Angel's Face (Imagine LuHan) 4ª Temporada.

Capítulo 22

Sinceramente não sabia o que fazer em relação aquela briga, fiquei parada olhando os dois rolarem na grama como dois cães de rua, claro que Lay era bem mais treinado, mas isso não impossibilitou de LuHan investir contra o moreno.

Cocei a cabeça tentando entender daquela maluquice toda, cheguei a conclusão que o loiro só estava enciumado ou queria defender minha honra, como se eu tivesse alguma.

Não iria me meter naquilo, então dei as costas para os dois indo até a entrada onde ficava os enfermeiros, fisicamente eu não podia fazer nada, mas também não podia deixá-los se matando no jardim.
__ Enfermeiro In?! _chamei meu velho conhecido que sorriu abertamente.
__ Algum problema S/N? Não quer mais ficar no jardim?
__ Bem que eu queria, mas tem dois caras brigando, eu acho que deveria separá-los antes que assustem os pacientes. _respondi vendo o enfermeiro franzir o cenho, talvez não acreditasse nas minhas palavras, mas resolveu dar uma olhada.

Então vi ele e outros dois correndo até o jardim para separar os brigões, da janela do meu quarto vi os dois rapazes sendo levados para fora, claro que foram proibidos de voltar, pra mim foi um alívio.

É S/N, aqui sempre foi seu lugar!

[...]

DOIS ANOS DEPOIS

__ Você não parece doente, por quê está aqui? _Liz uma das pacientes me perguntou enquanto estávamos deitadas na grama observando as nuvens.
__ Às vezes a doença não é visível aos olhos humanos! _respondi sem encará-la, então ela se virou com o cenho franzido.
__ Quando as pessoas tomam consciência da sua doença, elas se tornam sãs! _encarei Liz.
__ Às vezes eu me pergunto se você é realmente doente! _ela sorriu.
__ S/N?! _me sentei olhando para trás e a doutora Jung me chamava.
__ Já vou indo Liz! Não fique muito tempo aí! _ela assentiu e eu fui até a doutora.
__ Como se sente hoje? _perguntou assim que me aproximei.
__ Estou bem! Estava observando o nuvens com a Liz! _respondi.
__ Eu vi! Mas vim aqui para te dar uma ótima notícia! _pendi a cabeça para o lado confusa. __ Você receberá alta! _arregalei os olhos.
__ Tem certeza doutora? _perguntei receosa.
__ Durante anos você viveu sem machucar ou fazer mal a ninguém, isso prova que não é perigosa. Os anos que esteve aqui só me mostraram que é confiável e pode voltar para casa.
__ Mas doutora, eu não tenho mais casa! Mimi não me quer mais como filha! _respondi e ela me puxou pela mão andando corredor a dentro.

Não entendi a atitude dela, mas quando abriu a porta do seu consultório, meus olhos se arregalaram, Mimi estava sentada com Damián, ela se virou e deu um largo sorriso ao me ver, quando levantou foi que notei o barrigão.
__ Filha minha! _ela me abraçou forte e mal pude reagir. __ Está tão diferente, o cabelo cresceu, nem tem mais o bronzeado de antes! _começou a falar com lágrimas nos olhos.
__ Não chore, vai fazer mal para o bebê! _foi a única coisa que consegui dizer e Mimi me apertou mais.
__ Senti tanta saudades! _quando o choque passou abracei seu corpo que tanto me fazia falta.
__ Me perdoe mãe! _ela me encarou. __ Eu devia ter contado a verdade!
__ Não se martirize mais, a mamãe está aqui! _me abraçou novamente.
__ Pensei que tinha esquecido de mim! _murmurei baixinho.
__ Você é o meu tesouro, jamais te esqueceria e quando chegar em casa vai saber o porque da mamãe não ter vindo!

A papelada para minha alta foi feita, também descobri que o caso do incêndio do orfanato foi arquivado novamente por falta de provas, na mesma hora pensei que Lay havia desistido de me denunciar.

Quando avistei o portão da nossa casa meus olhos se iluminaram, finalmente estava de volta ao lar, depois de dois anos no centro psiquiátrico, aquela casa me causava tremenda alegria, liberdade doce liberdade.

Ao sair do carro olhei para trás, que por acaso dava visão da casa do Sehun e o mesmo estava saindo, quando me viu franziu o cenho, apenas acenei com a cabeça e voltei a caminhar para dentro de casa.
__ Bem vinda de volta filha! _Mimi disse e Damián abriu a porta.