A Chegada do Convite

14.5K 904 181
                                    

— Senhor, chegou o convite que tanto aguardava. — A voz de Alfredo carrega um tom de preocupação.

— Alfredo, quantas vezes preciso lhe dizer? Nada de formalidades. Traga-o para mim. — Um sorriso surge em meus lábios enquanto me inclino para frente, ansioso pelo que está por vir.

Alfredo não é apenas um empregado. Ele é um confidente, alguém em quem confio. Seus cabelos grisalhos são prova de uma vida inteira de experiência, e mesmo que não aprove algumas das minhas escolhas, jamais ousaria me impedir. Ele caminha com calma e me entrega um envelope preto, adornado com detalhes dourados.

Ao deslizar os dedos sobre o selo e rasgar o papel fino, um arrepio percorre minha espinha.

Ao deslizar os dedos sobre o selo e rasgar o papel fino, um arrepio percorre minha espinha

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Prezado Liam Cullen,


É com enorme prazer que o convidamos para uma noite de prazeres e mistérios. Um evento exclusivo, onde apenas os mais seletos cavalheiros têm o privilégio de participar. 

A experiência promete ser inesquecível.

13° LEILÃO DE MULHERES DE LONDRES.

As coordenadas serão enviadas na véspera do evento. 

Sua presença é esperada.

MULHERES VIRGENS O LANCE MÍNIMO TRIPLICA.

ATENCIOSAMENTE MÁFIA.

O sorriso em meu rosto se amplia

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O sorriso em meu rosto se amplia. Finalmente.

O Evento

A noite está carregada de expectativa quando desço do carro. O terno cinza-escuro ajusta-se perfeitamente ao meu corpo, e a brisa noturna traz um aroma de uísque e desejo no ar.

— Senhor, deseja que eu o aguarde? — Alfredo pergunta, hesitante.

— Sim. Isso não vai demorar.

Os portões se abrem para revelar a imponente mansão à minha frente. As luzes douradas iluminam a fachada, e o som de um piano ecoa suavemente pelo ar. Homens de alto escalão circulam pelo salão, taças de cristal entre os dedos, conversas sutis misturadas ao tilintar do gelo contra o vidro.

Caminho até o salão principal, onde uma passarela de veludo vermelho se estende até um pequeno palco. As luzes suavemente posicionadas criam sombras misteriosas, intensificando o clima de antecipação.

Uma música sensual começa, e então ela aparece a terceira virgem apresentada.

A mulher que será minha.

O vestido fino e transparente desliza por suas curvas, abraçando sua pele dourada. Os cabelos caem em ondas suaves sobre os ombros. Seus olhos encontram os meus, e o medo esta estampado.

O jogo começou.

Os lances sobem, cada vez mais altos. Homens tentam conquistá-la com números, mas ela não está à venda para qualquer um. Meu olhar permanece fixo nela, e quando chega minha vez, minha voz soa firme:

— Meio milhão.

O salão silencia. 

Ela me encara, surpresa e com o brilho único do medo. Por um momento, vejo algo a mais em seus olhos... curiosidade. Um sorrisinho brinca em seus lábios antes que ela incline a cabeça, aceitando seu destino.


A Química Perigoso


Rapidamente, a puxei para a cama, deslizando meus dedos pelo tecido fino que mal cobria seu corpo. Seus olhos brilhavam com um misto de medo e rendição.

Ela solta um suspiro seguido por um soluço contido, os lábios entreabertos. Minha boca encontra seu pescoço, depositando beijos lentos, saboreando cada curva, cada pequena reação que escapa de seus lábios. Desço os lábios até seus seios, explorando cada centímetro com devoção e desejo.

Ela encolhe o seu corpo contra o meu, um soluço seguido por lagrimas escapando quando minha língua brinca com sua pele sensível. Meu controle ameaça se perder enquanto a observo, os olhos fechados, o peito subindo e descendo em pura rendição.

Me afasto apenas o suficiente para encará-la, deixando-a livre de minhas mãos.

— Está bem? — Tento entender o porque ela chora tanto justo naquele momento. — Ainda não terminei com você.

— Por favor, não me machuque. — Ela implora escondendo o seu corpo com suas pequenas e frágeis mãos.

— Eu paguei por você. — Caminho até a cama e dessa vez pressiono o seu corpo com mais força e volto a tocar os meus lábios em seus seios.

Ela ainda continua ali deitada imóvel deixando que me aproveite de cada centímetro de seu corpo. 

Então assim eu faço. 

Finalmente meu membro viril já ereto encosta na pele lisa e úmida de sua intimidade, mas meus atos são interrompidos com empurrões, agressividades e xingamentos de uma jovem amedrontada e em desespero.

Porra.

Caralho.

Eu paguei meio milhão por essa maldita.

Tento convence-la de se entregar, mas todas as minhas tentativas não tem resultados. 

E isso me deixa extremamente irritado. 

A jogo sobre a cama e fico parado apenas observando o seu copo nu e sua pele esbranquiçada enquanto ela se encolhe e tenta esconder o seu próprio corpo com os lençóis branco de seda que forrava a cama.

Essa menina me pertence, será que ela não compreende isso? 

Eu tenho o direito de desfrutar de cada centímetro desse corpo.

Me afasto vestindo a calça e logo em seguida caminho para fora do quarto deixando ela ali sozinha.

A frustração arde em minhas veias como fogo líquido. Meus punhos se cerram, minha mandíbula trava. Eu deveria estar no controle. Eu sempre estive no controle.

Com um movimento brusco, agarro a garrafa de uísque envelhecido sobre a mesa. O vidro frio contrasta com o calor abrasador da minha pele, mas não me importo. Despejo o líquido âmbar no copo de cristal e, sem hesitar, viro tudo de uma vez. O álcool queima minha garganta, mas não é suficiente para apagar a raiva que ferve dentro de mim.

Eu deveria me sentir satisfeito. Mas tudo o que sinto é um desejo insaciável e uma raiva que me consome por dentro.


Aquisição ImperfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora