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[Louis] Internship and coffees

❋ queria agradecer à rae-chan55 e à dailyau no Tumblr por me deixarem usar essa ideia fantástica ❋

Amelie sentia seu coração batendo acelerado. Embora já fosse seu segundo mês trabalhando como interna no Hospital Addenbrooke, ela ainda não tinha se acostumado com a mudança repentina que tinha acontecido em sua vida. Ela estava acostumada a aprender por livros e artigos, assistindo aulas na universidade e fazendo anotações e resumos no ambiente calmo e silencioso da biblioteca. Porém, naquele momento de sua formação como médica, ela se encontrava na agitação do hospital: residentes dando ordens, emergências chegando e cirurgias de todos os tipos acontecendo.

Os prontuários se acumulavam nos braços da garota, que, apressadamente, seguia o Dr. Tomlinson pelos corredores cheios do hospital. Ele pedia para que ela checasse cada um dos pacientes em pós-operatório do Centro de Neurologia enquanto ela tentava organizar os prontuários em ordem alfabética para que não cometesse erros.

— Cresswell, não se esqueça de me chamar se quaisquer números anormais aparecerem. — o Dr. Tomlinson parou de andar assim que alcançou o balcão em que as enfermeiras se encontravam, virando-se para a garota atarefada que andava logo atrás.

— Sim, Dr. Tomlinson, — Amelie murmurou, assentindo rapidamente. — não vou cometer erros.

— Onde estão Pince e Rookwood? — Louis perguntou com as sobrancelhas franzidas. Eram os internos que deveriam estar a serviço dele naquela semana juntamente com a garota.

Amelie deu um olhar nervoso para seu superior, não sabendo que desculpa arranjar. Eles tinham se recusado a sair da cama naquela manhã por mais que a garota tivesse tentado tirá-los de lá. — E-Eu... Eu não sei, Dr. Tomlinson.

Louis revirou os olhos, suspirando. — Se eles não aparecerem em uma hora, avise-os que vou cortá-los do programa.

Amelie assentiu rapidamente mais uma vez, xingando seus colegas silenciosamente. Além de lidar com inúmeros pacientes em pós-operatório, ela teria que ir atrás dos dois. Um pequeno sorriso apareceu nos lábios de Louis depois de terminar suas ordens para a garota. Ela pegou o primeiro prontuário da pilha, deixando o resto no balcão e saiu em busca do quarto do paciente.

Com um sorriso no rosto, ela bateu delicadamente na porta, sendo recebida com um olhar preocupado pela mulher sentada na poltrona ao lado da cama do que deveria ser seu marido. Amelie abriu o prontuário, lendo as informações e consultando as máquinas que o cercavam. Ele ainda estava inconsciente e havia inúmeros tubos e fios ligados ao seu corpo.

— Bom dia, Sra. Travers. Vim checar se está tudo bem com seu marido depois da cirurgia. — a garota adotou a voz mais calma e simpática possível. Ainda nas aulas teóricas da universidade tinha aprendido que a calma do médico e sua boa disposição para atender faziam com que os pacientes confiassem mais no que diziam.

Amelie, então, se aproximou do Sr. Travers pela lateral da cama, checando mais uma vez os batimentos cardíacos e os monitores que mostravam as diversas funções de seu corpo, assim como a quantidade de soro que estava sendo injetada em seu corpo.

— É normal? — a voz da Sra. Travers soou tímida. — É normal ele ficar tanto tempo inconsciente?

Amelie tentou manter a expressão. — O Dr. Tomlinson retirou o tumor no cérebro de seu marido. Foi uma cirurgia um tanto invasiva, Sra. Travers. Tudo deve voltar ao normal logo.

— Foi a mesma coisa que me disseram ontem. E antes de ontem. E no dia anterior também. — ela se levantou da cadeira repentinamente, cruzando os braços sobre o peito.