Meu coração acelerava a cada passo que ele avançava em minha direção e sinto um vento frio fazendo arrepiar a minha pele e olho confusa para Liam, que passou reto sem sequer tocar em mim.
-O que esta fazendo? -Pergunto tentando entender o que havia acontecido.
Ele apenas me olha friamente. -Preciso me vestir.
-E por que comprou isso e me pediu para vestir? -Indaguei novamente dando um passo para frente de onde eu estava parada.
-Você está sem suas roupas e eu não iria permitir deixa-la vestir os mesmos tecidos sujos. -Ele veste um tecido preto apertado que tampou todo o seu membro que antes estava exposto deixando aparente apenas aquele volume avantajado e continua a falar. -E o que deseja que eu faça com você? -Ele se aproxima agora ficando parado em minha frente ficando 1 centímetro de distancia de nossos corpos.
-O q-que e-e-eu.. -Travei quando pude sentir o seu corpo encostado na minha pele arrepiada e gelada, me fazendo sentir o calor do seu corpo e as pequenas gotinhas de agua que ainda estava em sua pele.
-Pode me dizer. -Ele sussurra com sua voz rouca e autoritária e continua a dizer. -Estamos só nós dois aqui e eu prometo fazer tudo o que você desejar. -Sua boca encosta em meu pescoço depositando ali um suave beijo molhado me fazendo com esse seu gesto ficar na ponta dos pés tentando alcançar ainda mais a sua boca.
Ouço a sua gargalhada fazendo eco por todo o quarto enquanto ele da um sorriso de lado tentador e provocante e volta aos seus afazeres vestindo o restante de sua roupa sendo apenas uma bermuda.
-Poderia me encontrar na sala de jantar? Eu pedi para que preparassem algo para jantarmos. Me acompanha? -Ele sorri amigavelmente.
-Liam, não tenho uma roupa adequada. -Sento na cama enquanto devolvo um sorriso sem jeito.
-Não se preocupe Allycia, é só entre eu e você. -Ele caminha para a porta de saída daquele lugar.
Fico sentada na cama tentando processar tudo o que havia acontecido, mas a única coisa que me vem á cabeça é o sorriso estúpido dele em minha direção. Me levanto na intenção de encontrar algo menos desconfortante para um jantar com aquele estranho rapaz. Fuço em suas gavetas terminando por achar uma camisa social preta sendo perfeita para quem não tem nada decente e somente seu para vestir, então apenas visto aquela camisa podendo sentir o cheiro forte de seu perfume ainda naquele tecido me fazendo apreciar aquele aroma com os olhos fechados.
Então desço as escadas e vou a procura da tão desejada sala de jantar devido a fome que estou sentindo. No caminho analiso encantada cada detalhe rústico e luxuosos dos moveis até as paredes.
-Você está linda. -Finalmente pude ouvi-lo terminar a sua frase me deixando corada em vergonha e volto a minha atenção a ele que se encontra sentado na ponta de uma enorme mesa repleta com diversos tipos de alimentos. Ele continua a dizer enquanto mantém seus olhos fixos em mim. -Por favor, sente-se. -Com a sua mão direita puxa uma cadeira ao seu lado.
Caminho e me sento tentado me ajeitar na procura de uma posição confortável enquanto respiro fundo para controlar um calor que toma conta do meu corpo fazendo transparecer gotículas de agua sobre a minha pele.
-Você está bem? -Em seu rosto havia uma expressão de confusão e em sua boca um sorriso estúpido de satisfação.
Estico as minhas mãos agarrando alguns alimentos da mesa e começo a come-los evitando responder aquela sua pergunta na qual eu não sabia ao certo a resposta. A sua risada me faz parar os meus movimentos de mastigação.
-Deve estar com muita fome. -Ele pega o prato que indicava ser o meu e me serve com uma salada rústica cheia de alimentos desconhecidos para mim.
-O que é isso? -Me sinto curiosa enquanto observo a cor de cada alimento.
-Não reclame sem provar. -Ele come com gosto então o mesmo eu faço.
-Estou acostumada a jantar hamburguês. -Retruco ao experimentar e continuo a dizer. -Qual o motivo de tanta comida?
-Os funcionários de confiança se alimentam comigo. -Liam continua a comer sem expressão.
-E onde estão? -Volto a comer.
-Preferi tê-la apenas para mim hoje. -Ele mantém o mesmo sorriso estúpido que me faz corar e junto com cada palavra passar uma corrente elétrica por todo o meu corpo me fazendo arrepiar.
-Eu gosto do que consigo provoco em você. -Ele se levanta e continua. -Te espero na cama.
-Liam. -O chamo me levantando em seguida.
-Sim. -Ele olha em meus olhos.
-Tenho saudades da minha família e gostaria de ligar para a minha mãe, ela deve estar desesperada pela falta de noticias. -Fico implorando com o olhar.
-Existe regras e você não deve em hipótese alguma quebrá-las porque você será a única prejudicada nessa história. - A sua voz é ameaçadora.
-Eu prometo seguir as regras de vocês nessa casa. -Levo o meu olhar para o chão.
-O telefone está na sala ao lado. -Ele some entre os corredores.
(Ligação)
Allycia: "-Oi mãe, está tudo bem com a senhora?
Jossy: "-Minha bebezinha quanta dor no meu coração passei desde a sua partida. (Posso ouvi-la soluçar em meio as lágrimas e ter previas lembranças de sua face, a sua pele branca já envelhecida devido o tempo e aquela pinta preta em sua bochecha direita, com isso é como se no ar desse cômodo fechado eu conseguisse sentir o aroma adocicado de seu perfume, aqueles pequenos detalhes que nesse momento conseguem partir o meu coração.)"
Allycia: "-Está tudo bem mamãe, cheguei bem e tive alguns problemas com a reserva do hotel que realizei a meses e precisei me acomodar em outro hotel que tenho certeza que você amaria conhecer e tive também que organizar as inúmeras roupas que eu trouxe. (Respiro fundo evitando chorar e tentando me manter firme e continuo a dizer.) Quero que não se preocupe e me entenda, pois terei que prolongar a viagem por alguns meses a mais."
Jossy: "-Meu coração está calmo por ter ouvido a sua voz filha. Prolongue a viagem pelo tempo que achar ideal, mas me de uma noticia todos os dias."
Allycia: "-Todos os dias, eu te prometo, mas agora eu preciso desligar. Te amo mamãe."
Jossy: "-Te amo querida."
(Fim da ligação)
Encaixo o telefone no gancho e me retiro daquela sala andando rapidamente devido o local estar completamente escuro. Trombo em algo em que eu não sei ao certo o que é até sentir um braço envolver-se em minha cintura me segurando para ele fortemente.
-Liam. -Sussurro com medo de ter a confirmação.
-Vem dormir comigo. -O som de sua voz rouca foi calma e lenta.
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Aquisição Imperfeita
Fanfiction-Eu te comprei e agora você é minha. -Ele me puxa fortemente pela cintura juntando os nossos corpos. -Você já conseguiu o que tanto queria agora me deixe ir. -As lágrimas escorregam pelo meu rosto com facilidade enquanto insisto em tentar me livrar...