A minha vida inteira tinha sido um pouco difícil. Primeiro, eu era uma atriz iniciante. Segundo, eu estava tentando provar meu valor por quase toda a minha vida, desde que eu era pequena. Meus pais nunca ligaram muito para mim. Eu tinha que provar para eles que eu não era como meus irmãos e para aquilo, eu escolhi ser uma atriz. Mas eu não queria provar ser uma atriz profissional, porque, além do mais, eu era muito nova naquela época. Mas mostrar meu valor para os meus pais. Mostrar que eu podia ser alguma coisa e eu escolhi atuar porque era a coisa que eu mais amava fazer. Sendo a mais nova de quatro irmãos e uma irmã, meus pais não esperavam muita coisa de mim, já que a maioria dos meus irmãos não seguiram um caminho muito bom.
Quando cresci vi que era aquilo que eu queria ser, mas ser uma atriz não era nada fácil. Principalmente, ser considerada uma atriz iniciante. Ninguém confiava no meu talento e eu teria que batalhar muito para conseguir respeito entre os artistas renomados. Eu tinha conseguido provar para os meus pais que eu era melhor que os meus irmãos. Porém, era um ramo extremamente competitivo, mas eu sentia que era aquilo que eu queria para a minha vida. Desde pequena, eu tinha certeza daquilo, porque eu amava atuar. Claro que eu já tinha tido inúmeros papéis secundários em algumas séries de televisão, nada muito grande. Também, eu tinha treze anos.
Eu era muito jovem para tentar lutar pelo meu espaço, mas com o passar dos anos, fui me esforçando cada vez mais. Mesmo que eu atuasse fazia um bom tempo, no mundo dos profissionais, eu ainda era considerada uma iniciante. Eu continuava com algumas aparições em séries e tudo aquilo era graças à minha agente, a Mayara. Ela era incrível. Mesmo ainda sendo jovem, ela era muito, muito boa no que fazia. Era ela que conseguia todos os meus contratos com séries de televisão e até alguns papéis menos importantes em alguns filmes famosos. Eu só tinha que agradecer por tê-la na minha vida, porque eu não sei o que seria sem ela.
Eu conhecia a Mayara desde que eu era menor e já tinha começado a atuar. O pai dela era um famoso diretor de cinema. Ele era um dos melhores e eu tinha tido o prazer de trabalhar com ele algumas poucas vezes. Foi quando trabalhei com ele, que conheci a Mayara. Eu tinha uns quinze anos e estava esperando a minha hora de entrar em cena junto com os outros figurantes, então a Mayara foi falar comigo, porque ela viu que eu estava muito, muito nervosa. A partir daquele dia, nós viramos melhores amigas e estávamos sempre juntas. Nós crescemos juntas e quando ela se formou na faculdade, nós duas compramos um pequeno apartamento e decidimos morar juntas. Eu sabia tudo sobre ela e ela sobre mim. Quando ela começava a agir de um jeito misterioso e estranho, eu sabia que ela tinha conseguido um papel muito bom para mim. Eu tinha certeza de que ela estava guardando alguma coisa em segredo e eu ia descobrir o que ela estava escondendo de mim. Ah, eu ia descobrir de qualquer jeito.
Como nós duas morávamos juntas, seria bem mais fácil de descobrir. O bom daquilo tudo era que ela não conseguia guardar um segredo por muito tempo e era uma péssima mentirosa. Também notei que ela estava agindo toda feliz, como se a vida fosse um paraíso, onde nada desse errado e eu não entendia porque. Mas eu não ia me preocupar com aquilo, porque eu queria descobrir que papel ela tinha arranjado para mim. Eu estava buscando um papel de mais importância, porque eu não aguentava mais ficar em segundo plano. Não que eu não gostasse de atuar em segundo plano, mas eu queria algo maior.
-- Denise! Acorda agora! -- era a Mayara quase quebrando a porta do meu quarto. -- Se não você vai chegar atrasada no seu teste!
Eu pulei da cama. -- QUE TESTE, MAYARA?! -- eu gritei me levantando da cama e fui abrir a porta. A Mayara já tinha ido para a cozinha. -- Mayara!
Ela não respondeu. Ah, ela ia se arrepender de não ter me contado que eu tinha um teste naquele dia. Eu odiava quando ela fazia aquilo, porque era sempre a mesma coisa: eu acordava toda descabelada e o teste era dali cinco minutos e nós tínhamos que sair correndo como se o mundo estivesse acabando. Naquele dia não ia ser diferente. Peguei uma roupa qualquer, para ser mais específica, a roupa que eu tinha usado no dia anterior. Pois é. Mas o que eu podia fazer? Foi a primeira roupa que eu vi na minha frente. Me troquei rápido e fui no banheiro para me arrumar. Depois, fui correndo até a cozinha, bebi um copo de leite, escovei os dentes e a Mayara me arrastou para fora de casa.

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Teen Fictionapenas vários one shots escritos por mim. one direction. © 2014 expectohoran #5 in Short story #78 in Teen Fiction