em alguma boate ou festa durante a minha vida. O tempo foi passando e sem dinheiro ou roupas legais para ir em uma, o pacote fica completo com a falta de amigos à minha volta que me chamassem para passar a noite bebendo e dançando. O único que já me convidou foi Evan, mas acho que ficaria um pouco excluída lá, em uma boate gay, talvez eu não me encaixasse, mas posso tentar ir um dia...

Escutei passos aproximando-se e logo tratei de ignorar meus pensamentos melancólicos.

- Oh, não percebi que tinha acordado Senhor Chaz, eu pedi ajuda para as outras empregadas, não conseguiria arrumar tudo sozinha. - Pronunciei-me enquanto terminava de preparar seu chá quente.- Também deixei o remédio para dor de cabeça no quarto do seu amigo como pediu. O senhor tomou o seu? - Virei-me para olha-lo.

Chained SoulOnde histórias criam vida. Descubra agora