[Harry] I breathe for you

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bailey's p.o.v.

O amor devia ser uma coisa bonita, uma conexão especial entre duas pessoas. Os filmes e histórias faziam tudo parecer fácil. Você se apaixonava, dizia para a pessoa o que você sentia e terminava vivendo feliz para sempre. Era dito que o amor era uma coisa bonita e especial. Mas nunca contavam sobre a dor. Ao se apaixonar, nunca haveria nenhuma garantia que o sentimento seria correspondido.

Ficava repetindo aqueles fatos estúpidos para mim mesma, como se fossem me ajudar a superar a situação pela qual passava. A pessoa que eu amava não fazia ideia dos meus sentimentos por ela. Como eu podia falar para ele? Como eu podia falar que ele significava mais que a minha própria vida?

Tudo no Harry me encantava. O jeito que os cachos dele caíam sobre sua testa ou o jeito que ele amarrava a bandana na cabeça. Eu adorava o sorriso dele, o jeito que ele andava e os olhos verdes esmeralda, que estavam sempre brilhando de felicidade. Eu respirava pelo Harry. Vê-lo na escola era como um vício para mim. Todos os dias eu fazia questão de passar por ele para dar pelo menos uma olhada e derreter mais ainda por dentro. Tudo no Harry era perfeito.

As pessoas achavam que sabiam o que era sofrer. Elas achavam que sabiam o que era necessitar de alguém todos os segundos do dia, acordar sentindo um vazio no estômago e uma dor enorme, não física, mas sim emocional e mental. Saber que eu nunca poderia ser segurada nos braços do Harry ou ser amada por ele me machucava demais e fazia com que eu quisesse desaparecer com a dor.

Eu não queria me apaixonar, mas ninguém escolhe por quem ou quando ou se quer se apaixonar. Eu simplesmente não pude impedir. Fazia dois anos que eu gostava do Harry, o melhor amigo do meu irmão, Liam. O grande problema era nós sermos gêmeos. Ele era conhecido por ser um dos melhores jogadores do time de futebol da escola e eu era a garota que todos conheciam por ter feito o time de vôlei da escola perder o campeonato por errar dois saques seguidos. Avaliando tais quesitos ninguém diria que éramos irmãos, muito menos gêmeos. Nem mesmo o Harry tinha acreditado que eu era irmã do Liam e ele continuava agindo como se eu fosse inexistente na vida dele. Talvez fosse por tal causa que nós havíamos nos falado tão pouco. Não ser notada pelo Harry doía. Doía demais.

Depois das poucas vezes que tínhamos nos falado, era raro o Harry olhar para mim, afinal quais eram os motivos para que ele perdesse tempo me admirando? Portanto, eu tive que aceitar a falta de atenção dele, embora fosse difícil por ele sempre estar por perto. Obviamente, eu poderia ter falado com ele inúmeras vezes, porém eu era muito tímida. Muito. Meu irmão não ajudava quando insistia em fazer com que o Harry passasse propositalmente por mim nos corredores da escola ou de nossa própria casa.

Claro que o meu irmão sabia sobre meus sentimentos pelo amigo dele. A pior parte? Ele me usava e se aproveitava de mim ameaçando contar para o Harry sobre meus sentimentos se eu não fizesse a lição de casa dele. Para mim, seria o fim do mundo se o Harry soubesse sobre meus sentimentos por ele. E para o meu irmão ficar quieto, eu tive que aceitar fazer a lição de casa dele. Não só algumas, mas todas.

-- Como foi a escola hoje? -- minha mãe perguntou um dia na mesa do jantar. Eu evitei o olhar de todo mundo e continuei a comer a minha comida.

-- A Bailey quase falou com o Harry hoje, não é? -- o Liam zombou de mim. Era verdade, eu tinha quase falado com o Harry naquele dia. Eu tinha trombado com ele sem querer quando corria para não chegar atrasada em uma das aulas, mas as palavras ficaram presas na minha garganta e eu apenas olhei assustada para ele e continuei correndo.

-- Cala a boca, Liam! -- eu sussurrei irritada deixando meu garfo cair no prato. Meu pai ralhou comigo e eu olhei ainda mais irritada para a minha comida.

made in the a.m ;; oned + zjmOnde histórias criam vida. Descubra agora