Ciúmes de você...

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****segue o conto do peixeirinho****

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Me deu aquele nó na garganta e ele e falou:

- Eu vou tentar mudar, desculpa o teu pretinho, heim... te adoro tanto. Quer ir pra casa?

- Tanto faz.

- O Davi, não me desculpou né? – Sua voz bonita e meio rouca me arrepiava as vezes. – Vou me ajoelhar...

Quando vi que ele ia fazer eu falei rápido

- Para né, Charles. Eu desculpo...

- Eu vou mudar, sério, sou ciumento demais, eu sei que isso é ruim.

- Tá. Me desculpa também?

- Já esqueci tudo. Depois só ia me ajoelhar pra chupar teu pinto.

Eu dei um tapa no peito dele.

- Seu safado, Ah Charles, olha só! Isso foi uma formiga que picou. - Tinha um carocinho na minha bunda e virei pra mostrar. Mas ele me deu um tapão no traseiro bem ali na praia e quando me voltei, ele estava enrolado na toalha e disse:

- Chega de querer me sacanear e chega de praia! Já tô bem bronzeado da cor do pecado. – Ele disse rindo, me enrolando na outra toalha e cantando com sua voz rouquinha:

"Se você demora mais um pouco eu fico louco esperando por você e digo que não me preocupa, procuro uma desculpa, mas que todo mundo vê que é ciúme de você...".

- Essa tu desenterrasse né.

Ele só sorriu, continuou a cantar e fomos embora então.

Passando mais uma semaninha, seria natal e recebi uma intimação da sogra dona Rochelle, como eu a chamava pelas costas, pra almoçar lá na sua casa porque esta queria conhecer o genro. Coisa mais querida esse tijucano.

Dia 23 saí pra comprar presentes e do shopping ia dar uma passada na mãe. O Charles ficou descansando e mais tarde eu ia dormir na sua casa.

Shopping é legal por isso, tem muita opção. Numa loja, vi uma camisa azul clara que ia ficar divina no meu gato. Ele merecia uma camisa Polo e adora azul, aí fiz as contas....

Senti um apertão bem gostoso na minha cintura e uma voz saiu quase encostando no meu ouvido que me arrepiou, me fez suar e gelar, tudo ao mesmo tempo.

- Comprando meu presente? Gosto mais da vermelha...

Eu nunca fui gay escândalo, mas dei um pulo ao ouvir a voz me virei.

- Oi, Adriano. – eu me afastei com certa raiva.

- Então, e a vida?

- Ótima, estou levando.

- Que desanimo rapaz! Levando? Um menino tão novinho com tudo pela frente.

- Eu preciso ir...

- Vamos tomar um café?

- Não, eu tenho alguém me esperando em casa.

- É, hum entendi? Que bacana... bom... é isso aí, a vida continua.

Que raiva! 

Eu fiquei desnorteado com ele ali perto, tão perto, que meu corpo não se mexia. Ele me abraçou e desejou feliz natal dizendo que eu merecia um cara bem bacana que me desse muita atenção, porque eu era um menino carente.

Eu fiquei bem tonto na hora e só saiu uma palavra da minha boca.

- Obrigado.

Ele me olhou sorrindo e eu saí andando ou ia dar um chute no saco dele, mas tive que voltar.

Amor "Peixeiro"Onde histórias criam vida. Descubra agora