Fisgando o Profi - Parte 01

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Por Eliseu...

Gente o que tá acontecendo na minha vida? O que é esse macho dormindo na minha cama? Isso é sonho, só pode!

Como que eu posso estar meio relutante com isso?

É a coisa mais deliciosa do mundo, ter esse corpão quente me abraçando por trás com a canela dele sobre uma de minhas pernas. Mas é mais delicioso ainda, saber que ele quer estar aqui, quer colar em mim e é meio possessivo. Ai isso é coisa que piscianos sonham acordados o tempo inteiro e comigo é realidade.

Como diz a letra de uma música que eu não escuto: que seja eterno enquanto dure! Pois é nisso que vou me agarrar pra ficar tranquilo e não sofrer tanto por antecipação. Hahaha, até parece que venci minha ansiedade. De novo esse papo de ansiedade... Ah caralho, deixa rolar a bagaça, Liseu!!

Ele ressona baixinho e esse som me transmite coisas boas, como calma e alegria. Faço carinho na mão dele, que se remexe um pouco e gruda ainda mais, fazendo-me senti seus pelos roçarem em minhas costas de forma mais áspera.

— Ei Liseu... — Ele cochicha... Danado tá acordado?

— Fala... — Pergunto.

— Onde foi o cachorro?

— Quê?

Ele não responde e ri baixinho. Claro, entendi, o boy é sonâmbulo. Só me faltava isso! Eu me cago de medo de gente que sonha e fica falando...Só que estou com tanto sono que capoto e ele que me acorda cedo.

— Liseu, tem problema que fiz o café na sua casa?

— Claro que não... Que horas são?

— Quase dez horas.

Penso em ficar puto, mas com aqueles beijinhos no ombro, isso fica quase impossível. Poxa eu tinha tanta coisa pra fazer, limpar, compras da casa, comprar uma chuteira pro filho da minha irmã que joga bola e vai fazer aniversário dia 15.

— Fez o café? Ai você é um fofo. — Me entrego a fofura de um policial militar que está me amarrando mesmo. — Precisa comprar pão.

— Já comprei.

Caramba será que alguma vizinha fofoqueira viu ele saindo daqui? Ahhh tomara!! E tomara que morram de inveja, bando de urubuas recalcadas. Aquela Janaína mesmo só por Cristo, posso ter superado o fato dela ter dado em cima de um bofe aqui do prédio que tava na minha, mas não esqueci. Nada contra mulher, tem um montão delas que amo, mas essa miserável representa tudo que eu detesto numa pessoa. E o filho dela? Agora o moleque tem dez anos agora, mas continua terrível.

— Que que você tá pensativo?

— Ah Marçal, você, nós, minha vizinha vaca, o filho peste dela, o cachorro do capeta da vizinha Margarida...

— Ei, pode tirando esse ódio desse coração. Eu também tenho mágoa de um monte de coisas, mas isso me faz mal, então não penso.

— Falando nisso, como foi o rolo com a Rê? EEE não esquece que sei a versão dela já.

Sento na cama e me embrulho na manta, já que dormi pelado com ele de novo. Então ele me conta sua história com ela, de como foi o namoro de quase dois anos, que tinha um fetiche pelo coroa dela, que levou um ano e meio pra tirar o cabaço da moça que é da igreja Pentecostal sei lá do que. Aí terminou com ela e...

— Você é maluco, Marçal? Tadinha dela. Só espero que daqui um tempo você não venha terminar comigo que voltou a gostar de xavasca.

— Eliseu, hahahaha, eu tô falando sério.

O PROFi E O POLiCiALOnde histórias criam vida. Descubra agora